Academia de Letras mostra resultado do concurso Crônicas do Rio Cachoeira

Premiação será entregue dia 27, às 19 horas, no Auditório do Hospital Beira Rio


A narrativa “Corredeiras com Muitas Histórias”, escrita por Ronaldo Oliveira Santos, aluno da Faculdade Estácio de Sá, em Ilhéus, foi a vencedora do 1º Concurso Literário Crônicas Sobre o Rio Cachoeira. Promovido pela Academia de Letras de Itabuna (Alita), o certame teve resultado divulgado nesta quinta-feira (18).

O segundo lugar foi conquistado por Lucas Correia Santos, com “Três Cidades e um Rio”. Ele está no 5º semestre do curso Interdisciplinar em Linguagens e Suas Tecnologias, na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Já o terceiro lugar, teve como vencedora a crônica “O Velho Homem e o Velho Rio”, assinada por Marcos Antônio Maurício da Costa, estudante do 5º semestre do curso de Filosofia, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

A premiação será entregue no dia 27 de maio, às 19 horas, no auditório do Hospital de Olhos Beira Rio, em Itabuna. Os vencedores recebem prêmios em dinheiro e publicação na revista Guriatã, periódico da Alita. O primeiro lugar recebe R$ 3 mil, o segundo R$ 2 mil e o terceiro fica com R$ 1 mil.

O concurso, dirigido aos alunos das faculdades e universidades da região cacaueira, foi coordenado pelas escritoras e professoras Ceres Marylise Rebouças e Margarida Fahel.

Qualidade comprovada

O presidente da Academia de Letras de Itabuna, Wilson Caitano de Jesus Filho, disse que os vencedores estão aptos ao recebimento do prêmio, pois apresentaram a documentação requerida, bem como qualidade técnica e textual aprovada pela equipe julgadora.

O 1º Concurso Literário Crônicas Sobre o Rio Cachoeira tem como objetivos incentivar a criação literária e a revelação de novos talentos no campo da literatura; despertar para uma realidade crucial dessa região, especificamente da cidade de Itabuna e seu entorno, considerando circunstâncias geográficas, histórico-sociais e humanas.

Além disso, visa suscitar o interesse e providências devidas por parte de órgãos públicos, de natureza científica e da população em geral, entre itabunenses e habitantes de municípios adjacentes.

Academia de Letras mostra resultado do concurso Crônicas do Rio Cachoeira Read More »

Resultado do I Concurso Literário da Academia de Letras de Itabuna

PORTARIA ALITA Nº 04/2023

O Presidente da Academia de Letras de Itabuna, no uso de suas atribuições, em conformidade com o Edital ALITA o  nº 02, de 16 de setembro de 2022, e retificado através da Portaria nº 03, de 04 de dezembro de 2022.

RESOLVE

Art. 1º  – Homologar o resultado do I Concurso Literário da Academia de Letras de Itabuna conforme relatório  apresentado pela  Comissão  Julgadora designada pela  sua Assembleia.


1 º lugar – Corredeiras com muitas histórias… – Ronaldo Oliveira Santos

 Curso – Teologia – ESTÁCIO – POLO ILHÉUS – 1º SEMESTRE


2º lugar- Três cidades e um rio – Lucas Correia Santos

Curso – Interdisciplinar em linguagens e suas tecnologias/ihac-ja – ITABUNA – UFSB  – 5º SEMESTRE


3 º lugar- O velho Homem e o Velho Rio – Marcos Antônio Maurício da Costa

Curso – Filosofia- UESC – 5º SEMESTRE.

WILSON CAITANO DE JESUS FILHO

Presidente

 Itabuna,18 de maio de 2023

Resultado do I Concurso Literário da Academia de Letras de Itabuna Read More »

EDITAL ALITA Nº 01/2023

Baixe em PDF no link abaixo:

EDITAL ALITA Nº 01-2023 Vacancia 26

EDITAL ALITA Nº 01/2023 ABERTURA DE INSCRIÇÕES

PROCESSO SELETIVO MEMBRO EFETIVO DA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – ALITA

O Presidente da Academia de Letras de Itabuna – ALITA, no uso de suas atribuições, considerando o seu Regimento artigo 7.o, de 1.o junho de 2011, torna pública a abertura de inscrições para seleção das seguintes vagas: Cadeira N.0 3 , Patrono Nestor Passos; Cadeira N.0 10, Patrono Amélia Rodrigues; Cadeira N.0 19, Patrono Arcyldo Marques e Cadeira N.0 27,Patrono Fernando Sales, mediante condições estabelecidas neste Edital:

1.  DOS OBJETIVOS :

I. Preencher a cadeira vacante;
II. Fortalecer o quadro da academia;

2.  DO OBJETO

 A seleção, cujas inscrições são abertas pelo presente Edital, objetiva o preenchimento das Cadeiras N.0 3,10,19 e 27 da Academia de Letras de Itabuna -ALITA .

