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MENSAGEM PARA RAQUEL- Silvio Porto

Discurso proferido na Posse da nova Diretoria  da Academia de Letras de Itabuna.

 

“Non vi, sed arte! (“Não pela força, sim pela arte!”)

“As virtudes do homem e da mulher superiores são como o vento, as virtudes de um homem e de uma mulher comum são como o capim; quando vento passa o capim se curva.”

Digníssima Senhora Raquel Rocha, Presidente empossada hoje da Academia de Letras de Itabuna.

Senhoras e Senhores Acadêmicos!

Minha família, meus amigos, autoridades aqui presentes, demais convidados para esta noite memorável.

Falar neste cenáculo literário, por onde passaram e ainda frequentam proeminentes figuras do ambiente acadêmico , artístico, intelectual e político da nossa terra , não apenas dignifica, como consagra a alma. Louvo o trabalho de todos que  produzem escritos, livros, artigos, discursos e que levam com certeza  a plenitude da vida.

É uma honra para mim, desfrutar da companhia de nobres e imortais confrades e confreiras e vir até aqui dar as boas vindas a nossa querida Presidente Raquel Rocha.

Austregésilo de Athayde ao se referir a Machado de Assis, pela iniciativa de fundar a Academia Brasileira  de Letras , patrono das letras brasileiras,  disse: “ Machado escolhe uma forma de aperfeiçoamento dos valores intelectuais que são os últimos vestígios que se apagam na história tormentosa da humanidade”.

Nesta Academia , minha Presidente espero que revigore sempre a palavra Liberdade.

Ainda na obra Machadiana, encontramos: “A liberdade não morre onde restar uma folha de papel para decreta-la”.

Que o amor a liberdade seja uma bandeira firme e sempre hasteada na sua jornada nesta Academia.

Que a sua gestão seja democrática.

Democracia como um valor , uma prática diária, um princípio ético para todos independente de suas crenças, ideologias e de seus conceitos.

Aprendi o que não se registra o tempo leva. É por isso e para isso que devemos escrever o que aprendemos de nossos avós e de nossos pais.

A transmissão oral pode ficar para sempre em algumas situações, mas muita coisa pode se perder.

É considerado imortal todo aquele que fez ou faz de sua vida uma obra a ser lida, a ser seguida, a ser admirada, a ser internalizada. É objetivo da Academia de Letras de Itabuna,  manter viva, na memória de todos, a contribuição que ilustres homens e mulheres deram, no sentido de colaborar para o aperfeiçoamento da sociedade e da humanidade.

A imortalidade de uma pessoa pode estar em sua vida, em sua arte, em sua obra, em sua descendência.

Francisca Praguer Fróes, foi uma das primeiras mulheres formadas em Medicina, pioneira em todas as áreas em que atuou, principalmente na defesa dos direitos femininos. Ela dizia: “Eu sou feminista por herança e convicção”; “A inferioridade da mulher não é fisiológica, nem psicológica; ela é social.”

Jorge Calmon um imortal, disse “é o principio que faz de qualquer pessoa, letrada ou não, um imortal.”

Ele diz: “Efetivamente, há homens e mulheres  que se tornam instituições. São Poucos e poucas.  Constituem exceções.

A regra geral é o lugar comum,  que a lei da vida vai tangendo, em marcha entre o nascimento e a morte. Nessa indistinta mediania, as inteligências não brilham, o esforço não avulta, o caráter não logra atingir forma, consistência. “

É a grande planície dos homens e mulheres comuns. Vez por outra, desse solo grapiuna nasce ou surge por adoção  uma mulher guerreira e que luta pelo que acredita.

O talento, a virtude, o mérito rompem a vulgaridade e projetam um futuro promissor para todos que amam a cultura e a arte.

Raquel essa é a casa de todos confrades e confreiras vivos da Alita e mais de Sônia Maron, de Delile Oliveira, de Adonias Filho, de Telmo Padilha, de Firmino Rocha, Valdelice Pinheiro, Jorge Amado, Carlos Eduardo Passos, Gil Nunes Maia, Sosigenes Costa, Hélio Pólvora, entre outros gigantes da nossa Academia. Você sempre estará bem acompanhada, seja com exemplos ou boas lembranças.

