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Livro de Cyro de Mattos participa da Feira Literária de Madri

Com o tema “Folhear o mundo”, a 81ª edição da Feira do Livro de Madri teve início na sexta-feira última (27), no Parque do El Retiro, um dos principais pontos turísticos da capital da Espanha, e será encerrada em 12 de junho. Com o livro Guitarra de Salamanca, de Cyro de Mattos, poesia, (foto) a Editora Verbum, de  Madrid, estará apresentando no seu estande  uma de suas novidades no mega evento, ao lado de obras de  renomados escritores e autores da nova geração da literatura espanhola.

A feira conta com 378 estandes e 423 expositores e, de acordo com os organizadores, a edição teve o número recorde de pedidos de participação de livreiros. A diretora do evento, Eva Orúe, destacou que esta será “a maior feira em tamanho até agora, neste século”. Mais de quatro mil escritores estarão autografando ou lançando suas obras, durante as duas semanas de evento.

Fonte: Blog Costa do Cacau

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SONETO DA FLAUTA PLENA- Cyro de Mattos

 

Canções aconteceram quando a vida
em carícia de flauta era sentida.
Agora, zangada, pisa na relva,
emerge nos gritos hostis da selva.

Canções aconteceram quando a vida
em carícia de lenço era tocada.
Tinha aquela música que não ceva
tremores fortes numas folhas de erva.

Ira erra e-l-e-t-r-ô-n-i-c-a de pantera,
telex informa calendas de guerra,
rosas enfermas: água, céu e terra.

Apesar dessas vozes que na cena
Ululam, febris na corrente insana,
Deixo que se vá minha flauta plena.

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POEMA: ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA (ALITA) – Cyro de Mattos

Para Raquel Rocha

A árvore dá os frutos
que atravessam as estações

os poemas dão as palavras
que surpreendem os seres e as coisas

os poemas dão as palavras
que perduram a infância como asa

os poemas dão as palavras
que transportam os verdes e os maduros

os poemas dão as palavras
que a agonia do agudo mundo gera

os poemas dão as palavras
nas vestes da vida e da morte

bom então nunca esquecer
que as raízes te sustentam

nesses ares sopram cantares
com alma força e vida

 

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GRITO, GRITO, GRITO- Cyro de Mattos

Cyro de Mattos

Não, não é um homem,
ou o que parece ser
com o nome de homem,
um que mata o inocente
durante colossal pesadelo.

Chama-se Putin o horror,
o semeador de explosivos,
discípulo de outras chacinas
quando o ódio se instalou
com manadas sanguinárias
entre sombras e abismos.

Em duro clamor meu grito,
embora frágil, sem proveito
para impedir as ambições,
não se esconde nos medos.
Não hesita em confirmar
que a vida é boa e bela,
a insana fera que golpeia
é que não dá valor a ela.

Só os lobos entre as febres
proclamam com os uivos loucos
o triste funeral de horas tristes.
Não temem o estúpido vício,
inconsequente na conquista,
o estupro insaciável, diabólico,
que os transmuda numa gesta
de bombas e memórias doloridas.

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NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ADALGISA PORTO

NOTA DE PESAR DA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA

Com profundo pesar, apresentamos nossos sentimentos pela morte Dona Adalgisa, mãe do confrade Dr. Silvio Porto e da confreira Dra. Sione Porto.
Neste momento, nos unimos a todos os amigos e familiares de Dona Adalgiza, manifestando nossa solidariedade. Rogamos a Deus, que na sua infinita bondade e misericórdia conforte a todos neste momento de dor e saudade.
Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

 

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Palestra de Heloisa Prazeres em ocasião a abertura do ano de 2022 da ALITA

ABERTURA DO ANO ACADÊMICO DA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA

 Heloísa Prazeres

Boa noite, saúdo as pessoas presentes a este ato solene de abertura do Ano Acadêmico de 2022, agradeço a honra e a gentileza do convite à Ilma. Senhora Presidente, Silmara Santos Oliveira, saúdo ilustres Sras. e Srs. acadêmicos desta Casa de Adonias Filho, fundada em 19 de abril de 2011, em cuja solenidade estive presente. Consciente do nobre significado desta tarefa, com muita alegria, participo da reunião, remotamente, ainda, em face das medidas a que o remanescente estado de pandemia nos obriga. Almejo que neste novo ano, possa-se deixar para trás esta travessia marcada pelo medo e pelo sofrimento.