3.  DOS REQUISITOS DE PARTICIPAÇÃO

I. Ser brasileiro (a) ou possuir visto permanente no País;

II. Atuar em campos que constituem as finalidades da ALITA, conforme o 2.0 , do Regimento Interno, e se enquadrar no Art.4.0 do Estatuto – ALITA ” A ALITA tem a por finalidade o cultivo da língua portuguesa e a promoção da literatura, das artes e das ciências humanas, em suas diversas manifestações, bem como a preservação da memória da cultura nacional, especialmente a cultura de Itabuna e de toda a Região Sul da Bahia.”;

III. Ser morador de Itabuna, no caso das Cadeiras N.0 3,10 e 27 e morador das demais localidades da Bahia Cadeira 0 19.

4.  DAS INSCRIÇÕES

 4.1 PERÍODO De 12 de maio de 2023 a 20 de junho de 2023 .

As inscrições devem ser enviadas para o email alitaitabuna@gmail.com

 

4.2    DOCUMENTAÇÃO

1 Ficha de inscrição preenchida (ANEXO I);

2 Currículo Lates ou similar comprovado;

3 Envio de uma redação em língua portuguesa explicitando sobre as intenções e interesse em participar da ALITA;

4 Cópia da Carteira de identidade e CPF;

5 Comprovante de pagamento da taxa de inscrição. (R$ 100,00 – PIX alitaitabuna@gmail.com)


5.  DA SELEÇÃO:

5.1 A Seleção será efetivada no período de 27 de junho a 25 de agosto de 2023 . A seleção terá duas etapas:

I. Exame dos currículos e das redações que será realizado pela comissão formada por três acadêmicos indicados pela Plenária que examinará os currículos no prazo se 30 dias e emitirá parecer sem emissão de preferências e será enviado para todos os confrades e confreiras ativos com antecedência de 15 dias a contar da data da Plenária

II. O Parecer da Comissão será lido em reunião Plenária convocada para efeito da eleição que será realizada por voto secreto;

III. Para ser considerado eleito, o candidato deverá obter voto de pelo menos metade mais um dos Membros Efetivo em pleno gozo dos seus diretos, conforme o Estatuto ALITA, 7.0 , alínea f;

IV. Não tendo nenhum candidato obtido o requisitos citado no III serão realizados tantos os escrutínios quantos necessário, eliminando-se em cada um o menos votado, conforme Art. 7.0 do Estatuto ALITA ;

V. Havendo um só candidato, à eleição poderá ser feita por aclamação.


6.  DO RESULTADO

I. O resultado da eleição será proclamado pelo presidente, após a apuração dos votos na Plenária que foi convocada para fins específico da eleição;

II. A posse pública e solene será marcada dentro do prazo máximo de 6 meses e publicada no site da ALITA.

 

Itabuna, em 10 de maio de 2023.

WILSON CAITANO DE JESUS FILHO

Presidente

 

EDITAL ALITA Nº 01/2023 Read More »

Cyro de Mattos Ganha o Prêmio Literário Casa das Américas 2023

 

            Cyro de Mattos conquistou o Prêmio Casa das Américas 2023 com o livro Infância com Bicho e Pesadelo e Outras Histórias, segundo anunciou no dia 28 o diretor Jorge Fornet da Casa das Américas, em Havana, Cuba. O Prêmio Casa das Américas consiste no valor de 3000 dólares e a edição do livro premiado em dez mil exemplares pelo Fondo de Cultura Editorial da Casa das Américas.

          Os escritores e críticos brasileiros Mário Araújo e Clara Dias, junto com a crítica cubana Ingrid Brioso Riemont, integraram a comissão julgadora dos livros de ficção publicados em português entre 2020 e 2022. Concorreram 452 candidatos. A Comissão Julgadora decidiu premiar o livro Infância com bicho e pesadelo (e outras histórias), de Cyro de Mattos, “por ser un libro que absorbe al lector por sus narraciones poéticas de una inquietante levedad, que cautivan a quien lee, y que revelan un sor­prendente dominio del lenguaje. El volumen posee una calidad literaria única que refleja la madurez del autor”.

        As obras Mesmo sem saber pra onde, de JR Bellé, e Máquina rubro-negra, de Gustavo Castanheira, receberam menções nesta categoria de Literatura brasileira. Mais de 450 candidatos concorreram ao certame na categoria Conto.

          Um dos mais antigos e prestigiados certame de literatura no Continente, tendo atuado nele  como jurado Alejo Carpentier, Mário Vargas Llosa, Carlos Fuentes, José Saramago, João Ubaldo Ribeiro, o Prêmio Literário Casa das Américas já foi conquistado pelos brasileiros Oduvaldo Viana Filho, Ziraldo, Chico Buarque de Holanda, Nélida Piñon, Ledo Ivo, Ângela Leite,  Maria Valéria Rezende, Rubem Fonseca,  Moacyr Scliar e Silviano Santiago, entre outros.