Você hoje assume um compromisso. Um compromisso de manter viva  a arte e a cultura no sul da Bahia, na Bahia e no Brasil.

De lutar pela Liberdade!

De lutar pela Democracia!

Meus agradecimentos pela oportunidade de falar para uma plateia tão distinta e culta.

Boa sorte Raquel ao lado dos confrades e confreiras:

Lurdes Bertol, nossa Vice-Presidente

Eliabe Izabel de Moraes, nossa 1°. Secretária

Maria Luisa Nora,  nossa 2°. Secretária

Gustavo Veloso, nosso 1°. Tesoureiro

Marcos Bandeira, nosso 2°. Tesoureiro

Margarida Fahel,  nossa Diretora da Revista

Sérgio Sepúlveda, nosso Diretor de Ações Culturais

Clovis Junior, nosso Diretor da Biblioteca

Heloísa Prazeres, como Diretora do Arquivo

Rafael Gama, nosso Diretor de Comunicação Social e Marketing

Gustavo Cunha, como nosso Diretor de Projetos e Pesquisas.

Raquel seja o farol da Liberdade na nossa Alita!

Deus seja louvado!

Silvio Porto de Oliveira.

Presidente da Academia de Medicina de Itabuna.

Em 20/04/2024.

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ANDRÉ ROSA: NOS TRILHOS DA MEMÓRIA– Raquel Rocha

Hoje nos despedimos de uma figura inestimável não só para Ilhéus, para toda a região sul da Bahia. André Rosa, professor, pesquisador e escritor excepcional, deixa um legado profundamente enraizado na pesquisa histórica, na educação e na preservação cultural. Com uma formação sólida, adquirida através de sua graduação e pós-graduação em História pela Universidade Estadual de Santa Cruz, seguidas de um mestrado e doutorado pela Universidade Federal da Bahia, onde também completou seu pós-doutorado, André se estabeleceu como uma autoridade em sua área. Ele era apaixonado por estudar, ensinar e narrar a história.

Conheci André em 2009, durante as filmagens do meu primeiro documentário, “Nos Trilhos do Tempo”, que conta a história da esquecida ferrovia da cidade de Ilhéus, desativada em 1964. Nesse filme, André não foi apenas um entrevistado; ele foi uma voz guia que, com profundo conhecimento, conduziu a narrativa acadêmica, entrelaçando-a com as experiências de quem viveu às margens da ferrovia. Seu depoimento, feito ao lado do último vagão abandonado, ajudou a resgatar a memória da ferrovia como um símbolo de identidades e história.

André partiu cedo, aos 57 anos, no dia 07 de abril de 2024, devido a uma parada cardiorrespiratória. Mesmo partindo prematuramente, deixou um vasto legado. Suas obras incluem títulos como “Ilhéus: Tempo, Espaço e Cultura” (1999), “Família, poder e mito” (2001), “Memória e Identidade” (2005), “Morte e Gênero: estudos sobre a obra de Jorge Amado” (2012), “In Memoriam: urbanismo, literatura e morte” (2018) e a cartilha “Samba de Terreiro: memória e identidade afro-brasileira no litoral sul da Bahia” (2015), além de “Quintais do Tempo” (2012) e “Inventário do Caos” (2019), na área da literatura. Como membro da Academia de Letras de Ilhéus e do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus. Membro da Academia de Letras de Ilhéus e do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus.

André Rosa deixa para trás não apenas um arquivo de publicações e um impacto na comunidade acadêmica, mas também um exemplo de dedicação. Através de seu trabalho como historiador e educador, ele inspirou inúmeras pessoas a olharem para o passado com curiosidade e respeito, buscando compreender melhor as narrativas que compõem nossa identidade coletiva.

Que sua memória continue a inspirar futuras gerações a preservar e valorizar nossa rica herança cultural. Descanse em paz, André.

