MARCOS BANDEIRA. Por R. Santana

       Naquela manhã (leitor amigo, não me lembro o dia) do mês de abril de 2011, minha esposa recebeu um telefonema que me passou depois: – Dr. Marcos Bandeira telefonou! – Quem? – O juiz! – Deseja o quê? – a mulher apreensiva: – Acho… você… anda escrevendo essas bobagens…

     No segundo telefonema, o objetivo foi parcialmente esclarecido: o projeto de uma academia de letras em curso e o Juiz de Direito itabunense gostaria de conversar comigo pessoalmente. Combinamos dia, local (Fórum Ruy Barbosa de Itabuna) e hora.

     Não conhecia pessoalmente dr. Marcos Bandeira, conhecia-o através da mídia falada e escrita e an passant sabia que tinha atuado na Comarca de Camacan como Juiz criminal.

     Na data combinada, tirei a roupa do fundo do baú, calcei o sapato mais novo, chamei minha filha Anne Glace para me assessorar e fomos encontrá-lo no seu local de trabalho. Aproveitei e levei 2 romances (O empresário e Maria Madalena) de minha autoria para lhe presentear. Eu pensei que ia encontrar um homem afetado pelo cargo com resquício de autoritarismo, mas, encontrei um nordestino raiz de Bom Jesus da Lapa (BA), dócil, educado que convencia pela força do argumento, não pela autoridade de Juiz de Direito, um democrata.

     Combinamos nos encontrar na FICC (Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania – FICC), situada na Praça Tiradentes s/n, próximo à catedral São José. Palavra dada, palavra cumprida, naquele dia, lá na FICC, eu encontrei: Marcos Bandeira, Antônio Laranjeira, Ary Quadros, Carlos Eduardo Passos, Cyro de Mattos, Dinalva Melo, Gustavo Fernando Veloso, Lurdes Bertol, Genny Xavier, Ruy Póvoas, Sione Porto, Sônia Maron, Marialda Jovita e Maria Luiza Nora.

     Em nossa primeira reunião (19 de abril de 2011), definimos o nome da academia, por aclamação dr. Marcos Bandeira foi eleito presidente junto com a diretoria (eu fui eleito 2º. Tesoureiro, com a desistência de Gustavo Fernando Veloso, 1º. Tesoureiro, eu assumir seu lugar), fechamos a manhã daquele dia com o “esqueleto” pronto da Academia de Letras de Itabuna – ALITA.

     Em reuniões vindouras, sob a batuta de dr. Marcos Bandeira, em 7 meses, redigimos o Estatuto, o Regimento, criamos a revista “Guriatã”, desenhamos o fardão, os brasões “Litterae in Fraternitattis 2011” ou “Litteris Amplecti 2011” – O Hino da ALITA, veio depois, letra do escritor Cyro de Mattos – no dia 05 de novembro de 2011, no auditório da FTC, o escritor, cronista, Juiz de Direito e professor da UESC das disciplinas: Direito Processual Penal, Direito da Criança e do Adolescente, dava posse aos acadêmicos, em solenidade de gala. O acadêmico Ruy Póvoas discursou em homenagem ao patrono da Academia, Adonias Filho, e, Cyro de Mattos ostentando no peito suas medalhas lhe auferidas em tempos idos, discursou em nome dos acadêmicos empossados e Aramis Ribeiro falou representando, como seu presidente, a Academia de Letras da Bahia – ALB.

     Faz-se necessário dizer, por desencargo de consciência que, em todas as etapas de fundação da ALITA, o desempenho pela experiência de outras academias de Ruy Póvoas e Cyro Pereira de Mattos, foi significativo. Coube ao dr. Marcos Antônio Santos Bandeira, primeiro presidente da Academia de Letras de Itabuna – ALITA, à assessoria jurídica.

     Não obstante a falta de recursos materiais e financeiros, a gestão colegiada de dr. Marcos Bandeira foi acima da média, em 2 anos de mandato, o que era um ideal imaginário (criar uma academia de letras), transformou-se em realidade como pessoa jurídica (CNPJ), além de ter pago a festa de solenidade de posse dos acadêmicos com recursos próprios, o registro do Estatuto e Regimento, uma conta bancária no Banco do Brasil para contribuição mensal dos novos acadêmicos e através da saudosa Sônia Maron, a cessão de 2 salas para sede provisória no Edifício Dilson Cordier, à Rua Ruffo Galvão. 155 – Centro / Itabuna (BA).