Cyro de Mattos Ganha o Prêmio Literário Casa das Américas 2023 Read More »

DESVIADOS DA TERNURA- Cyro de Mattos

Dor é vida, sofremos porque vivemos, li no poeta Jorge de Lima. A vida torna-se leve quando habitada com amor. Há milênios que as religiões estão tentando mostrar ao ser humano que só o amor constrói. Braço ao abraço a rota fica mais fácil. Há milênios, nós os humanos estamos construindo a história de nossa condição com intolerâncias, violência, egoísmo, traição, infâmia, em atestado absurdo, quase sem fim, do quanto gostamos de cultivar o ódio, fazer uso da farsa e vaidade, escrever a vida às avessas. Desviados da ternura, mais para urubu do que para curió. O que sabe hoje o nosso pobre coração humano de Deus? Do enigma, da dor e do amor?

Essa lição fácil, dar alpiste aos desvalidos, injustiçados, pássaros tristes com as penas doídas, o filho unigênito de Deus, aquele homem de coração solidário, pleno de amor, ensinou no dia a dia. Por onde andou o seu coração foi para dizer que Deus existe. Podemos senti-lo na flor do coração. Basta amar o outro. A flor do coração sente-se em outros que em afeto se juntam. O semeador de esperança, curador de enfermidades, vencedor da morte, o que abriu as portas da esperança, o bem amado salvador da humanidade, no país dos que elegiam a vida sustentada com os valores materiais, em que o ouro e a prata ocupavam a primazia, disseminava que como cantiga plantada na ciranda do deserto a morada neste planeta se faz possível com todas as mãos numa só comunhão.

Ghandy lembra que a cada dia a natureza produz o suficiente para nossas carências. Se cada um de nós tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo. Ninguém morreria de fome. O genial Charles Chaplin fala do caminho da vida com beleza e liberdade. Lamenta que tenha ocorrido o desvio da ternura. Ressalta que a inveja, o ciúme e a cobiça envenenaram a alma dos homens, ergueram muralhas de ódio no mundo, fazendo-nos marchar a passos de ganso para a miséria e horror dos morticínios.

Gostava de oferecer um abraço de bom coração a qualquer um quando percorria a cidade, em seu rito de amar o próximo como se fosse a si mesmo. Em linguagem simples, com amenidade de nuvem, dizia que todos nós somos missionários. Consistia a prática em doar-se ao outro, semear o amor entre os excluídos de uma vida digna, muitos deles sem saber a razão da fome e sede. Ele assim prosseguia sereno, ao mesmo tempo que era o pai, o filho, o irmão.

Homem que doou a vida ao outro como a maior prova de amor.  Um libertador para os enfermos e possuídos do mal. O que foi enviado para ser crucificado como resultado da bondade que a todos ofertou. O que no último gemido ainda pediu ao Pai eterno que nos perdoasse, não sabíamos o que estávamos fazendo com o Amor.

DESVIADOS DA TERNURA- Cyro de Mattos Read More »

EDUARDO PORTELLA, PENSADOR DA CULTURA- Cyro de Mattos

Eduardo Portella era um desses intelectuais atuantes que argumentava com lucidez sobre assuntos de nossas letras e cultura. Graduado pela Faculdade de Ciências Sociais e Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco. Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lecionou até os últimos dias de vida. Ministro da Educação no governo do Presidente João Figueiredo, lutou pela anistia, foi demitido por ter dado apoio à greve dos professores universitários.

Seu discurso de vida dirigiu-se para os parâmetros de um humanismo solidário com base na ordem da verdade. Foi interditado por aqueles que pensam ser suficiente para valer na dotação humana o poder que você exerce com o cargo. Dele é a célebre frase: “Não sou ministro, estou ministro”, para afirmar com isso, no tácito entendimento da palavra enunciada, que tudo é transitório ante o eterno que fica.

Crítico, pesquisador, conferencista, editor, advogado e político brasileiro. Ocupou a presidência da Conferência Mundial da UNESCO. Integrante do Pen Clube do Brasil.  Foi diretor das Edições Tempo Brasileiro, divulgador de Heidegger no Brasil e do formalismo russo de Yuri Tynianov. Membro titular da Academia Brasileira de Letras, recebido por Afrânio Coutinho. Naquela instituição recebeu Alfredo Bosi, Cândido Mendes de Almeida, Carlos Nejar, Celso Furtado, Ivan Junqueira, João Ubaldo Ribeiro, Lígia Fagundes Telles, Merval Pereira e Zélia Gattai.

Propôs um método crítico de base hermenêutica, teórica e filosófica para a aferição axiológica da obra literária. Sem inclinações para a interpretação da obra literária com base na inserção de autor e legado nos períodos históricos, nem decorrente de gratuitas impressões sobre a massa do que foi escrito,  optou por uma crítica literária em função do estilo em que se funda e marca a obra  na expressividade da escrita, tanto na forma  como no conteúdo.

Esteve  à frente dos níveis usuais da crítica e interpretação da obra literária, foi o responsável pela introdução da análise estilística nas letras brasileiras. Filtrou os pressupostos, métodos e ferramentas dos espanhóis Carlos Bousoño e Dámaso Alonso, tendo o julgamento como ato final na análise literária, após a captura do fundamento que transita entre linguagem e uso da língua metamorfoseada, responsável pela literariedade. Este fundamento é a visualização do entretexto.  Sua tese de doutorado foi publicada sob o título Fundamento da Investigação Literária (1973), refundida em 1974.

