SABATINA SEM PALMATÓRIA- Sônia Maron

País engraçado, o Brasil. Vem causando estardalhaço a simples e normal obediência ao parágrafo único do art. 101 da Constituição. Esclarecendo melhor, eis o dispositivo da lei maior: “Os Ministros do Supremo Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal”. E daí? É um fato corriqueiro em um estado de direito e não um fato inusitado que passa a merecer manchetes e notícias de primeira página, com direito a capas de revistas, fotos e mais fotos e declarações do candidato a uma vaga do Supremo Tribunal Federal. Falo da indicação do jurista escolhido pela presidente para a vaga do ex-presidente do STF, Ministro Joaquim Barbosa. O candidato é o paranaense Luiz Edson Fachin, tido como detentor de “notável saber jurídico e reputação ilibada” (art. 101 da CF, in fine), mas considerado portador de ideias esquerdistas radicais, o que alguns entendem impróprio e preocupante para alguém que se propõe a exercer a função de guardião da Constituição de um país democrático como o Brasil.

Aqui, no país de Macunaíma, causa perplexidade o fato que deveria ser considerado óbvio, normal e corriqueiro qual seja a avaliação, pela Câmara Alta, do pretendente ao cargo mais relevante dos poderes constituídos. Tal qual Macunaíma ( o personagem símbolo do movimento modernista no livro de Mário de Andrade) nossos senadores sempre entenderam a “sabatina” como formalidade ou resultado de arranjos políticos costurados na Praça dos Três Poderes. Nunca acudiu a esses senhores, de gordo contracheque e gratificações ( que contemplam a “moradia” e o “paletó”, sem falar nas viagens nos jatos da FAB ),  refletirem sobre as consequências  de posições radicais na Suprema Corte, a exemplo da convicção de que a reforma agrária deve ser implantada com o confisco de propriedades privadas sem indenização; muito menos a preocupação quanto às escolhas de nomes reconhecidos como subservientes e vassalos do Poder Executivo, para não falar no currículo paupérrimo ou inexistente, “enriquecido” pela advocacia exercida para o partido do governo. Cumpre esclarecer que não é o caso do indicado atual, reconhecido no mundo do Direito como portador de “notável saber jurídico” e até prova em contrário “reputação ilibada”.

Todos sabem que existem precedentes do comportamento indiferente e irresponsável do Senado e as “sabatinas” nunca provocaram manchetes. Nossa sorte é que o peso da toga e a qualificação moral e jurídica de alguns candidatos conseguem apagar qualquer vestígio de influência deletéria no exercício do cargo; um exemplo edificante é o Ministro e ex-presidente do STF e  TSE Marco Aurélio de Melo, primo de um  presidente “impichado”e magistrado acima de qualquer suspeita. Saliente-se que a sorte nem sempre vive à solta e as exceções nunca se transformam em regras.

A verdade é que até o cidadão médio, o homem do povo deste nosso Brasil, não entendeu a atitude do jurista consagrado, de porta em porta, nos gabinetes dos senadores, mendigando votos. Como se não bastasse, consta que desceu ao ponto de “ensaiar” as respostas orientado por assessores do palácio do planalto.  Verdade ou mentira, são notícias divulgadas pela imprensa ainda livre (graças a Deus !) e pelas redes sociais.

Feliz ou infelizmente, o ensaio deu certo. Apesar de não fazer parte do ritual do desfile na avenida Marquês de Sapucaí, a “escola de samba” que comandou o espetáculo conseguiu o primeiro lugar na classificação da comissão julgadora. Não esqueçam que em nosso Brasil lindo e tropical, colorido e alegre, tudo conduz ao Carnaval.

Respeitosos cumprimentos ao novo Ministro. Ingressando no colegiado que assegura o cumprimento da nossa Lei Magna, vai conhecer o lado doce/amargo do Judiciário, o Superpoder, representado pelo Supremo Tribunal Federal, guardião da liberdade e dos demais direitos dos cidadãos brasileiros. Ele bem sabe, como jurista de escol, que vai encontrar de tudo um pouco: exemplos de serenidade, equilíbrio, destemor,  sabedoria e retidão ao lado de exemplos deploráveis de descontrole emocional, destempero, intolerância e até mesmo ignorância da liturgia do cargo. Acredito que o Ministro Luiz Edson Fachin, que usou o pensamento de José Ortega y Gasset  para convencer que vive agora “a sua circunstância”,  no exercício do cargo, não perderá de vista o instituto da suspeição para preservar a conduta ilibada que todos reconhecem. Será a prova de que suas respostas na sabatina não serviram apenas para salvar a pele, solução que aparece na conhecida e repetida frase do filósofo espanhol, nem sempre lembrada em sua inteireza e idioma original: “Yo soy yo y mi circunstancia y si no la salvo a ella no me salvo yo”.