Cabe-me, ainda, como filha da cidade de Itabuna, saudar com especial deferência e admiração mestres e jovens membros integrantes desta Casa, no vigor de sua primeira década de existência. Nascida há dez anos, a Academia de Letras de Itabuna, ALITA, é o resultado do sonho de apaixonados pela Literatura e pela Língua Portuguesa. Desde cedo, sou testemunha de que, a ALITA, logo compôs o seu quadro, com um grupo de luminares titulares, como é da tradição, onde foram acolhidas mais de uma dezena de mulheres.

A estas dedico, de entrada, e no epílogo do mês de março, feminino, o poema:  bicho-da-seda

 

bem cedo ouço sentidos ocultos

escuto o rumor de leves asas

encontro o casulo do inseto

(viajam mariposas recém-natas)

 

então a ficção arma o meu dia

provê o curso e o comentário −

palavras silenciadas já acolhem

os múltiplos sentidos do ditado

ora construo efêmera arquitetura

rascunho de tramas sobre tecidos

fabulações de cultivo próprio

ofício feminino do expurgo

(PRAZERES, 2020, p. 14).

A promoção e coordenação das Letras e da Cultura é um desafio sem tamanho e requer o melhor das sensibilidades e da adesão às instituições públicas. Há que haver brilho no olhar, expressão de vontade e equilíbrio, entre pensamento e ação, pois, o incentivo às Letras e Artes, Saberes e Fazeres (literatura, ensaística, artes dramáticas, performances e manifestações culturais populares) implica propor miradas inclusivas e interventivas sobre o real.

 Quem de vocês já não sentiu desassossego sobre a atual situação a que vivemos sujeitos? Principalmente nos dias que correm, quando a ameaça da guerra baixou sobre o planeta, em virtude do dissídio e despreparo de líderes mundiais. A poeta polonesa Wislawa Szymborska (1923-2012), prêmio Nobel de literatura de 1996, registra todo o estranhamento e indignação em relação à ausência que a morte impõe e que desconcerta a naturalidade do mundo:

[…]

Morrer — isso não se faz a um gato.

Pois o que há de fazer um gato

numa casa vazia

[…]

(SZYMBORSKA, Poemas, 2011).

Quero lhes dizer, que, uma espécie de desconforto me acompanha; não exclusivamente pelo momento em que vivemos, mas por uma condição natural de pensar que, mesmo quando o tempo decorre animador, sei não permanecerá assim, devido àquilo que nos condiciona como seres no tempo, na expressão de Martin Heidegger, quando se refere à nossa condição de efemeridade. Talvez seja esta a chave visível da percepção do poético, expresso, desde sempre, e contundentemente na contemporaneidade.

A questão mais relevante que configura o contexto atual é a globalização e o avanço da tecnologia − mundo digital, que dissipou a vida como a conhecíamos, e alterou a nossa percepção espaciotemporal. Agora, na definição de periodização literária, incidem questões de gênero, raça, origem social, códigos e recursos de mídia, cenário saudavelmente heterogêneo da vida e da arte. A face hegemônica dos grandes centros foi ultrapassada. O crítico brasileiro, Antonio Candido, ao analisar este cenário heterogêneo identificou-o como animador e provocador do desejo de compreensão do seu destino (CANDIDO, 1979).

Abro, a seguir, um espaço de homenagem a autores já denominados “sem idade”; num um recorte do aspecto espaciotemporal, em sua poesia ˗ sendo este espaço imaginário ou localizável em mapas. Abordo a perspectiva, em exemplos, na poesia de Florisvaldo Mattos (1932); Cyro de Mattos (1939) e Renato de Oliveira Prata (1938), e faço breve reflexão sobre as suas estratégias de criadores. Sistematizando:

  1. a) a lírica como espaço de apropriação e paródia da tradição clássica e moderna;
  2. b) a poesia como afirmação ecológica ou a ecopoesia;
  3. c) o tratamento poético-elegíaco em espaço cosmopolita.

FLORISVALDO MATTOS

O poeta Florisvaldo Mattos é um escritor ativo nas últimas sete décadas. Além de poeta, é um intelectual, jornalista, professor, mediador cultural, conforme obra literária e atividade ensaística. Há registro de alentados estudos suscitados por sua poesia lírica e épico-lírica, legado que se alinha com o perfil irrequieto e fértil do escritor, que, constantemente, se renova e atua com regularidade nos meios acadêmicos e de difusão literária e cultural, inclusive nas redes sociais.