Deixou um legado constituído de vinte e três obras e, entre elas, Dimensões I (1958), Dimensões II (1959), África colonos e cúmplices (1961), Literatura e realidade nacional (1963), Dimensões III (1965), Teoria da comunicação literária (1970), Vanguarda e cultura de massa (1978) e A Sabedoria da Fábula (2011). Recebeu prêmios literários e títulos honoríficos de muito prestígio, como Gran Cruz de la Orden del Mérito Civil, Madri (2001), Doutor Honoris-Causa da Universidade Federal da Bahia (1983), Gran-Cruz de la Orden Civil de Alfonso X, el Sabio, Madri (1980), Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, Brasília (1979).

Em assunto que trate da teoria literária, análise e interpretação da obra, aprende-se muito com Eduardo Portella. Lucidez e conhecimento são meios importantes na análise estilística da obra, de maneira coesa e convincente. Com o título de Dimensões (I, II e III), sua análise crítica é fatura exemplar do que se tem escrito sobre a obra literária de diversos autores brasileiros. O leitor fica preso aos argumentos inteligentes e raciocínios proveitosos sobre a obra e muito aprende com seus estudos e interpretações.

Acompanhou a carreira literária minha desde o nascimento, há sessenta anos. Prestigiou-me como autor no longo curso da jornada.  Prefaciou o nosso livro   Cancioneiro do Cacau, que inédito recebeu  o Prêmio Nacional  de Poesia Ribeiro Couto da União  Brasileira de Escritores (Rio), ao ser publicado conquistou o Segundo Prêmio Internacional de Literatura Maestrale Marengo d’Oro, em Gênova, Itália,  o Terceiro Prêmio Nacional de Poesia Emílio Moura da Academia Mineira de Letras e foi finalista do Jabuti.

É dele essa observação sobre o livro: “ Mas o seu poema  não irrompe de qualquer abalo sísmico, ou de qualquer intempérie facilmente previsível. Ele eclode da história revigorada, nasce do fundo do homem e das coisas, da sua raiz em curso, da origem protegida do menor sedentarismo… Cyro de Mattos se compraz em revalorizar a raiz, e reverenciar a origem, em reconhecer o fundamento radicalmente imune ao fundamentalismo. O poeta enraizado e, no caso, porque enraizado, generoso, recorda para a frente.  Como quem retira dos filtros do passado, e dos detectores de metais do presente, lições, mesmo que enviesadas, para a construção do amanhã.”

Que melhor prêmio poderia receber autor e obra do que essa opinião do enorme ensaísta? Humanista, sincero, elegante, intelectual de primeira grandeza. A última vez que estive com ele, na Academia Brasileira de Letras, quando fomos proferir palestra sobre os mares trágicos de Adonias Filho, disse-me que estava escrevendo um livro sobre Adonias Filho e outro sobre Jorge Amado.

A ensaísta e professora universitária Nelly Novaes Coelho dizia que para ter um salvo-conduto que abonasse a obra o autor precisava receber a análise literária de quem era portador de instrumental crítico avançado ou possuidor de obra consagrada.  Claro que o leitor generalizado ou de visão crítica, de intimidade com os valores estéticos, torna-se meio importante para que a obra circule e permaneça viva quando for visitada. Surpreenda como instrumento que ilumina a parte noturna do ser, como observa Octavio Paz. Neste sentido, posso dizer que, no primeiro entendimento de Nelly Novaes Coelho, vejo-me inserido, sou autor privilegiado ao receber o prefácio de Eduardo Portella como rica apresentação sobre nosso cancioneiro.

Baiano de Salvador, nascido em 8 de outubro de 1932, Eduardo Portella passou desse plano terrestre para outra dimensão no dia 2 de maio de 2017.

EDUARDO PORTELLA, PENSADOR DA CULTURA- Cyro de Mattos Read More »

TRAÇO DE MIGUEL ELIAS- Cyro de Mattos

Meu retrato

Por Miguel

É perfeito.

 

Tão sereno

Está meu rosto

Nesse gesto.

 

Só o Elias

Flagra tudo

Do meu jeito.

 

Desenhista

Expressivo

É de fato.

 

No seu traço

Fica eterno

O momento.

 

*Miguel Elías é um pintor espanhol conhecido como Pintor dos Poetas. Professor  doutor da Universidade de Salamanca. Ilustrou o livro Guitarra de Salamanca, de  Cyro de Mattos, publicado no Brasil e Espanha.