Ainda usando o pensamento de José Ortega y Gasset, lembraria que também é dele a frase ditada pela sabedoria do pensador: “Podemos pretender ser quanto queiramos, mas não é lícito fingir que somos o que não somos”.

A palmatória, instrumento presente nas escolas do passado nas sabatinas, pode surgir no desgaste pessoal e decepção causada aos jurisdicionados do novo Ministro. E um jurista que tem um nome a zelar não vai correr o risco.

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PASSEIO DE BONDE- Cyro de Mattos 

Crônica de  Cyro de Mattos 

O bonde não era apenas um meio de transporte para ele, mostrava-se como uma diversão, curtição que fascinava no passeio. O uniforme cáqui do motorneiro, que usava chapéu e  gravata borboleta,  o barulho do condutor ao recolher o dinheiro das passagens, batendo as moedas umas contra as outras na mão, a figura marcante do vendedor de balas e bombons, com sua cesta de vime, a sensação deliciosa de viajar pendurado no estribo. Havia o desafio de subir e descer do bonde ainda em movimento. Num domingo azul de verão,  chamou-lhe a atenção, entre os passageiros,  dois homens bigodudos no bonde, de fraque, gravata borboleta  e chapéu da última moda.

No passeio de bonde, tinha a sensação de que a cidade andava nos trilhos, avistando-se o mar por algum recorte ao largo. Sentado no banco de madeira, na medida em que bonde rolava pelos trilhos  o olhar curioso dirigia-se para casarões, sobrados, igrejas e jardins. Na orla, o mar espumejava com as suas jubas brancas perto da praia,  vidrilhando nos dias de verão. O mar era como uma piscina enorme na Praia do Porto da Barra. 

O melhor lugar para contemplar o cenário da Baía de Todos os Santos, que a natureza ofertava de graça no cenário azulado,  era de uma das balaustradas laterais ligadas à plataforma do Elevador Lacerda,  dando  acesso à Praça Tomé de Sousa, também conhecida como Municipal.     

Sentava na cadeira de uma das mesas postas no passeio, como extensão da lanchonete A Cubana, na saída do elevador. Depois de tomar o copo de vitamina de abacate acompanhado dos deliciosos Bolinhos da Cubana,  da balaustrada avistava  o Forte de São Marcelo lá embaixo na baía, encravado nas águas mansas do mar. Lanchas na Marina, embaladas como berços pelo vento,  barcos ancorados na tarde preguiçosa do mar, o porto no vaivém do embarque e desembarque de gente, o cais  com seus guindastes gigantescos,  navios de carga como casas de ferro,  vindos de mares longínquos. 

Não se cansava de olhar  a paisagem bonita, na península de Itapagipe, longe, a colina sagrada do Bonfim no alto,  onde ficava a igreja do padroeiro da cidade. A igreja ia ficando a cada ano pequena para  o grande número de fiéis vindos dos lugares mais distantes.  Fascinados os olhos,  querendo pegar a paisagem com o seu forte brilho,  contornos e  desenhos, iluminada em cima com   um céu azul, embaixo com um  mar azul, só existentes na Bahia.  Insinuada nas linhas do horizonte, lá para os longes das ilhas de Itaparica e Mar Grande.   

Os olhos lavados  com a paisagem esplêndida, tomava a direção do bairro dos Aflitos, pendurado no estribo do bonde.

• Cyro de Mattos é ficcionista e poeta. Membro titular das Academias de Letras da Bahia, de Ilhéus e de Itabuna. Doutor Honoris Causa da UESC. 