Há um aspecto de sua poética, que adota a ótica de uma releitura de temas clássicos e modernos, sob prisma contemporâneo, pois sua poesia encontrou formas não lineares de se relacionar com a história. O seu olhar almeja a um tom imaginativo, que prioriza as estruturas, no espaço discursivo, e sua poética abraça o desvio lírico, em textos, que induzem a semelhanças, mas que levam a pensar a literatura, hoje, nas dessemelhanças, com relação à tradição recuperada. A voz florisvaldeana, nesse modelo, pode configurar uma arquitetura bucólica, apoiada em fontes clássicas, e ambientação telúrica, como se lê, no excerto,

Sem ser Títiro[1], nem ser Melibeu,

nem recostado estar numa jaqueira,

como também não para doces ócios,

apuro a mente e escavo chão de auroras,

(MATTOS, F., 2016, “Lavra de pater famílias”, p.33).

 

A sua voz encosta-se no significado da tradição, parece habitar um pré-existente espaço temático, que exalta a sua linhagem,

Netos de Homero e, também, filhos de Virgílio,

Dias, noites, sol, chuva, calmos ou molestos,

Em ameno sítio, ou partindo para o exílio,

…É de humanidade que se trata, de existências,

…Farta, como areia do mar, em minudências.

(MATTOS, F., 2016, “Poema das minudências”, p.103).

Fiel ao projeto pessoal de restabelecer esse tom lírico vinculado a predecessores das tradições clássica e moderna, numa perspectiva contemporânea, que o autor tão bem conhece e estuda − e da qual se apropria − cumpre-se o destino que lhe cabe de consagrado escritor brasileiro; cria-se a atmosfera desejada, que se pode utilizar para reflexão e melhor entendimento das estratégias do criador contemporâneo.

CYRO DE MATTOS

Uma das vozes mais contundentes e prolíficas da literatura produzida na região sul baiana, Cyro de Mattos impõe-se na literatura brasileira pela força de suas narrativas e de sua poesia; seu impacto transcende fronteiras nacionais, dando-se a leituras em Portugal, Itália, França, Espanha, Alemanha, Dinamarca, Rússia e Estados Unidos. Contista, cronista, poeta, romancista, ensaísta, premiado no Brasil, Portugal, Itália e México; primeiro Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz e Membro fundador da Academia de Letras de Itabuna, Cyro também é o ilustre idealizador e editor da Revista Guriatã. O escritor possui vasto acervo crítico sobre sua fatura revelada num estilo impregnado de registros de fala. Bem assim, sua poesia, situada na região − reduto que propõe respostas alusivas ao lugar geográfico de onde fala o escritor. Teluricamente, seu verso exalta o lócus, o território e sua leitura confirma o potencial poético, que em si carrega o próprio eu-lírico. Seu texto oferece mais do que o faria a escrita etnográfica. A paisagem do sul transforma-se miticamente na personificação de uma maneira de ver e o sentimento de pertencimento, em relação à terra, às pessoas e à vida e ao mistério, reverbera,

Onda por onda

no navio do meu corpo,

entre ostra e vento

nas águas idênticas

de mim embora diverso.

Da aurora ao arrebol

meu canto inconcluso

da humana solidão.

Bebo tudo do mistério

sem nunca ter chegado perto

(MATTOS, C., 2020, “Cerco das águas”. Inéditos. In: Canto até hoje, p. 454).

Sua visão ideológica e poética encontra-se no controle das experiências que encarnam as fontes imagéticas e o próprio ato poético. Sua voz impressiona sem efeitos de literatização; a dicção convence o leitor e o vínculo com o lugar revela moldes próprios, não autoritários,

A ferida de arpão

e singrar no unguento.

Os detritos na areia

e vidrilhar no vento.

As manchas azedando

e a lua que clareia.

É o sol é o sal

num jeito de cantar

macio na pedra.

Ó leopardo sapiente,

ensina-me teu navegar

em líquido segredo.

(MATTOS, C., 2020, “Lamento”. Inéditos. In: Canto até hoje, p. 445).

Na recepção dessas imagens do lugar, comovem o leitor sentimentos de satisfação, luta, respeito e comprometimento com o espaço geográfico, tradução da ecopoesia, que a sua obra exalta.

RENATO DE OLIVEIRA PRATA

Suas proposições poéticas vieram a público, quando recebeu o Prêmio Braskem de Arte e Cultura – Literatura, em 2003, por seu livro Sob o cerco de muros e pássaros. Com o livro Mar interior (PRATA, 2015), recebeu o Prêmio do Selo João Ubaldo Ribeiro, de poesia, e editou recentemente a sua sexta coletânea, Um tempo visto da ponte (PRATA, 2020). Na fronteira do entendimento da função da literatura, hoje, inscreve-se o seu trabalho (cf. PRAZERES, 2020), no qual proponho a qualidade de vizinho da reflexão,

Vez por outra

No canto me perco

Fujo ao trivial

Saio do cerco

E revisito o caos.

(PRATA, 2020, “Intervalo”, p. 32).