TRAÇO DE MIGUEL ELIAS- Cyro de Mattos Read More »

ADONIAS E JORGE NO JARDIM- Cyro de Mattos

 

No domingo azul de verão fui fazer meu passeio matinal e aproveitar o banho de sol no jardim. Oportunidade em que vejo crianças no ritmo da infância brincando com os pombos, subindo na escadinha da pequena casa e descendo pelo caminho enladeirado feito com a madeira macia. Nessa hora da infância livre como sonho, sorridentes todas elas, com gestos contínuos que se propagam em ondas de alegria e cantares afoitos de passarinho, pelo chão e ar iluminados.
Foi então que tive uma surpresa agradável quando avistei aqueles dois senhores sentados em um dos bancos perto do coreto. Não havia dúvida, eram Adonias Filho e Jorge Amado, os consagrados romancistas, em conversa mansa, fraterna, provavelmente falando das coisas da terra onde nasceram. Das longes terras do sem fim em que uma civilização foi forjada com caracteres próprios graças à saga do cacau, o fruto que valia como ouro.
Aproximei-me deles, dei meu bom dia, disse da alegria em encontrá-los naquele momento marcado pelos céus. Eles sorriram ao mesmo tempo. Adonias foi logo dizendo que se sentia um privilegiado por ter seu nome escolhido para ser o paraninfo da Academia de Letras de Itabuna. Acrescentou que isso era generosidade dos membros da instituição, mas que não fazia justiça ao Jorge, que havia nascido em Itabuna, no distrito de Ferradas, na fazenda Auricídia. Jorge interveio frisando que a homenagem era justa. Disse que embora Adonias tivesse nascido em Itajuípe, antigo Pirangi, distrito de Ilhéus, era antes de tudo um grapiúna, um filho legítimo da civilização do cacau. Afinal, comentou, somos todos irmãos, filhos de uma mesma nação. Ressaltou que se dava como satisfeito em ser o patrono da cadeira 5, que tinha como fundador o escritor Cyro, um de seus autores emergentes preferidos, da geração que veio depois da sua, em terras grapiúnas, com Jorge Medauar, Hélio Pólvora, Elvira Foeppel, Sônia Coutinho, Telmo Padilha, Florisvaldo Mattos e Marcos Santarrita, entre outros.
Não preciso dizer o quanto me senti lisonjeado com a observação de Jorge, mas fiquei com um sorriso tímido, sem graça até, pois não esperava tanta gentileza por parte do célebre autor de Gabriela, Cravo e Canela. Sem dúvida, como o Adonias, Jorge era um autor grandão de nossas letras, eu não passava de um nanico.
Tanto Adonias como Jorge pediram que eu transmitisse aos membros da Academia de Letras de Itabuna (Alita), carinhosamente chamados de alitanos, que estavam sorrindo de contente com uma entidade que se dedicava com competência às letras, ainda na idade de 12 anos. Uma menina moça, mas que vinha fazendo com suas atividades continuas papel de gente grande, desempenho bonito, ao divulgar com amor a cultura.
Despediram-se, depois do fraternal abraço que recebi de cada um deles. Provavelmente iam participar de algum encontro de escritores promovido pelos anjos. Lá, no teatro do céu, atapetado de nuvem no ambiente, acariciado na plateia pelo vento suave, que abana como um leque sem fim os instantes do eterno.

ADONIAS E JORGE NO JARDIM- Cyro de Mattos Read More »

RESENHA DO LIVRO SONHO DE VIVER- Tica Simões

Aleilton Fonseca.  Sonhos de Viver. Salvador: Camarurê Publicações, 2022.

Os seis contos que integram o livro Sonhos de Viver, de Aleilton Fonseca, são mesmo contos exemplares, como bem disse André Seffrin, no prefácio que abre o livro.

A dedicatória já dá pista ao leitor sobre o pessoano “fingimento” do narrador. E a “dor que deveras sente”  pode ser sentida ao longo dos contos, por nuances diversas: seja  na temática que evidencia sempre o singular  olhar de viveres diversos:  seja na linguagem lírica que  potencializa a sua observação da vida; seja nos temas de cada conto, temas esses relacionados, de uma forma ou outra, aos sonhos, às artes e à natureza.

Em todos os contos, forte é o sentimento do outro, a solidariedade, a humanidade. Assim, elegendo personagens menos favorecidos que, no entanto, habitam e convivem com a faixa mais abastada da sociedade, AF foca-os ressaltando, com especial sensibilidade, os abismos sociais, que  povoam sonhos de viver, na ficção e na vida…

O primeiro conto, Os Acordes da Banda, encanta pelo sentimento contido nas ações do maestro Chico Augusto; por seu grande amor à arte a ponto de perdoar uma tão grande traição do maestro Lídio.

As Lições do Jardineiro faz pensar e entender como aprender a cultivar jardins de vida. Neles, lindas rosas que simbolizam sonhos, “o jardineiro é […] um poeta das plantas e das flores” (p.40).

O olhar pelo foco social – Vidas de Barro, O homem da Calçada e Diarista Exemplar – evidenciam a luta dos mais fracos, ressaltando o amor que dá força para vencer até intempéries, mesmo ante a indiferença dos mais aquinhoados.

Mas é o conto Dona Tute que fecha, com chave de ouro, a proposta anunciada na dedicatória e sutilmente revelada pelo narrador ao falar do “filho adotivo. Ele que agora reinventa, nesta escrita, as suas aventuras, com as cores e as metáforas do coração […] para celebrar a sua trajetória de vida” (p.62). Uma bela  homenagem  a quem o livro é dedicado!