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MAGIA DA LEITURA MOVE TRAJETÓRIAS NA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA

Numa noite de exaltação à literatura, Alita festeja 10 anos e empossa seis novos membros

Em tempos de distanciamento físico, a tela preta do aplicativo zoom serviu como tapete vermelho para a entrada de seis novos membros no rol da Alita (Academia de Letras de Itabuna). Unido pela celebração à literatura, o grupo soma ao conjunto de homens e mulheres a comemorar a primeira década da entidade.

Desde a última segunda-feira (19), foram integrados ao quadro alitano os reitores Alessandro Fernandes de Santana, da UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) e Joana Angélica Guimarães da Luz, da UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia); o médico neurologista Sílvio Porto de Oliveira; professores Charles Nascimento Sá; Reheniglei Rehem e Wilson Caitano de Jesus Filho.

O tema pandemia, causador deste afastamento temporário em favor da saúde, foi mencionado no discurso do juiz Marcos Bandeira, um dos fundadores da Alita. Na recepção aos hoje confrades e confreiras, ele trouxe o conceito de Aldeia Global, de Marshall McLuhan – assim contextualizando a extensão das mudanças impostas ao mundo pelo coronavírus. Apesar dos dissabores enfrentados, considera ser esta uma oportunidade de reflexão para todos serem melhores.

Para mostrar ao mundo

Também fundador da Academia, o escritor Cyro de Mattos lembrou passos da trajetória de uma década, com lançamentos de livros e da Revista Guriatã, que chegou a três edições com conteúdo produzido por integrantes da entidade – artigos, crônicas, contos, poesias, entre outros gêneros.

O professor Ruy Póvoas, outro nome desde o início da instituição, homenageou a ex-presidente, juíza Sônia Carvalho de Almeida Maron, recordando ações marcantes. Entre elas, incursões em escolas da rede municipal e uma reunião no terreiro de candomblé Ilê Axé Ijexá Orixá Olufon.

A presidente da Alita, Silmara Oliveira, é uma entusiasta para as atividades seguirem, inclusive tendo na tecnologia uma aliada; frisa também a relevância de a entidade enaltecer nossos escritores e o valoroso papel da literatura para mostrar ao mundo o sul da Bahia.

“Reunidos, estaremos em condições de trabalhar em prol dessa região, tão agastada por tantas faltas. Enquanto alitanos, cada um em seus postos de trabalho e condição social, é pensar no modo a conduzir nosso grão de areia para esse construto por meio da literatura”, conclamou.

“Faróis para sociedade”

As palavras de cada novo membro da Alita trouxeram revelações do que lhes despertou paixão pela magia da literatura. O professor doutor Alessandro Santana, que tem como patrono o escritor João da Silva Campos, recordou o quanto lhe encantavam as cartas que a mãe lia e escrevia a pedido da parteira “Mãe Preta” em Arataca, cidade onde ele foi criado.

Passeou por nomes que abrilhantam a literatura regional, como Cyro de Mattos e Ruy Póvoas, anotando sobre o papel das academias de letras e das universidades neste tempo de tantas trevas. “Têm obrigação de serem faróis para a sociedade, trazendo conhecimento científico num momento de negacionismo tão forte, mas também trazendo a arte. (…) Neste momento de tanto desespero estamos aqui para trazer coisas positivas, mostrando luz, mostrando que existe expectativa de um futuro melhor e a arte serve pra isso”, sublinhou.

A professora doutora Joana Angélica Guimarães da Luz, trazendo como patrono o escritor Machado de Assis, compartilhou a honraria da posse com os irmãos Jorge, Vera, Isabel, Ana e Nice, para agradecer pela cumplicidade e homenagear a memória dos pais, Juraci e Eunice. “Os grandes responsáveis pela nossa trajetória”.

Nascida em Itajuípe, ela morou em Itabuna, Salvador e abraçou a literatura como paixão, por incentivo dos pais. “Na leitura fugia do barulho de uma casa com quatro cômodos e seis crianças. Quando entrava no mundo dos livros, não ouvia nada, mergulhada no mundo mágico que me era trazido pelas palavras”, recordou a educadora, que retornou a Itabuna após 40 anos, trazendo consigo a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Logo após o discurso, informou que será disponibilizada uma sala nas novas instalações da reitoria da UFSB, no antigo Fórum Ruy Barbosa, no centro de Itabuna. “Estamos finalizando nossa reforma, para que a Alita faça dali a sua casa”, anunciou.

