Cyro de Mattos
A pata da fera
não perdoa a pétala,
não suporta a relva,
só permite a selva,
não concede a trégua.
Mas a brisa na pétala,
a esperança na relva,
a estrela na caverna,
o sol na pantera,
a pomba na légua,
ressurgem na réstia,
permanecem serenas
na paisagem amorosa
porquanto se alimentam
na força da união geral
como verdade eterna.