Ou quando da opção por um tipo privilegiado de comunicação, articulado com buscas que consolidam a sua poética − atrai para si e para a obra a discussão sobre o sentido e o alcance da poesia, demonstrando a percepção da escuridão, na qual estamos imersos. Para o filósofo italiano, Giorgio Agamben, tal compreensão implica a percepção do contemporâneo, ou seja, o poeta mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não luzes, mas a escuridão (cf. AGAMBEN, 2009, p.62-63),

Tempo de barbárie é qualquer tempo

Num refluxo do Mediterrâneo

Serve-se sal e morte

Para imigrantes traficados

(PRATA, 2020, “SOS no Mare Nostrum”, p. 116).

Trata-se de equivalente da dimensão social reencenada. “Mare Nostrum” é um texto alusivo à tragédia real, contemporânea, e à condição trágica do imigrante; este é um dos interesses do teórico e crítico, Homi Bhabha (2011), que estuda as lacunas no poeta contemporâneo e enfatiza a questão das minorias globais.

Por meio dessas breves sinalizações, concluo admitindo a possibilidade de cruzamento de metáforas na configuração de contextos da poesia dos poetas contemporâneos “sem idade” e grapiúnas, aqui brevemente lidos, todos em pleno desenvolvimento, considerando-se sua profícua produção.

Confesso que as vozes da poesia me provocam, permanente, a iminência do risco e da urgência, que, talvez, apenas a atividade criativa possa compensar, pois, como adverte Cyro de Mattos, citando Cecília Meireles: Mas a vida, / A vida só é possível/ Reinventada. (MEIRELES apud MATTOS, C., 2020, p. 31).

Já quase concluindo, parafraseio o Papa Francisco, quando adverte: Nada deste mundo nos é indiferente (FRANCISCO, Laudato SI, 2015). De onde se extrai uma visão epistemológica realista, mas com uma nesga de esperança. Assim, o cultivo do conhecimento superior deve ser permeado pela busca da sabedoria que nos dê sentido e direção. No mundo que almejamos construir, não há espaço para monólogos. Busca-se o gesto em direção ao outro.

É essa atitude, de empatia, que a Academia de Letras de Itabuna traduz como sua casa no simbólico abraço das letras, expresso no seu emblema — equilíbrio, interlocução, qualidades constituintes da visão feminina de sua liderança. Casa da palavra e delicadeza, Casa de Adonias Filho. A disposição genuína em relacionar-se, a confiança no novo é a vitória do espírito acadêmico, que permite à Casa receber, variedade de pessoas vinculadas a assuntos diversos: psicanálise, teatro, cultura afro-brasileira, direito, ressaltando-se a atividade dos mestres que se dedicam ao amparo do saber da ancestralidade e da voz vigorosa de procedência popular.

Imortalizado pelo seu entusiasmo pelas Letras, o quadro da instituição permanece vivo por meio dos que escrevem os tesouros que hoje habitam no seu acervo, como as obras dos autores aqui citados. A Academia também está viva, no Facebook, no Instagram, na sua página institucional, enfim, na rede mundial, recebendo visitas virtuais, globalmente.

Finalizo refletindo que a crítica e a resiliência são instrumentos de sobrevivência num mundo que se deseje habitável, onde inexista espaço para preconceitos e discriminações. O saber, as letras e artes consolidaram-se, ao longo dos séculos. A voz feminina possui o seu espaço definido. E, se os editores e livreiros são atores indispensáveis à circulação do livro, deve-se exclusivamente aos escritores o cultivo da terra literária. O que é mais afirmativo que a diversidade, que se deve afirmar numa cultura, numa civilização, mistura de etnias, religiões e cores? A Academia de Letras de Itabuna segue, fiel à sua missão de promover literatura, riqueza e dinamismo da língua, leal aos seus fundadores, amiga das pessoas que acolhe ou que por ela passem, compromete-se com as que virão.

Formulo votos de dias prósperos e ativos para a próxima década! Muito obrigada.

Salvador, 30 de março de 2022.

REFERÊNCIAS

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG, 2011.

CANDIDO, Antonio. [Efemeridade]. In: CELSO, Antonio Lafer (org.). Esboço de figura: Homenagem a Antonio Candido. São Paulo: Duas Cidades, 1979.

MEIRELES, Cecília. Reinvenção. In: MATTOS, Cyro de. Canto até hoje. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado; Casa das Palavras, 2020. p.31.

MATTOS, Cyro de. “Cerco das águas”. In: MATTOS, Cyro de. Canto até hoje. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado; Casa das Palavras, 2020. p.454.