“Mundo multicolorido”

Ocupando a vaga da saudosa professora Maria Delile de Oliveira, o médico Sílvio Porto tem como patrono o escritor Firmino Rocha, “orgulho desse chão grapiúna”. Citando a experiência profissional e acadêmica no Brasil e exterior, destacou a “possibilidade de contribuir, compartilhar muitas histórias e culturas de um tempo, do povo da nossa terra”.

O professor Wilson Caitano, cujo patrono é o escritor, publicitário, graduado em Direito e capoeirista Augusto Mário Ferreira, notabilizou-se pelas mensagens disseminadas ao escrever obras voltadas para a literatura infantil. Ele contou sobre as influências da infância, tanto pelos livros de Monteiro Lobato como pela poesia de Castro Alves.

Como legítimo herdeiro da oralidade, o docente empossado também reconhece frutos das histórias a ele contadas nas noites de lua cheia no município de Cipó, no nordeste da Bahia. “O escritor traz em sua bagagem uma memória afetiva, que conecta o presente e o passado”, definiu.

Já o professor doutor Charles Nascimento, tendo como patrono o poeta Nathan Coutinho, relatou o quão paralelos são para ele o apreço à história e à literatura. Ainda na adolescência, num distrito de Camacan, descobriu a companhia “do mundo multicolorido das páginas de um livro”.

Um dos nomes históricos no curso de Letras da Uesc, a professora doutora Reheniglei Rehen traz como patrono na Alita o escritor Jorge Medauar. Fez referências filosóficas à obra dele e, a exemplo dos anteriores, encontrou elementos de pertencimento a motivar a escrita desse autor.

A solenidade foi prestigiada pelo secretário estadual de Educação, professor doutor Jerônimo Rodrigues; secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e ex-reitora da Uesc, igualmente doutora Adélia Pinheiro, além dos ex-reitores Aurélio Ruiz de Macedo, Antônio Joaquim Bastos e Renée Albagli Nogueira; o presidente da Academia de Letras da Bahia, Ordep Serra, junto a outras autoridades.

LINK: https://diariobahia.com.br/magia-da-leitura-move-trajetorias-na-academia-de-letras-de-itabuna/

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ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA PUBLICA 3ª EDIÇÃO DA REVISTA GURIATÃ

A Academia de Letras de Itabuna (ALITA), presidida pela professora Silmara Oliveira, acaba de publicar o número 3 da revista Guriatã na qual traz artigos e ensaios, poesia, ficção, textos diversos, discursos e registros, assinados pelos acadêmicos integrantes do corpo de associados e por escritores convidados. Com o selo da Libri Editorial, de Brasília, a revista também divulga uma série de atividades literárias e culturais dos membros da instituição.

Segundo o editor da Guriatã, escritor e poeta Cyro de Mattos, no editorial “Revista como pássaro das letras e da cultura”, como cidadela de resistência, arquitetada na palavra escrita, “Guriatã vem pela terceira vez com o seu canto para repercutir em espaço de construção de conhecimento, permuta de experiências literárias, em especial as que são produzidas no sul da Bahia”.

Também integrante da Academia de Letras da Bahia, ele assim define a publicação: “Guriatã comporta o pensamento e o sentimento como crença de que o veículo dessa natureza impresso ainda funciona no contexto dos tempos atuais, em que prevalece a imagem visual e/ou a linguagem internética movida pela rapidez e globalização do que transmite.”

Autores para apreciar

A revista apresenta dessa vez textos de Reheniglei Rehem, Heloísa Prazeres e Marcus Mota, doutores em Letras; ensaio de Cyro de Mattos sobre romance de estreia de Dostoiewski; poemas de Telmo Padilha, Valdelice Pinheiro, Walker Luna, Ruy Póvoas, Renato Prata e Ceres Marylise; contos de Aramis Ribeiro Costa, Lilia Gramacho e Gerana Damulakis; crônicas de Raquel Rocha, João Otávio e Ruy Espinheira Filho; discursos de Sônia Maron e Silmara Oliveira, além de ampla divulgação das atividades literárias e culturais dos membros da instituição.