     Estimado leitor, talvez, não mais me suporte com essa ladainha de fundação da ALITA. Porém, peço-lhe que me tolere mais um pouco, é que nosso homenageado foi seu primeiro presidente, e, se ele é seu amigo, o admira, releve essa chatice e me acompanhe para que, eu e você, possamos adentrar naquilo que lhe foi sua razão de vida: O Direito como disciplina normativa que procura fazer justiça social: assegurando aos menos favorecidos e aos mais aquinhoados pelo destino, os mesmos direitos diante da Lei. Portanto, amigo leitor, passemos aos parágrafos que virão do nosso amigo Juiz de Direito e completemos com ajuda de Deus, sua trajetória profissional e humana.

     Dr. Marcos Bandeira foi um juiz garantista, que o réu é um ser humano e merece ser tratado com direito ao contraditório no Tribunal Judiciário, acusação, também, a defesa, que não seja prejudicado em sua honra, que não seja humilhado pela acusação e responda, somente, a prática do seu crime. Para Luigi Ferrajoli, pai do garantismo, se caracteriza: 1) como modelo normativo de Direito; 2) como teoria jurídica e 3) como uma filosofia política.

     Dr. Marcos Bandeira foi o juiz com recorde que nenhum outro juiz alcançou: presidiu mais de 250 sessões do Tribunal do Júri em Itabuna desde 1910, quem fala dessa proeza é o Juiz de Direito, dr. Ricardo Augusto Shimitt, quando prefaciou o livro “Tribunal do Júri”:

     “Marcos Bandeira, juiz, professor doutrinador, para tratar com absoluta maestria sobre a reforma do “Tribunal do Júri”, com seu olhar crítico de mais de 250 júris presididos, o que faz com que sua obra receba o título de excelência, a ser aclamada por todos nós, operadores do direito”.

     O “Tribunal do Júri” foi criado pelos gregos, aperfeiçoado pelos romanos, implantado pelos britânicos e Estados Unidos. Foi instituído no Brasil pela Lei de 18 de julho de 1822 para julgar os crimes da imprensa.

     Quando li: “Apologia de Sócrates”, livro de prosa em verso, em que Sócrates é condenado beber cicuta por um Tribunal do Júri, que o acusava de “perverter a juventude”. Um tribunal corrompido por jurados de interesses inconfessáveis matou o filósofo que questionava o conhecimento com a célebre frase; “Sei que nada sei”.

     Antes da Lei nº. 11.689/2008 que se destinou a seção III do Capítulo II referente ao Júri, dr. Marcos Bandeira, instituiu no Tribunal do Júri em Itabuna, algumas mudanças a exemplo do réu não ficar ladeado por 2 policiais brutamontes, mas ao lado do seu advogado de defesa. Criou, também, o cadastro voluntário, ele justificou que algumas pessoas quando eram convocadas, chegavam ao tribunal com a cara feia e má vontade. Absolveu o sigilo da votação não do voto, que a sala secreta foi substituída por uma sala envidraçada que não comprometia o auditório vê a votação. Que o resultado absoluto de 7X0 foi substituído pelo resultado relativo 4×0, ou seja, por maioria simples.  – Que é de o prêmio INNOVARI?

     Ele gostava dos frequentadores assíduos do Tribunal do Júri, principalmente, da frequência de Zito Bolinha (in memoriam), que certa feita esclareceu a razão de sua assiduidade: ”Doutor, aqui se aprende lições de vida que não ensinam nos livros e nem na escola”.

     Mas, presidindo um Tribunal do Júri em Ferradas, que os indivíduos trepavam nas árvores para assistirem ao júri que se desenvolvia nesse bairro, teve um “Insight”, a partir dali, só faria júri nos bairros porque seria mais educativo e mais atrativo.