MATTOS, Cyro de. “Lamento”.  In: MATTOS, Cyro de. Canto até hoje. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado; Casa das Palavras, 2020. p.445.

MATTOS, Florisvaldo. “Lavra de pater famílias”. In: MATTOS, Florisvaldo. Estuário dos dias e outros poemas. Salvador: EPP, 2016. p.33.

MATTOS, Florisvaldo. “Poema das minudências”. In: MATTOS, Florisvaldo. Estuário dos dias e outros poemas. Salvador: EPP, 2016. p.103.

FRANCISCO. Carta encíclica Laudato SI’ do Santo Padre sobre o cuidado da casa comum. Roma: Solenidade de Pentecostes, 2015. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html . Acesso em: 1 mar. 2022.

PRATA, Renato de Oliveira. Um tempo visto da ponte. São Paulo: Scortecci, 2020.

PRATA, Renato de Oliveira. “SOS no Mare Nostrum”. In: PRATA, Renato de Oliveira. Um tempo visto da ponte. São Paulo: Scortecci, 2020. p. 116.

PRATA, Renato de Oliveira. Mar Interior. [S.l.]: Fundação Gregório de Mattos, 2015.

PRAZERES, Heloísa. Bicho-da-seda. In: PRAZERES, Heloísa. Tenda acesa: poemas. São Paulo: Scortecci, 2020. p.14.

SZYMBORSKA,Wislawa. Gato num apartamento vazio, in: Poemas. Trad. Regina Przybycien. São Paulo: Companhia das Letras.2011. p.94

Heloísa Prata e Prazeres é poeta e ensaísta. Professora adjunta aposen­tada do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, UFBA. Bacharel e Mestre em Letras pela UFBA, cumpriu doutorado em Lite­ratura, University of Cincinnati, OH. EUA. Foi titular na Universidade Salvador, UNIFACS. Coordenou o Núcleo de Referência Cultural da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Publicou em livro, Temas e teimas em narrativas baianas do Centro-Sul. FCJA; UNIFACS; SECULT, 2000; Pequena História, poemas selecionados. Salvador: Quarteto, 2014; Casa onde habitamos, poesia. São Paulo Scortecci, 2016; Arco de sentidos, literatura, tradução e memória cultural. Itabuna: Mondrongo (2018). Tenda acesa, poemas. São Paulo Scortecci, 2020. A vigília dos peixes, poemas. São Paulo Scortecci, 2021. Membro vitalício do International Alumini Association. Desde 2021 ocupa a Cadeira nº 26 da Academia de Letras da Bahia.

[1] Na mitologia grega, os títiros (Tityroi) eram seres rústicos que tocavam flauta no cortejo do deus Dioniso. Melibeu relativo a Melibeia, antiga cidade da Tessália (Grécia), ou a seu natural ou habitante.

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Noite Solene é marcada por Homenagens, Poesias e Emoção- Posse diretoria 2022/2023

Por Raquel Rocha

Solenidade de posse da diretoria da Academia de Letras de Itabuna- ALITA (2022/2023)

 

Na última terça-feira, 19 de abril de 2022, aconteceu a Solenidade de posse da diretoria da Academia de Letras de Itabuna- ALITA eleita para o biênio 2022/2023, realizada no hall da Universidade Federal do Sul da Bahia-UFSB, localizada na praça José Bastos.

A eleição desta diretoria ocorreu de acordo com o Edital Nº 001/2021 através da Comissão Eleitoral da Academia de Letras de Itabuna, eleita na Assembleia Geral de 06 de Outubro de 2021. Esta o fez no uso de suas atribuições legais e de acordo com o Estatuto, de 19 de Abril de 2011 e do Regimento, de 2011.

Na ocasião estiveram presentes, o presidente da OAB- subseção Itabuna, Rui Carlos Rodrigues; o diretor da Uni-FTC, Kaminsky Cholodóviskis; o vice-diretor de operações da rede Uni-FTC, Cristiano Lobo; o Presidente da Academia Grapiúna de Letras- AGRAL, Samuel Mattos; a secretária municipal de Educação, Janaína Alves de Araújo; o vice-presidente e fundador- Academia de Letras Jurídicas do Sul da Bahia (ALJUSBA), representando também a Academia de Letras de Ilhéus, Vercil Rodrigues, o vereador Israel Cardoso além de membros da imprensa e da comunidade Itabunense.

A solenidade começou com a formação da mesa de autoridades e execução do hino nacional. Na sequência foi divulgada a notícia da concessão Comenda 2 de Julho ao escritor e poeta Cyro de Mattos em proposta apresentada pelo deputado Marcelinho Veiga, pela assembleia Legislativa do Estado da Bahia. A Comenda 2 de julho é a mais alta distinção da Assembleia Legislativa do Estado concedida aos que dedicam à sua vida à valorização humanidade nas letras, ciências e artes.