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Cyro de Mattos e Jorge Amado

por Ângela Fraga

Primeiramente assinalo a vitoriosa parceria, já há tantos anos travada entre o nosso homenageado, Cyro de Mattos, e a Fundação Jorge Amado que, através do seu braço editorial – a editora Casa de Palavras, já teve o privilégio de publicar 3 títulos de sua autoria e hoje lança o quarto. Berro de Fogo e Outras Histórias, Canto a Nossa Senhora das Matas (capa de Calasans Neto).

Poemas Iberoamericanos e Canto até Hoje, capa de Juarez Paraiso.

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Cyro de Mattos recebe a láurea do Prêmio Internacional Jean Paul-Mestas

Em sessão solene da União Brasileira de Escritores, seção do Rio de Janeiro, realizada no salão nobre da Academia Brasileira de Letras, Cyro de Mattos recebe a láurea do Prêmio Internacional Jean Paul-Mestas, por seu livro De tes instants dans le poème/De teus instantes no poema, antologia, publicado em Paris pelas Editions du Cygne, em 2012, na Coleção Poésie du Monde (Poesia do Mundo). Ele é também premiado em Portugal, Itália e México. Nove vezes primeiro lugar nos concursos literários da União Brasileira de Escritores (Rio).

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A ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – ALITA, AGRADECE A TODA A IMPRENSA LOCAL ESCRITA, FALADA, TELEVISIVA E ELETRÔNICA PELA DIVULGAÇÃO DE SUA PROGRAMAÇÃO EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE JORGE AMADO

OAB – Itabuna
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RÁDIO DIFUSORA
RÁDIO NACIONAL

05/09 – 14h Ruy Póvoas, professor, poeta, escritor, mestre em Letras Vernáculas e babalorixá
Palestra: Jorge Amado: ficcionista, ogã e obá
Exibição de documentário sobre Jorge Amado
Local: Colégio GALILEU – Av. Ilhéus

27/08 – 19h Cyro de Mattos, advogado, poeta e contista
Palestra: Jorge Amado em Itabuna
Exibição do documentário Jorge Amado do cineasta João Moreira Sales
Apresentação de performance pelos alunos da FTC
Local: auditório da FTC

28/08 – 9h Margarida Cordeiro Fahel, professora, analista literária, especialista em Literatura Brasileira
Palestra: Jorge Amado: um humanista nas terras do cacau
Local: Colégio Militar

29/08 – 9h Antônio Lopes, escritor e jornalista
Palestra: Jorge Amado: o pão e a liberdade
Local: UNIME

30/08 – 9h Gustavo Fernando Veloso Menezes, escritor, Bel. em Direito com aprofundamento em Direito Econômico, contador e consultor empresarial; Ceres Marylise Rebouças de Souza, professora, poetisa, pós-graduada em Linguística
Exibição de documentário sobre Jorge Amado com atividades interativas
Local: Escola Lourival Oliveira Soares em Ferradas

A ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – ALITA, AGRADECE A TODA A IMPRENSA LOCAL ESCRITA, FALADA, TELEVISIVA E ELETRÔNICA PELA DIVULGAÇÃO DE SUA PROGRAMAÇÃO EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE JORGE AMADO Read More »

UESC E ALITA PROMOVEM LANÇAMENTO DO LIVRO DE ADONIAS FILHO NA FTC DE ITABUNA

Publicado pela editora da UESC,  a coletânea   Histórias Dispersas de Adonias Filho, com prefácio, notas e organização do escritor  Cyro de Mattos,  foi lançada em noite de autógrafos na Faculdade de Tecnologia e Ciências, em Itabuna, no dia 4 de maio, às19 horas. O evento foi promovido pela editora da Universidade Estadual de Santa Cruz e Academia de Letras de Itabuna – ALITA. Na abertura do evento,  a professora Lurdes Bertol, da UESC, fez breve exposição da trajetória do escritor  Adonias Filho,  destacando aspectos importantes de sua vida, e,  a seguir, o escritor Cyro de Mattos discorreu sobre as cinco histórias reunidas no livro: O Brabo e Sua Índia, Amor no  Catete, A Lição, A Volta e Nosso Bispo.