     Apesar do semblante “pesado”, dr. Marcos Bandeira é um brincalhão, certa feita que alguém falava de imortalidade, ele disse: “Cyro, pra ser imortal, só precisa morrer”. Um aficionado pelo futebol, ele é “Fluminense” de quatro costados, no Rio de Janeiro, foi ver seu ídolo Rivelino. Alguém me disse que dr. Marcos Bandeira jogou no Colo Colo de Futebol e Regata de Ilhéus. Pelo tamanho e grossura, coloco minha mão no fogo, sem medo de queimá-la que foi um grande zagueiro.

     Doutor Marcos Bandeira, não vestiu o pijama da aposentadoria, é advogado, é professor concursado da UESC e doutorando em Direito pela Faculdade de Lomas de Zamorra da Universidade Nacional de Buenos Aires.

     Hoje, seu bem maior, a razão de sua vida, é sua família, Rosana, a esposa, os filhos: Marcos Bandeira Júnior, Michelle, Danielle e Francielle.

     É lugar comum dizer que a família é a célula mater da sociedade, é necessário que se diga sempre, porque a família é o sentimento de amor maior do homem.

Autoria: Rilvan Batista de Santana

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Membro da Academia de Letras de Itabuna – ALITA

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 Att.: Informações, a posteriori, Marcos  Bandeira foi meia esquerda, camisa 10, do Colo Colo de Futebol e Regata de Ilhéus e da Seleção.

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A FAMÍLIA- R. Santana

     É lugar comum dizer que a família é a célula mater da sociedade, é necessário que se diga sempre, porque a família é o sentimento de amor maior do homem. O homem que se desembaraça da família, perderá o equilíbrio psicoemocional e condenará sua história. Não lhe adiantará nenhuma riqueza ou sucesso profissional, se ele não tem o agasalho dos pais, a compreensão do cônjuge e o aconchego dos filhos.

     Para o filósofo Jean-Jacques Rousseau, o homem nasce bom e a sociedade o corrompe, outros, acreditam que o homem nasce com potenciais instintos e razão e a sociedade lhe dá humanidade. Porém, quantos indivíduos maus existem que a educação e a instrução não conseguem aprimorar? Inúmeros! Esses indivíduos que nascem com a maldade congênita, jamais serão socializados plenamente, sempre viverão à margem da sociedade.

     A família, além de suporte afetivo, propicia princípios religiosos, morais e intelectuais aos seus membros. Hoje, as políticas públicas de todas esferas de governo, elas são voltadas mais para educação, saúde e bem-estar social. Os recém-nascidos são protegidos por creches e os pré-adolescentes, os adolescentes e os jovens adultos são amparados por um sistema educacional que abrange o ensino fundamental, o médio, o ensino técnico profissionalizante e o superior em todos os rincões do país, ou seja, não existe desculpa pra o indivíduo não adquirir conhecimento.

     Hoje, com a modernidade e a banalização dos costumes, muitos casais protelam à chegada de filhos ou renunciam à sagrada função de ser mãe e pai biológicos. Porém, no seu poema “Enjoadinho”, o poeta Vinícius de Moraes questiona: “Filhos, filhos? / Melhor não tê-los! / Mas se não os temos / Como sabê-los? / Noites de insônia / Cãs prematuras / Prantos convulsos / Meu Deus, salva-o! / Filhos são o demo / Melhor não tê-los / Mas se não temos / Como sabe-los?”, ou seja, os filhos são necessários, são as bênçãos de Deus, o casal sem filho sujeita-se encerrar sua história, sua descendência, além de uma vida infrutífera e vazia.

     É lamentável que alguém complete uma família, com cachorro, gato, etc. Tê-los podem preencher um vazio afetivo, mas os animais não substituem o filho, mesmo adotivo. O mais racional é a coexistência de animais e gente.

     Hoje, há vários tipos de família, no entanto, aqui se discute a família tradicional, aquela deixada por Deus: “Crescei e multiplicai-vos”, Gênesis 1:28, com as instruções: “enchei e dominai a terra”. E, completa: Deus os abençoou e lhes disse: “Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. Essas outras famílias não têm a função biológica de fecundação e reprodução, elas são as “famílias” sociais ou famílias homoafetivas.