Em 10/4/2023

Tica Simões

RESENHA DO LIVRO SONHO DE VIVER- Tica Simões Read More »

Alita completa 12 anos, lança Guriatã n4 e Inaugura quadros.

Data: 20/04/2023

-Aniversário de 12 anos da Academia de Letras de Itabuna

-Lançamento da Revista Guriatã n 4

-Inauguração dos Quadros de Adonias Filho (Patrono) e Cyro de Mattos (Presidente de Honra).

 

GALERIA DE FOTOS

Clique para ampliar

 

EDITORIAL- GURIATÃ N4

Findando-se a parte mais dolente do período pandêmico, a Academia de Letras de Itabuna – ALITA retomou com renovado vigor suas atividades rotineiras. Dentre tantas realizadas, houve a produção de sua revista, veículo primordial para divulgação dos saberes de seus acadêmicos a cada gestão.

Lançado em 2021 o número 3 da Revista Guriatã, e após eleição de nova diretoria da ALITA coube-me como novo diretor da revista e às confreiras Margarida Fahel, Ceres Marylise e Celina Santos, dar continuidade ao trabalho até então desenvolvido pelo ilustre confrade Cyro de Mattos. Desse quarteto e suas normais limitações é que vem à luz o número 4 da nossa revista. Desde nossa posse, um objetivo se nos foi imposto: que o conteúdo aqui divulgado pudesse contar com o mais amplo espectro de participações das confreiras e confrades que tornam a ALITA tão plural e significativa para a cultura e a sociedade das terras grapiúnas.

Iniciamos este número com a seção “Artigos” que perfazem em seu conteúdo, abordagem, discussão teórica, poética e cultural, a simbologia perfeita da diversidade acadêmica que é a força da ALITA

Inicia este volume o texto da confreira Heloísa Prazeres, intitulado Sensibilidade pós-moderna: a fratura do tempo. Discute essa eminente poeta e teórica da Língua Portuguesa as questões inerentes à cultura pós-moderna e às fraturas que o tempo impôs ao olhar e à subjetividade em nossa sociedade. O segundo artigo tem como autora a historiadora Janete Ruiz de Macêdo. Mesclando história, cultura, religião e gênero. Em seu texto ela executa A presença feminina entre os batistas na região sul baiana durante a primeira metade do século XX, um instigante estudo sobre a gênese dessa igreja protestante e sua difusão nas terras do cacau. A presença da mulher é aí ressaltada e norteia o estudo histórico posto. Da História para as Letras, Tica Simões nos apresenta, em profícua e apaixonada discussão, um panorama da literatura sul-baiana e seus autores, no escrito Expressões da literatura grapiúna em pluralidades. A questão racial, a educação e os aspectos teóricos e filosóficos desses assuntos são discutidos e debatidos no instigante conteúdo do confrade Jorge Luiz Batista dos Santos, em seu artigo A identidade negra, a literatura e a escola, no qual desenvolve uma análise sobre a premência desses temas e sua discussão pela sociedade que se quer mais democrática e igualitária. Margarida Fahel apresenta nesta edição sua discussão desenvolvida no último Webnário sobre Jorge Amado. Intitula-se Breves considerações sobre poesia e romantismo na obra de Jorge Amado, e traz em seu bojo o seu profundo conhecimento teórico e literário sobre o tema. Extrapolando um pouco os campos da literatura, da história e da educação, encerramos o capítulo dedicado aos artigos com o breve, porém excelente texto da confreira Lurdes Bertol, o seu Itabuna nas telas de Walter Moreira que aproxima através da escrita, a cidade sede da ALITA e sua representação pelo olhar do nosso nunca esquecido artista.

Entendendo-se que “não há intelectual mais realista que o poeta” (SILVA, 2019, p. 44), cujo sentido pretendido pela citação do historiador e membro da Academia Brasileira de Letras, Alberto da Costa e Silva, é o viés pelo qual singramos, na constituição da presente edição da revista, em seu capítulo dedicado à poesia, contamos com participações de Ceres Marylise, Heloísa Prazeres, Cyro de Mattos, Ruy Póvoas e Renato Prata. Debuta nessa seção poética a confreira Raquel Rocha com dois poemas. Que sejam eles os primeiros de tantos outros.

No capítulo “Contos”, temos duas preciosidades escritas: uma por Ruy Póvoas, com o seu O menino assassino e outra com Raquel Rocha, e sua A casa mais feliz do mundo.