A acadêmica Raquel Rocha fez uma homenagem permeada de saudade Sônia Carvalho de Almeida Maron, uma das fundadoras da Academia de Letras de Itabuna e presidente por dois mandatos, falecida em dezembro de 2021. Otávio Cesar e Ana Carla, filhos da homenageada, estavam presentes no evento e a homenagem foi feita com a leitura da Crônica de Sônia Maron de autoria do poeta Cyro de Mattos: “Prefiro lembrar a garota mais bonita de nossa juventude. Foi rainha dos estudantes, da primavera, da cidade. Foi rainha de tudo. Quando passava, arrancava suspiros dos rapazes com a pose de galã fatal. Já moça, nos bailes noturnos esbanjava alegria no carnaval do Grapiúna Tênis Clube.”

Após saudações das autoridades da mesa a presidente Silmara Oliveira fez seu discurso de encerramento de mandato, relembrando os presidentes que a precederam e as realizações de sua gestão.

Tomaram posse como membros da nova diretoria: o presidente: Wilson Caitano de Jesus Filho (cadeira 21), a vice-presidente: Janete Ruiz de Macêdo (cadeira 39), o 1ª secretária: Lurdes Bertol Rocha (cadeira 06), o 2º Secretário: Marcos Antônio Santos Bandeira (cadeira 01), a 1º tesoureira: Silmara Santos Oliveira (cadeira 02), o diretor da revista: Charles Nascimento de Sá (cadeira 40), diretor de ações culturais: Jorge Luiz Batista dos Santos (cadeira 36), , a diretor de comunicação social e marketing: Raquel Silva Rocha (cadeira 25) e a diretora de projetos e pesquisas: Margarida Cordeiro Fhael (cadeira 12). Não puderam comparecer à solenidade a 2º tesoureira: Sione Maria Porto de Oliveira (cadeira 07), o diretor da biblioteca: Silvio Porto de Oliveira (cadeira 28), o diretor do arquivo: Alessandro Fernandes de Santana (cadeira 33). Após ssinatura do termo de posse e foto oficial foi realizada uma invocação a Deus:

Senhor, a beleza maior da árvore é a sombra de seus galhos.
A beleza maior da árvore são os frutos que dela pendem.
Frutos e sombra, em constante disponibilidade.
As árvores são generosas, solidárias, universais: não fazem acepção de pessoas, como os homens.
Como os homens que teimam em distinguir, selecionar, usando duas medidas.
Só no despojamento frutifica o essencial: a flor tão rara da simplicidade e a sombra benfazeja da paz, da solidariedade!
Que nossa Academia seja uma árvore que dê sombra e frutos! Assim seja!

Empossada a nova diretoria o, agora presidente, Wilson Caitano fez seu discurso de posse também relembrando os presidentes anteriores Marcos Bandeira, Sônia Maron e Silmara Oliveira e constituindo os objetivos de sua gestão “como grande desafio de tornar essa Academia cada vez mais intrínseca aos movimentos literários da nossa região, inserindo- as escolas e universidades como fomentadora da Língua Portuguesa e dar visibilidade as diversas produções literária produzidas pelos membros dessa academia e como também fomentar disseminar novos escritores regionais.”

A solenidade foi encerrada com performance do ator Jorge Batista declamando poemas de Mario Quintana, Adélia Prado, Carlos Drummond de Andrade, Ceres Marilese e Ruy Póvoas seguida de um coquetel de comemoração.

 

 

 

NOVA DIRETORIA DA CADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA- BIÊNIO 2022/2023

PRESIDENTE: Wilson Caitano de Jesus Filho
Natural de Caldas de Cipó, Bahia. Graduado em Ciências Naturais pela UESC, autor de livros infantis: As Crianças da Vila, Um Estranho em Minha Casa e Uma Aventura ao Som do Berimbau.  Na Academia de Letras de Itabuna – ALITA, ocupa a cadeira de número 21, tendo como patrono Augusto Mario Ferreira.

VICE-PRESIDENTE: Janete Ruiz de Macêdo
Nasceu na cidade do Recife/PE. Doutora em História – Universidad de Leon/ES (2000). Professora Titular – Plena da Universidade Estadual de Santa Cruz.
Fundou o Centro de Documentação e Memória Regional da Universidade Estadual de Santa Cruz, em 1993, órgão que dirigiu até março de 2008. Na Academia de Letras de Itabuna – ALITA, ocupa cadeira número 39, tendo como patrono Manuel Bomfim Fogueira

1º SECRETÁRIO: Lurdes Bertol Rocha
Natural de Arroio do Meio, RS. Graduada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Teófilo Otoni/MG. Mestre e doutora em Geografia, na área de Planejamento Urbano e Regional. Tem vários livros e capítulos de livros publicados, na área da Geografia e do ensino de geografia, além de artigos publicados em várias revistas nacionais. Na Academia de Letras de Itabuna- ALITA, ocupa a cadeira número 06, tendo como patrono Milton Santos.