     A família não se resume ao núcleo (pai, mãe e irmãos), também, a família extensiva: avôs, avós, tios, sobrinhos, primos e, os parentes por afinidade, a exemplo de noras, cunhados, genros, etc.

     A família se caracteriza pela solidariedade, generosidade, empatia e amor entre seus membros, quando alguém da família é acometido de algo funesto, todos sentem a dor do outro. Uma mãe é capaz de dar a vida pelo seu filho. Por mais que o filho tenha defeito, má conduta, sua conduta sempre é suavizada e justificada pelos pais.

     A família é uma instituição milenar, tão velha quanto o mundo. A Bíblia em Gênesis fala da primeira família: Eva, Adão e os filhos Caim e Abel. Infelizmente, o primeiro fratricídio da história da humanidade, Caim matou seu irmão Abel, assim, a história registra a primeira família e o primeiro crime.

     Por outro lado, a Sagrada Família nos ensina o amor, a compaixão e a fé. Em Efésios, Capítulo 6, Versículos 1-4, lê-se: “Filhos, obedeçam aos seus pais no Senhor, pois isso é justo”. A Sagrada Família é por natureza santa, pois todos os seus integrantes possuem santidade confirmada pela Igreja Católica e pela fé cristã. Maria escolhida, concebeu virgem, seu filho Jesus Cristo, e, José, varão corajoso e justo. Maria, até os dias atuais, ela se apresenta ao mundo sob várias facetas divinas, operando milagres pela fé de seus crentes.

     Não obstante existir a família desajustada, desunida, que não se encontra, incompreensiva, mesmo assim, é uma instituição que não se substitui porque sua natureza é santa e pecadora, não é somente, a menor unidade estruturada da sociedade, a célula mater, fora dela, não haverá momentos felizes nem paz existencial.

     Enfim, invocando o adágio popular: “Uma mãe é para 100 filhos e muitas vezes 100 filhos não são para uma mãe”, portanto, nada no mundo substitui o pai e a mãe, filho!…

 

Autoria: Rilvan Batista de Santana

Licença: Creative Commons

Membro da Academia de Letras de Itabuna – ALITA

Imagem: Google

 

 

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ALITA na Imprensa

AÇÃO PEDE QUE PROCURADOR GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO BAIANO APURE E RESPONSABILIZE PENALMENTE OS ENVOLVIDOS PELA DEMOLIÇÃO DO PRÉDIO HISTÓRICO COMENDADOR FIRMINO ALVES, EM ITABUNA

 

DIGAÍ FEIRA

Ação pede que Procurador Geral do Ministério Público Baiano apure e responsabilize penalmente os envolvidos pela demolição do prédio histórico Comendador Firmino Alves, em Itabuna

COSTA DO CACAU

Ação pede que Procurador Geral do Ministério Público Baiano apure e responsabilize penalmente os envolvidos pela demolição do prédio histórico Comendador Firmino Alves, em Itabuna

 

CLASSIESOM

https://classiesom.blogspot.com/2025/01/acao-pede-que-pgmp-ba-apure-demolicao.html

 

OUTORGA DA MEDALHA JORGE AMADO

UESC

https://www2.uesc.br/noticias/1164/Alita-entrega-Medalha-Jorge-Amado-a-reitora-Renee-Albagli

A REGIÇÃO
https://aregiao.com.br/archives/2024/10/alita-entrega-a-medalha-jorge-amado.html

COSTA DO CACAU

ALITA ENTREGA MEDALHA JORGE AMADO EM SOLENE CERIMÔNIA NA UESC

BLOG DO THAME
https://www.blogdothame.blog.br/v1/tag/academia-de-letras-de-itabuna/

ITABUNA CENTENÁRIA

https://cemanosdeitabuna.blogspot.com/2024/10/alita-entrega-medalha-jorge-amado-em.html

 

 

 

 

SÉRGIO HABIB LANÇA SEU MAIS NOVO LIVRO “ÉPICA BRASILIANA”, EM ITABUNA

https://www.aregiao.com.br/archives/2024/08/sergio-habib-lanca-livro-em-itabuna.html

https://expressaounica.blogspot.com/2024/08/advogado-sergio-habib-lanca-livro-em.html

Sérgio Habib lança seu mais novo livro “Épica Brasiliana”, em Itabuna

 