No remate “Outros textos,” outra gama considerável de participações, que tangenciam escritas as mais diversas, com variadas abordagens e gêneros discursivos.  confrade Marcos Bandeira em seu Eu e ilhéus: uma história de amor  declara, em belo texto, seu carinho pela Princesa do Sul. Charles Nascimento de Sá, diretor da presente revista, aborda suas memórias juvenis e indica seu primeiro contato com a obra amadiana, através do romance Terras do sem fim. História e memória são também o fio condutor do texto Os trilhos da esperança, do confrade João Otávio Macêdo. Memória que se faz necessária e importante àqueles que buscam conhecer o desenvolvimento de nossa região. O confrade Gustavo Veloso aborda, com detalhes quase biográficos, em Ferradas na história do gramado, a presença do mais apaixonante dos esportes globais, nessa área geográfica vista como nascedouro do município de Itabuna. A magia do caminho de Santiago conduz o leitor pela memória e pelo relato de viagem. Seu autor, o confrade Silvio Porto, apresenta sua experiência, enquanto turista e fiel, com o sagrado caminho espanhol. Entre comunidades virtuais e um caminho real, Celina Santos faz uma reflexão sobre a imersão da sociedade contemporânea no universo virtual e sua implicação em nossas relações sociais. Consciência negra e a luta pela igualdade racial, da confreira Sione Porto, retoma a sempre premente discussão sobre a luta pelo fim da desigualdade social e seus símbolos.

Ainda nessa tão profícua edição, têm-se os “Discursos”.  Começamos pelo discurso de posse como presidente da ALITA, biênio 2021-23, do confrade Wilson Caitano. Logo após, vem o texto da ex-presidente da Academia, Silmara Oliveira, em sua saudação à nova diretoria. Em sequência, discurso da mesma autora, agora contemplando os 10 anos de fundação da ALITA. Encerramos com o discurso de posse do confrade Aleilton Fonseca.

Finalizando a parte textual da revista, encontram-se os registros das atividades desenvolvidas pela Academia, no decorrer do findo 2022. Tal seção, suas matérias e conteúdos divulgados contaram com a competência jornalística da confreira Celina Santos.

Como elemento pós-textual temos o Quadro Social da ALITA

Um adendo: à exceção dos discursos, optou-se aqui por não se indicar nenhum tipo de ordem numérica na disposição dos textos que compõem este número da Guriatã. Fica assim, ao sabor do leitor e de suas preferências, ver por quais títulos iniciar o seu olhar. Ao entrar em contato com os variados temas postos nesta edição, terá ele a certeza de que ao mergulhar em tão versáteis páginas, foi invadido pelo elevado sabor que somente o conhecimento traz aos que o buscam.

É com esse intento que desejamos horas proveitosas a todos os nossos leitores e leitoras. E que o canto do Guriatã possa continuar a ser ouvido por todos nós!

Charles Nascimento de Sá, Margarida Fahel, Ceres Marylise,  Celina Santos

(janeiro de 2023)

REFERÊNCIAS DAS CITAÇÕES

 SILVA, Alberto da Costa e. Três vezes Brasil: Alberto da Costa e Silva, Evaldo Cabral de Mello, José Murilo de Carvalho. Org. Heloísa Starling; Lilia Moritz Schwarcz. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

 

 

ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – 12 ANOS

Lurdes Bertol Rocha

Em nome do presidente da Alita, Wilson Caitano, cumprimento os alitanos aqui presentes. Ilustres familiares dos alitanos; amigos da Alita

Assim, foi a primeira Ata sobre a fundação de nossa Academia, registrada por Ruy Póvoas, primeiro secretário da entidade:

“De início, um grupo de cinco pessoas (Antonio Laranjeira Barbosa, Carlos Eduardo Lima Passos da Silva, Cyro Pereira de Mattos, Marcos Antonio Santos Bandeira e Ruy do Carmo Povoas) fez circular entre cidadãos e cidadãs de Itabuna uma carta-convite nos termos seguintes: “Apraz-nos convidar Vossa Senhoria para participar, na condição de membro fundador, da reunião especial de constituição da ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – ALITA, que será realizada no próximo dia 19 de abril de 2011, às 9 horas, na sede da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania – FICC, situada na Praça Tiradentes, s/n, próximo à Catedral São José (onde funcionou a antiga cadeia municipal) oportunidade na qual serão discutidos e aprovados o Estatuto social e o Regimento Interno, bem como eleita a diretoria que administrará a Academia de Letras de Itabuna e estabelecidos os valores da jóia e das contribuições mensais, além de outros assuntos pertinentes, a exemplo da escolha do patrono da academia [Adonias Filho], data da solenidade de fundação da ALITA e os respectivos patronos, de preferência, intelectuais, escritores, e cultores das ciências humanas da Região Sul da Bahia. Itabuna, 15 de abril de 2011”.

E continua o texto: “E por conta da referida carta-convite a reunião especial aconteceu. Deu-se no dia dezenove de abril de dois mil e onze, na Fundação Itabunense de cultura e cidadania – FICC. Quinze pessoas se reuniram às nove horas e doze minutos, em atendimento à carta-convite: Antonio Laranjeira Barbosa, Ary Quadros Teixeira, Carlos Eduardo Lima Passos da Silva, Cyro Pereira de Mattos, Dinalva Melo Nascimento, Gustavo Fernando Veloso Menezes, Lurdes Bertol Rocha, Marcos Antonio Santos Bandeira, Maria Genny Xavier Conceição, Marialda Jovita Silveira, Maria Luiza Nora de Andrade, Rilvan Batista de Santana, Ruy do Carmo Povoas, Sione Maria Porto de Oliveira e Sônia Carvalho de Almeida Maron”. A posse dos primeiros membros deu-se em cinco de novembro de 2011. Já ocuparam a presidência da entidade: Marcos Antônio Santos Bandeira, Sônia Carvalho de Almeida Maron, Silmara Santos Oliveira. Atualmente, a presidência está a cargo de Wilson Caitano de Jesus Filho”.