Raquel Rocha

07 de abril de 2024

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A ROSA DO ADEUS- Ruy Póvoas

Quatro caminhos no meu percurso, nesta existência, se cumprem no dia de hoje. O entrelace se desfaz com a morte de André Rosa. Meu amigo, meu colega, meu confrade, meu irmão de fé. A quais caminhos me refiro? Éramos parceiros na Universidade/UESC (André era professor e pesquisador); na Literatura (André era escritor e poeta); na Academia de Letras de Ilhéus (André era membro efetivo da ALI) e no exercício da prática de uma religião de matriz africana (André era Tata Cambone de Matamba, do Terreiro Tombenci Neto).

Tais viveres e fazeres nos enlaçaram por muitos anos a fio. Agora, quando Mercúrio retroage no nosso céu, Matamba mandou buscar André e Nanã Borokô o leva de volta ao seio da Mãe Terra. E como fico eu aqui? Aliás, como ficamos nós?

Cumpre volvermos as vistas para seus escritos e seus relatos de estudos e pesquisas. Cumpre mergulharmos com a atenção devida para seus versos extravasantes de intuição artística. Cumpre continuarmos zelando pela ALI, nos devidos cuidados de sustentação e lides de nossa Academia. Cumpre, especialmente a mim, continuar na luta pela conquista de lugar no mundo por partes do povo de santo.

Da última vez que nos vimos, 14 de abril deste ano, a nossa ALI vivia momentos de alegria por estarmos iniciando mais um ano de atividades acadêmicas. Vários participantes fotografaram o evento a valer. Em muitas fotos, André e eu saímos juntos. E quando a onda de sentimento amainar, voltarei àquelas fotos que ficaram, representações que são do último momento de uma caminhada que só nos deu contentamento e certeza de que estávamos no caminho certo.

Para nós, gente que pratica a fé de matriz africana, ainda veremos você na intimidade de nossos rituais, quando em breves dias, celebraremos o axexê. Você se vai enquanto criatura encarnada, mas ficará conosco, para o resto de nossas vidas. E isso é possível, sim, porque ficam conosco, seus escritos, seus poemas, seus livros, os resultados de suas atividades na ALI. Ficam, sobretudo, partes de seu axé anexado à comunidade do Terreiro Tombenci Neto.

André trouxe Rosa, por sobrenome, a rainha das flores. No percurso de sua existência, muitas vezes não navegou num mar de rosas, tendo em vista os inúmeros desafios que teve de enfrentar. Cremos, porém, que a partir de agora, um mar de bem-aventuranças lhe trará o descanso merecido.

E de onde você estiver, rogue por nós, seus amigos, camaradas, colegas e irmãos até que chegue nosso tempo também.

Itabuna, 7 de abril de 2024.

Ajalá Deré (Ruy Póvoas)

Babalorixá do Ilê Axé Ijexá

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Moção de pesar: Desembargador Luiz Pedreira

 

A ALITA registra , com imenso pesar, o falecimento do desembargador Luiz Pedreira, tendo exercido a magistratura por vários lustros em Coaraci e Ilhéus, onde tanto mourejou e prestou relevantes serviços às respectivas comunidades, tendo chegado a exercer o cargo de Corregedor-Geral do egrégio Tribunal de Justiça da Bahia e Presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Suas inúmeras qualidades como ser humano e magistrado, integram o grande legado que ele deixa, por isso mesmo, exemplo a ser seguido por gerações de juristas. À família enlutada os nossos sinceros pêsames , mas , ao mesmo tempo , o conforto e a certeza de ter tido em seu seio pessoa tão especial , quanto amada.

Academia de Letras de Itabuna

24/01/2024

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Confraternização da Academia de Letras de Itabuna, 2023.

Por Raquel Rocha

Em uma noite repleta de calor humano, solidariedade e amizade, os membros da Academia de Letras de Itabuna se reuniram para o jantar de confraternização anual. O evento foi marcado por momentos de celebração, reflexão e fortalecimento dos laços de amizade.