II SARAU ALITA ENTRE VERSOS

ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA REALIZA SEGUNDO SARAU ALITA ENTRE VERSOS

 

https://correiodosmunicipiosba.blogspot.com/2024/08/itabuna-academia-de-letras-de-itabuna.html?m=1

 

 

POSSE DA DIRETORIA DO BIÊNIO 2024-2026

Blog Costa do Cacau

Academia de Letras de Itabuna (Alita) empossa nova diretoria para o biênio 2024/2026

A Região
https://www.aregiao.com.br/archives/2024/04/raquel-assume-a-presidencia-da-alita.html

Blog do Thame

Academia de Letras de Itabuna empossa nova diretoria

Pimenta

RAQUEL ROCHA É A NOVA PRESIDENTE DA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA

Diário Bahia

Academia de Letras de Itabuna empossa nova diretoria para o biênio 2024/2026

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Confraternização ALITA 2024

Na última quinta-feira, 5 de dezembro de 2024, a Academia de Letras de Itabuna reuniu seus membros no aconchegante Palace Bistrô para sua tradicional confraternização de final de ano. O evento foi marcado por um clima de alegria, companheirismo e celebração, encerrando mais um ano repleto de realizações literárias e culturais.

Entre os presentes, estavam Raquel Rocha (presidente da ALITA), Sione Porto, Clóvis Junior (editor da revista Guriatã), Gustavo Veloso (tesoureiro), Eliabe Izabel (primeira secretária), Rafael Gama, Celina Santos, Sérgio Sepúlveda (diretor de projetos culturais) e João Otávio Macedo (diretor de biblioteca).

Além de celebrar as conquistas de 2024, o encontro foi um momento para renovar o compromisso com a literatura, além de reforçar os laços de amizade entre os acadêmicos. Durante a confraternização, os participantes compartilharam memórias, ideias para o futuro e votos de um novo ano repleto de inspirações e projetos.

Mesmo aqueles que não puderam comparecer foram lembrados com carinho, simbolizando o espírito de união que caracteriza a ALITA.

 

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ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA SE PREPARA PARA O III SARAU ALITA ENTRE VERSOS

 

A Academia de Letras de Itabuna-ALITA, realizará hoje, dia 6 de novembro de 2024, a terceira edição do Sarau “ALITA ENTRE VERSOS”, um evento online que promete reunir escritores, poetas e admiradores da literatura em uma noite de celebração cultural. O sarau contará com uma programação diversificada, com apresentações literárias, homenagens a figuras de destaque e exibições de vídeos.

A abertura do evento trará uma homenagem ao patrono Gil Nunes Maia, com uma exposição conduzida por Margarida Cordeiro Fahel. Na sequência, a sessão “Literatura Alitana” será dedicada às obras de membros e patronos da ALITA. Clóvis Junior apresentará a crônica “Rio Cachoeira”, de Cyro de Mattos, enquanto Lurdes Bertol lerá “Ser cidadão num lugar”, de Milton Santos. O evento contará também com textos autorais de Ruy Póvoas, que trará o conto “A floreira de Nicole”; Ceres Marylise, com o poema “Num entardecer qualquer”; Gustavo Cunha, com “Coisas da vida (ou de novo o homem nu)”; e Sérgio Habib, que compartilhará seus poemas “Amendoeira” e “Partida”.

A programação inclui ainda uma seleção livre de textos com participações de Raquel Rocha com o poema “Para além da curva da estrada”, de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, e Eliabe Moraes apresentará “Cantos do pássaro encantado”, de Rubem Alves. O sarau será finalizado com a exibição de um vídeo que trará um poema de Cyro de Mattos, musicado por Lima Junior.

Com início às 19h30 e transmissão ao vivo pelo YouTube, o III Sarau ALITA Entre Versos convida todos para uma noite especial dedicada à literatura.
Para assistir acesse o link abaixo:

 

 

 

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PORTARIA N.º 04/2024- DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO PARA ESCRITA DA HISTÓRIA DA ALITA

ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA

PORTARIA N.º 04/2024

 

DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO PARA ESCRITA DA HISTÓRIA DA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – ALITA

A Presidente da Academia de Letras de Itabuna-ALITA, no uso de suas atribuições regimentais e estatutárias,

RESOLVE:

Art. 1º Fica instituída a Comissão de Escrita da História da Academia de Letras de Itabuna, com o objetivo de documentar e registrar os principais fatos e personalidades que contribuíram para a criação da Academia.