2º SECRETÁRIO: Marcos Antônio Santos Bandeira
Graduado em Direito pela UESC (antiga FESPI). É também mestre em Segurança Pública, Justiça e Cidadania pela UFBA.
Foi Juiz de Direito no Estado da Bahia no período de 1989 a 2016. Tem quatro livros publicados na área jurídica e diversos capítulos publicados em livros e revistas jurídicas especializadas, além de várias crônicas e ensaios publicados em revistas e jornais da região grapiúna. Na Academia de Letras de Itabuna- ALITA, ocupa a cadeira 01 tendo como patrono é Rui Barbosa.

1º TESOUREIRA: Silmara Santos Oliveira
Natural de Itajuípe, Bahia, formação acadêmica em Letras. Mestra em Cultura e Turismo, com publicações na área.
Fundou e dirigiu o Memorial Adonias Filho. Produtora cultural, fundadora e coordenadora do Cineclube da AFAI. Fundadora da Associação Brasileira de Apoio aos Recursos Ambientais – ABARÁ. Presidente da Academia de Letras de Itabuna nas gestões de 2017 a 2019 e 2019 2021. Diretora de Cultura do Município de Itajuípe. Na Academia de Letras de Itabuna – ALITA, ocupa a cadeira número 2, tendo como patrono Sosígenes Costa.

2º TESOUREIRA: Sione Maria Porto de Oliveira
Natural de Itabuna, formação acadêmica em Direito, pela Universidade Católica da Bahia, com especialização em Direito Penal; Direito Administrativo e Direito processual Penal. Delegada de Polícia, com publicações na área técnica e poética. Mestranda em resolução de conflitos e resoluções.
Na Academia de Letras de Itabuna – ALITA, ocupa a cadeira número 7, tendo como patrono Telmo Padilha. DIRETOR DA REVISTA: Charles Nascimento de Sá
Criado em Jacarecy, distrito de Camacã, na região Cacaueira da Bahia, possui graduação em História pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1998), mestrado em Cultura e Turismo pela UESC/UFBA (2003), Doutor em História pela UNESP/Assis/SP. Autor de livros, artigos e resenhas científicas publicados por diversas editoras e revistas acadêmicas. Na Academia de Letras de Itabuna – ALITA ocupa a cadeira de número 40, tendo como patrono o escritor e poeta Natan Coutinho.

DIRETOR DE AÇÕES CULTURAIS: Jorge Luiz Batista dos Santos
Mestre em Inovação pedagógica pela UMA( Universidade da Madeira- Portugal); pós graduado em Filosofia Contemporânea pela UESC,; pós graduado em Arte pela Faculdades Integradas de Jacarepaguá ; graduado em Filosofia pela UESC. Ator, diretor teatral, ativista cultural e professor da rede pública de Ilhéus. Membro da Alita da cadeira 36 tendo como patrono Fernando Leite Mendes.

DIRETOR DA BIBLIOTECA: Silvio Porto de Oliveira
Médico, cooperativista, nascido em Jussari Bahia. Fundador e atual Presidente da Unimed de Itabuna, Fundador e atual Presidente da Sicredi Integração Bahia.
Criou o primeiro Serviço de Neurocirurgia do interior da Bahia na Santa Casa de Itabuna. Tem vários trabalhos científicos publicados em revistas médicas e proferiu várias palestras em Congressos Médicos. Na Academia ocupa a cadeira 28, que foi ocupada por Maria Delile Oliveira e tem como Patrono Firmino Rocha.