Compareceram os alitanos: Ruy Póvoas, Clóvis Junior, Raquel Rocha, Janete Ruiz, Joana Angélica, Silmara Oliveira e Charles Sá, bem como familiares. Uma noite iluminada por risos, histórias e alegria compartilhada. Conversas animadas se entrelaçaram trazendo e tecendo memórias.

A confraternização da ALITA, nesta segunda-feira dia 04/12/23, foi uma noite especial, na qual os alitanos se reuniram celebrar mais um ano de muitas realizações e união.

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Um Autor Grapiúna na Wikipédia

Na Wikipédia encontra-se uma página dedicada ao escritor Cyro de Mattos.  Dados biográficos, atuações e produções literárias, relação da obra e  registro de prêmios relevantes, entre outras referências, lá estão com informes e considerações importantes a quem queira se inteirar sobre vida e obra do escritor grapiúna.

Link para visitação:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyro_de_Mattos

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NOTA DE PESAR

É com profundo pesar que lamentamos o falecimento do querido Edmundo Dourado, um homem que dedicou sua vida à nobre missão da educação. Sua partida deixa um vazio inestimável na cidade de Itabuna e no coração de todos aqueles que tiveram a honra de conhecê-lo.

Neste momento de luto, expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e eternos alunos do professor Dourado. Que encontrem conforto na lembrança de sua notável contribuição à educação e no legado que nos deixou.

Academia de Letras de Itabuna

ALITA

14/11/2023

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Professor Dourado

TRIBUTO A EDMUNDO DOURADO! -Silvio Porto

Tributo a Edmundo Dourado!

Professor Edmundo Dourado, um mestre da Educação grapiuna.
Homem valoroso, ético e honesto, durante toda sua vida profissional, política e familiar.
Foi professor , vereador, Presidente da Câmara de Vereadores e um ativo participante dos clubes de serviços e atividades sociais de Itabuna.
Defensor intransigente dos bons costumes, da família e da sua querida Itabuna.

Recentemente durante o São João na fazenda do seu genro Ricardo Amaral, tive a sorte e o privilégio de fazer uma entrevista com ele e fiquei mais admirador ainda de suas grandes qualidades, quando discorreu sobre a sua vida política e educacional. Foi um grande aprendizado.

É realmente admirável prestar homenagem a um grande mestre da educação da Bahia e a um político ético e valoroso, pois ambos os campos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento de uma sociedade justa e progressista.
Educação é um dos pilares essenciais para o crescimento e transformação de uma nação. Um mestre dedicado e inspirador proporciona não apenas conhecimento, mas também valores, habilidades e perspectivas que moldam o caráter e o futuro dos alunos. Através de sua paixão pela educação, esse grande mestre influenciou positivamente a vida de inúmeras gerações, guiando-os para a excelência acadêmica e formação cidadã.
Da mesma forma, um político ético e valoroso é uma figura crucial para o bem-estar da sociedade como um todo. Enquanto representante do povo, ele se comprometeu com a honestidade, a transparência e o bem comum. Sua conduta exemplar serve como inspiração para outros líderes e cidadãos, além de promover a confiança na política e na gestão pública.
Portanto, uma homenagem a um grande mestre da educação da Bahia e a um político ético e valoroso considero um dever nosso e reconhecer a sua importância para o progresso social da nação Grapiuna e em especial de Itabuna, destacando seu esforços e contribuições em seus respectivos campos. Essa homenagem enaltece seu legado e inspira outros a seguir seus passos, investindo na educação e na atuação política comprometida com a ética e o bem-estar da sociedade.
Deus o acolha na sua infinita bondade.
Itabuna perde hoje um dos seus grande vultos na sua história contemporânea.
Obrigado Dourado!
Seu legado jamais será esquecido por todos que amam Itabuna e reconhecem com gratidão seu valor e a sua linda herança política e cultural para nossa cidade.

Silvio Porto de Oliveira
14/11/2023.

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