Art. 2º A Comissão será composta pelos seguintes membros:

  1. Cyro de Mattos
  2. Marcos Bandeira
  3. Ruy Póvoas
  4. Lurdes Bertol Rocha

Art. 3º A referida Comissão foi formada na Assembleia Geral da ALITA, realizada em 15 de outubro de 2024, e ficará responsável por: compilar informações relevantes sobre a história da Academia, incluindo seus fundadores e eventos importantes.

Art. 4º A Comissão esteve aberta para inclusão de novos membros até o dia 31 de outubro de 2024, conforme deliberado em Assembleia.

Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Itabuna, 4 de novembro de 2024.

Raquel Rocha

Presidente da Academia de Letras de Itabuna

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“Poesia na Academia” homenageia o poeta Cyro de Mattos

POESIA NA ACADEMIA ✨

Nesta quinta-feira, 31/10/24, a Academia de Letras da Bahia (ALB) realiza mais uma edição do Poesia na Academia, projeto coordenado pela Acadêmica e professora Heloísa Prazeres.

A sessão é sempre on-line, transmitida ao vivo pelo YouTube da ALB, às 19h. Aberta a todos. Não é necessário fazer inscrição.

Desta vez, o homenageado será o baiano nascido em Itabuna, Cyro de Mattos. A intervenção ficará por conta de Tica Simões, consultora para assuntos literários e culturais. A mediação será da escritora Gerana Damulakis, ocupante da Cadeira 29 da ALB.

Os poemas de Cyro de Mattos serão lidos por Raquel Rocha, presidente da Academia de Letras de Itabuna (ALITA); Marina Moreno, comunicóloga e pesquisadora; e Patrícia Si Barreto, gestora e produtora cultural.

Como em todas as edições, nesta também teremos música, com a musicista e educadora Ligia Callaz. Através de áudio, Lima Júnior trará a beleza da interpretação musical do poema ‘Nossa Senhora das Matas’, adaptado por ele.

Cyro de Mattos é advogado, jornalista e escritor, ocupante da Cadeira 22 da ALB. Os livros já publicados lhe garantiram mais de 50 prêmios literários. Com ‘Infância com bicho e pesadelos (e outras histórias)’ foi vencedor do Prêmio Casa de las Americas 2023, na categoria literatura brasileira.

Heloísa Prazeres destaca a importância da premiação: “Trata-se de um dos mais antigos e prestigiados certames de literatura no continente, tendo atuado nele, como jurados, Alejo Carpentier, Mário Vargas Llosa, Carlos Fuentes, José Saramago, João Ubaldo Ribeiro. Ao recebê-lo, o já consagrado escritor baiano carrega consigo a humanidade da alma brasileira em pleito por verdades pelas quais lutamos e trabalhamos em defesa. A premiação nos eleva, em orgulho e extensiva admiração pelo trabalho deste escritor referencial, que impacta a vida de tantos, do país e do Continente”.

A ALB tem apoio financeiro do Governo da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

#ALB #Academia #Letras #Bahia #Poesia

LINK PARA ASSISTIR NO YOUTUBE

O projeto Poesia na Academia já homenageou Jorge Amado, Adonias Filho, Hélio Pólvora, Sosígenes Costa e Florisvaldo Mattos, entre os grapiúnas. Hoje, dia 31/10, às 19h, entraremos mais uma vez na poesia, com a premiada e fertilíssima Obra de Cyro de Mattos. Projeto Virtual (transmitido ao vivo) pelo Canal YouTube da Academia de Letras da Bahia.

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PORTARIA N.º 03/2024- DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA COMISSÃO “ALITA EM AÇÃO”

 

ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA

PORTARIA N.º 03/2024

DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA COMISSÃO “ALITA EM AÇÃO” PARA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL DE ITABUNA.