Compareceram ao evento o vice-reitor da UESC, Professor Evandro Sena Freire,  João Otávio Macedo, Ceres Marylese, Sione Porto, Gustavo Veloso, Antonio Lopes, acadêmicos da ALITA; Professora Laura Gomes, o médico Amilton Gomes, os advogados José Carneiro Alves, Osvaldo Chaves e Andirlei Nascimento; os jornalistas Diogo Caldas e Valter Machado; a diretora da Escola Arco-Íris, professora Jussara Coelho, o caboclo Alencar e sua esposa  Neusa, Jorge Moreno, diretor da Editus, empresário rural Gilberto Cabral, Eglê Machado, Glória Brandão, amigos de Cyro de Mattos e admiradores de Adonias Filho.

Numa edição primorosa, com ilustrações do desenhista Ângelo Roberto, baiano nascido em Ibicaraí,  o livro Histórias   Dispersas de Adonias Filho apresenta cinco contos  em que o escritor Adonias Filho transmite sua paixão por uma humanidade feita de verdades fundamentais através da visão dramática, lírica e amorosa, que palpita em seus protagonistas, nas passagens feitas de alusões e  observações lúcidas.

O Brabo e Sua Índia, A Lição, Nosso Bispo, Amor no Catete e A Volta são as histórias que compõem a coletânea e que foram publicadas  há mais de trinta anos, em revistas, jornais e  antologias. A  coletânea traz ainda uma pesquisa iconográfica feita com bom gosto pelo escritor Cyro de Mattos na qual é mostrado o consagrado romancista baiano Adonias Filho em momentos  importantes de sua vida: tomando posse na Academia Brasileira de Letras, em repouso na sua fazenda Aliança, em Inema, em sua viagem a Luanda (África) e  com os amigos Rachel de Queiroz, Jorge Amado  e Gilberto Freire.

LEGÍTIMO CRIADOR

Há que se destacar como posfácio na coletânea o estudo  Experiência de um Romancista, do  Professor Emérito Doutor Fred Ellison, da Universidade de Austin, Texas, com tradução  para o português do Professor Emérito Doutor Luiz Angélico, da Universidade Federal da Bahia.  Cyro de Mattos, no prefácio  da coletânea, declara  que   “o tratamento digno que imprime o legítimo criador de linguagem à sua gente, nestas Histórias Dispersas, que ora acontecem no interior do sul da Bahia, ora na Capital, já demonstra aquele que seria em sua carreira de escritor, entre o trágico e o lírico, um dos maiores intérpretes da natureza humana feita de sortilégios, ermos e pesos da vida, em sua dimensão mítica povoada de mistérios”.

O livro foi lançado em Salvador na Academia de Letras da Bahia,   enquanto o Memorial Adonias Filho  vai  programar o lançamento da obra em Itajuípe para o  mês de junho deste ano,  em data a ser escolhida.

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POSSE DE JOÃO OTÁVIO NA ALITA

João Otávio, a esposa Zina e os netos

O médico urologista e legista, ex-vereador e articulista, João Otávio de Macedo, tomou posse como membro da Academia de Letras de Itabuna (Alita), durante solenidade que comemorou um ano de fundação da entidade, realizada no auditório da FTC. A cerimônia aconteceu no Dia do Índio e, por isso, contou também com uma palestra do professor doutor José Carlos Ferreira, da UESC.
Após a mensagem do presidente da Alita, Marcos Bandeira, o acadêmico Carlos Eduardo Passos fez um pronunciamento pelo aniversário da entidade, considerando-a um marco para a cultura grapiúna. A escritora Eliane Sabóia representou a Academia de Letras de Ilhéus. E a acadêmica Sônia Maron saudou o ingresso do amigo Otávio.  
Bastante prestigiado, João Otávio falou da vida de dedicação a Itabuna, do momento histórico em que ‘bisbilhotou’ a visita de Sartre e Simone de Beauvoir acompanhados de Jorge Amado à cidade, e da importância que teve o jornalista Cristovão Crispim de Carvalho na sua incursão pelas letras e a presença da esposa e também médica Zina há 49 anos em sua vida. Ainda hoje, Tavinho – como é carinhosamente chamado por familiares e amigos – é colaborador do Diário Bahia e do Agora.
Fonte:  http://www.jornalbahiaonline.com.br/noticia/18159/chat_da_noticia,_por_valerio_de_magalhaes_01.05.2012

Professor Dr. Carlos José Ferreira, ilustre palestrante da noite.

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