Há 12 anos a Alita caminha por essas paragens. Alguns membros do início continuam, outros não mais se fizeram presentes e, outros ainda, já se mudaram para as terras do além. Contudo, muitos outros chegaram para trabalhar e fazer a Alita ser uma entidade que produz, que presta serviços, que se empenha para que nossa cidade seja cada vez mais desenvolvida culturalmente.

Tivemos períodos de muita ação. E períodos de inércia. Mas, nunca desistimos. Até sem casa ficamos. Graças à nossa confreira Joana Angélica, reitora desta UFSB, temos aqui um espaço para nossas atividades.

Não existe nenhum ser humano que não tenha um propósito na vida, mesmo quando ele não consegue defini-lo convenientemente. É uma condição, ou situação ou algo que ele acredita irá lhe trazer uma grande satisfação ou uma espécie de felicidade particular. Existem, entretanto, determinados objetivos instintivos fundamentais, enquanto outros são arbitrariamente deixados ao discernimento e à escolha pessoal. Os objetivos instintivos fundamentais são os primeiros impulsos da vida. Eles são involuntários, não são deixados à decisão do homem. Esses objetivos envolvem a saciedade dos apetites tais como a necessidade de alimento e de abrigo, bem como a necessidade de conforto material elementar e de libertar-se do sofrimento.

Algumas pessoas fazem de tais objetivos os propósitos predominantes de suas vidas. Recorrendo ao hedonismo, eles se entregam à luxúria, que acalma os sentidos; para eles, o objetivo da vida torna-se o prazer físico. Contudo, na vida, tal propósito é um propósito transitório; o prazer que ele proporciona diminui, por mais que se tente fazê-lo crescer e aumentar sua excitação.

Na Alita, os propósitos são os mais sublimes possíveis: trabalho intelectual intenso, através da gestação e publicação de poesias, romances, produção científica, textos, rodas de leitura nas escolas para que, a partir da leitura, surjam grandes autores. A realização de concursos incentiva jovens a trilharem o caminho da produção literária. A Alita já lançou o Edital do I concurso, cujo tema é o Rio Cachoeira, em forma de crônica, cujos resultados serão apresentados em maio. Hoje, será lançado o quarto número da Revista Guriatã, idealizada por Cyro de Mattos. A primeira foi lançada em maio de 2015. No dia 16 de setembro de 2022 foi lançado o Hino Oficial da Academia de Letras de Itabuna, que tem como autor da letra, Cyro de Mattos e, como compositor da música, Marcelo Ganem.

Nossa filosofia pessoal pode afetar, e afeta, o mundo em que vivemos, assim como a nós mesmos. A maneira pela qual os meus ou os seus pensamentos afetarão o mundo depende de duas coisas: a natureza do conhecimento e os meios de distinguir o que realmente existe, o que é real e o que é bom. Nosso propósito básico, na vida, é alcançarmos a felicidade pela harmonização da nossa expressão pessoal da força da alma, com a verdadeira natureza dessa força.

A filosofia considera o conhecimento que devemos adquirir para atingir essa meta e os meios de atingi-la. O conhecimento, quando posto em ação, torna-se sabedoria em relação ao que é verdadeiro e bom. Nossa filosofia é, então, necessariamente, a medida da nossa sabedoria e felicidade. Nossa filosofia pessoal pode afetar, e afeta, o mundo em que vivemos, assim como a nós mesmos.

Sabedoria é o que realmente buscamos na vida. E, na realidade, é tudo que necessitamos buscar porque, pelo seu próprio significado, é a solução de todos os nossos problemas. São os problemas do viver dia a dia, ano a ano, que testam a nossa sabedoria. Se esse saber for falho, tornar-nos-emos tensos, confusos e infelizes e isso significará, simplesmente, que a nossa filosofia básica está errada em essência ou, pelo menos, em desarmonia com a verdade. Significa que estamos agindo, não com base no verdadeiro conhecimento, mas, em outro conceito que aceitamos, pelo menos temporariamente, como base de ação.

Portanto, sejamos sábios, e procuremos sempre produzir e trabalhar para o bem.

Isso é o que importa. Isso é sabedoria! Esse é o objetivo primordial da ALITA! Prossigamos! Com determinação, fé, esperança, amor, cumpriremos a missão que nos foi confiada enquanto estivermos andando pelas trilhas desse maravilhoso planeta. Que assim seja!

 

 

 

Cyro de Mattos, Presidente de Honra, conta a história da ALITA.

 

Alita completa 12 anos, lança Guriatã n4 e Inaugura quadros. Read More »