A Presidente da Academia de Letras de Itabuna, Raquel Silva Rocha, no uso de suas atribuições legais e regimentais, e considerando a importância da preservação e valorização do patrimônio histórico-cultural do município de Itabuna,

RESOLVE:

Art. 1º – Fica criada a Comissão “ALITA EM AÇÃO”, com a finalidade de promover e desenvolver ações para a preservação do patrimônio histórico-cultural Itabunense.

Art. 2º – A Comissão será composta pelos seguintes membros:

  • Sérgio Alexandre Meneses Habib
  • Cyro Pereira de Mattos
  • Janete Ruiz de Macedo
  • Silmara Oliveira (nome completo?)
  • Marcos Antônio Bandeira
  • Clóvis Silveira Góis Júnior
  • Lurdes Bertol Rocha

Art. 3º – Compete à Comissão “ALITA em Ação”:

I – Planejar e implementar atividades voltadas à proteção e valorização do patrimônio histórico-cultural de Itabuna;

II – Promover campanhas de conscientização sobre a importância do patrimônio histórico-cultural local;

III – Redigir manifestos de desagravo ou notas de repúdio, sempre que ações ou omissões venham a ameaçar o patrimônio histórico-cultural de Itabuna;

IV- Colaborar com órgãos públicos e privados, bem como com a sociedade civil, em projetos de preservação e difusão da cultura e história de Itabuna;

V- Adotar, sempre que necessário, as medidas judiciais cabíveis junto ao Ministério Público para a defesa do patrimônio histórico-cultural de Itabuna;

Art. 4º – A Comissão “ALITA em Ação” terá duração de dois anos, podendo ser prorrogada a critério da Presidência da ALITA.

Art. 5º – Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Itabuna, 28 de outubro de 2024.

Raquel Rocha

Presidente da Academia de Letras de Itabuna

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NOTA DE REPÚDIO

NOTA DE REPÚDIO

A Academia de Letras de Itabuna-ALITA vem a público repudiar o ato violento e inaceitável cometido no dia 19 de outubro de 2024, contra o patrimônio cultural de nossa cidade, com a demolição do sobrado do Comendador Firmino Alves.

A Constituição brasileira, no seu Art. 216, assim expressa “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, {…} e  no § 4º  afirma “Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei”.

É fundamental que este fato seja objeto de investigação e de severa punição não somente aos que cometeram o ato, mas também aos que se omitiram.

 

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DESCASO E MELANCOLIA: MEMÓRIA HISTÓRICA EM AGONIA- Janete Ruiz de Macêdo

A cidade de Itabuna, mais uma vez, foi obrigada a se confrontar com perdas irreparáveis. Perdas que levam à melancolia e ao enfraquecimento da memória, do sentimento de si, da sua identidade. Alguém se importa? Após os acontecimentos deste 19 de outubro de 2024, a demolição do sobrado do comendador José Firmino Alves, construído no final do século XIX, local onde foi pensado e gestado o processo emancipatório da cidade, centro social e político da vila da Tabocas e da cidade de Itabuna, a impressão que fica é de que não. Lá se processaram duros debates para escolha do primeiro Intendente, planos para prover a novel cidade dos aparatos urbanísticos e culturais necessários.

De onde veio mesmo essa cidade? Que imagem queremos construir? Estamos dispostos a apagar a imagem que a cidade adquiriu ao longo da sua trajetória, a imagem que lhe foi construída e que tem sido apresentada aos outros e a si própria?

A ideia de uma identidade cultural coletiva pautada em referentes materiais parece ser uma impossibilidade para os governantes municipais. Da mesma forma, é impossível encontrar quem se identifique com a ideia de patrimônio cultural. Nietzsche, em sua obra Para além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro, afirma que os seres humanos precisam ter futuro, “estabelecer-se como garantia de si mesmo como futuro”, por isso desenvolveram uma vontade ativa de guardar impressões, apreender o acontecimento necessário, antecipar-se ao possível no tempo com segurança. Para tanto, foi preciso, pois, criar a responsabilidade. E esta seria algo vazio se a promessa de ontem caísse no esquecimento.