DIRETOR DO ARQUIVO: Alessandro Fernandes de Santana
Graduado em ciências econômicas e administração de empresas, especialista em economia de empresas, mestre em cultura e turismo e doutor ciências sociais, desenvolvimento, agricultura e sociedade. É professor titular do departamento de ciências econômicas e atual reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. Possui trabalhos na área de educação, economia e desenvolvimento, além de poesias. Ocupa a cadeira de número 33 que tem como patrono João da Silva Campos

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO /MARKETING: Raquel Silva Rocha
Possui graduações em Psicologia pela Faculdade do Sul, Em Comunicação Social – Rádio e TV pela Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC e em Ciências Econômicas também pela UESC. Especialista em Saúde Mental e Neuropsicologia. Como cineasta dirigiu diversos documentários, entre eles: Nos trilhos do tempo, Itabuna 100 anos- a história contada, Ferradas- um berço amado e Cacau para sempre. Foi premiada no concurso Metamorfoses do Cacau promovido pelo Goethe Institut- Salvador pelo filme Pecado Perdoado. No Teatro produziu a “Paixão de cristo em cordel” e foi diretora da peça “Enfant terrible- o cinza”. No campo da Comunicação também desenvolve trabalhos como Apresentadora de TV e escreve artigos para jornais e revistas. Na Academia de Letras de Itabuna- ALITA, ocupa a cadeira número 25, tendo como patrona Elvira Foepel.

DIRETORA DE PROJETOS E PESQUISAS: Margarida Cordeiro Fhael
Nascida em Itaju do Colônia, Ba, é professora Titular de Literatura Brasileira, aposentada, do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC. Exerceu, ao lado da docência, cargos na área acadêmico- administrativa, tais como Diretora do DLA, Secretária Geral de Cursos e Vice- Reitora. Como ficcionista, publicou os romances Nas dobras do tempo (Mondrongo, 2015) e Entre margens ( Via Litterarum, 2018). Um terceiro romance: A casa da esperança não era verde, será lançado amanhã, dia 20 de abril no Colégio Jorge Amado pela Via Litterarum. Margarida Cordeiro Fahel ocupa a cadeira 12 da Academia de Letras de Itabuna, ALITA, cujo patrono é o poeta Gil Nunes Maia.

Noite Solene é marcada por Homenagens, Poesias e Emoção- Posse diretoria 2022/2023 Read More »

A Acadêmica Margarida Fahel lança A casa da esperança não era verde, pela editora Via Litterarum.

Na última quarta-feira, dia 20 de abril de 2022 a escritora Margarida Fahel lançou, A casa da esperança não era verde, pela editora Via Litterarum. Esse é seu terceiro romance, anteriormente a autora publicou Nas dobras do tempo em 2015 pela Editora Mondrongo e Entre Margens pela Editora em 2018 Via Litterarum.

Nascida em Itaju do Colônia, Ba, Margarida Fahel é professora Titular de Literatura Brasileira, aposentada, do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC. Exerceu, ao lado da docência, cargos na área acadêmico- administrativa, tais como Diretora do DLA, Secretária Geral de Cursos e Vice- Reitora. Margarida Cordeiro Fahel ocupa a cadeira 12 da Academia de Letras de Itabuna, ALITA, cujo patrono é o Dr. Gil Nunes Maia.


Sobre a obra

“Sonhos têm sido objeto de interpretação ao longo dos séculos por ocultistas, profetas, xamãs, líderes religiosos, filósofos, psicólogos, psicanalistas e até curiosos e se constituem em verdadeiras “vidas vividas”, muitas vezes sem que se conheçam ou reconheçam os personagens que os povoam. Mas quase sempre eles se projetam e antecipam vivencias reais, como as que se corporificam nas histórias contadas neste romance.

A narradora expõe em seu livro o surgimento de uma história que vai sendo construída através de sonhos. É nos sonhos que encontra a sua inspiração e por meio deles é que esboça as soluções mais inusitadas. As histórias correm em paralelo, desencontradas e dolorosas em descompasso temporal, tecidas separadamente, num processo de “dissemination/ recollection”, culminando em um arcabouço de experiências enriquecedoras.

A narrativa oscila entre a onisciência e a vivência, permitindo uma viagem através dos pensamentos dos personagens. O surgimento da consciência do protagonista, expresso no desabafo “Agora dei pra pensar” vai amadurecendo aos poucos e levando-o ao fio da meada que desenrola a sua própria existência. Seus pensamentos vão viajando nas lembranças dos 18 meninos que dormiam e sonhavam como ele: as histórias de Antônio, de Maria Rita, de bebês e mais bebês, que o conduzem a indagações sobre o porquê do abandono.

O livro viaja com os sonhos e os pensamentos/vozes de Olavo, Madre Alzira, Isabel, Julieta, Nogueira, Benedita, Marcos, Camila, Joana, Laura, Alfredo, Jacinta. O Clímax se dá de forma poética em que um banquete de verdades se constitui em uma peça única de resgate familiar. A presença viva das dálias vermelhas surge como símbolo do amor e da renúncia que constrói a história. As dálias destroçadas e revividas expressam a esperança que permeia todo o romance.”

 

 

 

A Acadêmica Margarida Fahel lança A casa da esperança não era verde, pela editora Via Litterarum. Read More »