Dentro dessa perspectiva, onde está a nossa responsabilidade? Sociedade civil itabunense organizada, representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário, todos calados, todos coniventes com a demolição da casa do fundador de Itabuna, um dos poucos prédios históricos da cidade, até então, sobreviventes. Mais uma vez a estratégia foi a de demolição na surdina. Diante do seu susto e indignação, alguém escreveu ao memorialista Moacyr Garcia: “calma, foi a família que vendeu e não foi tombada a pedido dela própria”. Assim foi também com o Castelinho, casa de Aurea Alves Brandão Freire, localizada no canto norte da praça Olinto Leone, construída entre os anos de 1919 a 1924 e demolida em 1989. Deixo aqui registrado fragmentos do texto de Helena Borborema Era uma Vez um Castelo:

“Era uma vez… muito tempo atrás, bem no início da década de vinte, um rico senhor de terras e cacauais[…] desejou dar a uma de suas filhas noivas, como presente de casamento, uma bela mansão. Mas, como realizar o seu sonho numa terra onde tudo faltava, onde as coisas belas do espírito nem eram cogitadas… Queria uma bonita vivenda, algo que embelezasse a sua cidade… era aquela construção o testemunho de uma época endinheirada, monumento de amor à terra que tanto prodigalizou as benesses aos que a ela se dedicaram, nela fizeram fortuna e souberam retribuir a sua dadivosidade. Era ele o símbolo, a expressão da crença de um homem, Firmino Alves, no futuro de uma cidade. E num triste dia, silenciosamente, na calada da noite, impiedosamente, sem protestos, sem o menor respeito […] sem nenhuma causa justificável, o Castelinho foi jogado abaixo, como se com ele jogassem no lixo as relíquias do passado de um povo, de uma cidade”.

Renegamos esse passado? Que memória queremos construir? Para que conservar o que nada significava de amor para elas?

A memória de pedra e cal da cidade é praticamente inexiste: já não existe o teatrinho ABC, o prédio de Martinho Luiz Conceição, o casarão de Tertuliano Guedes de Pinho, a casa pertencente a Carlos Maron e o mesmo destino, em breve, terá a Cadeia Pública Municipal de Itabuna, o Museu Casa Verde e o pouco que resta do sobrado do médico Moisés Hage. Se quisermos ir um pouco adiante, por que não falar da deformação do prédio da Maçonaria Areópago Itabunense e o da Associação Comercial de Itabuna?

É certo que a memória coletiva itabunense não é um baú de tesouros depositados democraticamente, ao longo do tempo por razões afetivas, por todos os cidadãos da cidade. Sabemos que é uma memória exercitada por poucos, uma memória pouco ensinada, e a derrubada da casa de Firmino Alves, atesta, mais uma vez, a falta de efetividade da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), e do Conselho Municipal de Cultura, órgãos que deveriam ser guardiões do nosso patrimônio histórico e cultural.

Parece só restar, então, a escriturística da saudade, buscando soluções na memória para oferecer uma sensação de identidade sólida apesar dos efeitos do tempo, pois por meio dela, como afirma Joel Candau em sua obra Memória e Identidade, “o que passou não está definitivamente inacessível, pois é possível fazê-lo reviver graças à lembrança. Juntando os pedaços do que foi numa nova imagem que poderá talvez ajudá-lo a encarar sua vida presente”. É isso que alguns memorialistas itabunenses têm realizado incessantemente, buscando soluções na memória para manter viva a história da cidade como um legado para o tempo presente.

A escriturística da saudade busca impedir que no fluxo temporal o esquecimento engula as memórias e a história de um povo e de um lugar, mas para uma memória forte e uma consciência viva sobre seu passado, é necessário a preservação de referentes materiais que lhe deem suporte. Para tanto, se faz necessário o exercício da Responsabilidade que tem faltado de forma profunda a grande parte dos agentes sociais que, direta ou indiretamente, labutam no campo da história e daqueles que ocupam cargos estratégicos no campo da política e da cultura.

Legenda da Imagem:  Praça Olinto Leone no final dos anos trinta. Na foto a Igreja Matriz de São José. O Castelinho e o sobrado do Comendador  José Firmino Alves.

DESCASO E MELANCOLIA: MEMÓRIA HISTÓRICA EM AGONIA- Janete Ruiz de Macêdo Read More »