HOMENAGEM A CYRO DE MATTOS MARCA O 7º ENCONTRO AMIGOS DE ITABUNA- Raquel Rocha

Homenagem a Cyro de Mattos marca o 7º Encontro Amigos de Itabuna

Por Raquel Rocha

No dia 27 de julho de 2024, nossa cidade foi presenteada com um evento marcante que reuniu um grande grupo de filhos apaixonados por essa terra: o 7º Encontro Amigos de Itabuna. Com o tema “Anos Rebeldes, 60/70 & Filhos”, o evento não só celebrou a efervescência dos anos 60, 70 e 80, mas também prestou uma homenagem especial ao renomado escritor Cyro de Mattos, membro fundador da Academia de Letras de Itabuna (ALITA) e seu presidente de honra.
O evento, coordenado pelo médico e, também, membro da ALITA, Silvio Porto, trouxe um clima nostálgico e vibrante, resgatando o espírito da época com shows da Banda Lordão, Banda Elétrica, Banda Semi Novos e DJ Djavan. A festa não apenas celebrou as memórias dos anos dourados, mas também comemorou os 114 anos de emancipação de Itabuna.
A homenagem a Cyro de Mattos foi um dos momentos mais emocionantes do evento. Com prêmios relevantes no Brasil e exterior, reconhecido por suas contribuições significativas para a literatura contemporânea, a obra de Cyro de Mattos é visceralmente brasileira, de escavação existencial sintonizada com o seu tempo, com uma vertente regional de alcance universal. Para Carlos Drummond de Andrade, suas histórias possuem muito de sentimento dramático da vida, e muita vivência brasileira, “são histórias que ficam na lembrança da gente.” E Jorge Amado salienta “que se trata de um autor que pisa chão verdadeiro, toca a carne e o sangue dos homens, entre sombras e abismos.”
Sílvio Porto, ao prestar a homenagem, destacou a importância de Cyro de Mattos na literatura e na cultura local e leu os dizeres da placa concedida: “Cyro de Mattos, o maior escritor vivo da Bahia na atualidade, laureado com vários Prêmios e autor de obras que retratam com maestria a cultura e as nuances da sociedade sul baiana. Seu talento literário e contribuições significativas para a literatura brasileira o estabelecem como um ícone contemporâneo das letras baianas.”
O escritor Cyro de Mattos mostrou-se comovido e muito alegre com a homenagem, e, em suas palavras, destacou que “homenagem que chega pelo coração de seus conterrâneos mexe com os meus sentimentos, se tivesse de escolher outra vez o lugar de meu nascimento seria o de minha querida Itabuna. Meus pais seriam os mesmos, seu Augusto e Dona Josefina, para compreendê-los mais, dá-lhes mais amor e agradecer tudo que fizeram para que eu me tornasse gente.”

 

Momento relevante da Festa dos Amigos, na Terceira Via,em Itabuna, dia 27 passado, promovida pelo Grupo de Amigos de Itabuna, quando Cyro de Mattos e os Irmãos Riela, na pessoa de Carlos Riela, foram homenageados com uma placa de Honra ao Mérito. Na foto, Carlos Riela, o presidente do Grupo Amigos de Itabuna, Sílvio Porto, Cyro de Mattos, e Eric Etingger, diretor social do Grupo. Foram homenageados ainda Kokó, em memória, e Sabará.

 

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UM OLHAR SOBRE O RISCO E O LAÇO – TRAÇADOS DO DESTINO NAGÔ- Tica Simões

Um olhar sobre O Risco e o Laço – traçados do destino nagô

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Maria de Lourdes Netto Simões*

 

Da larga produção de Ruy Póvoas, deparo-me agora com o seu mais recente livro, de 2024:  O Risco e o Laço – traçados do destino nagô.

Perpassando um olhar pelas publicações que tenho acompanhado desde Vocabulário da Paixão (1985), posso afirmar da riqueza e singularidade dessa produção que, através do olhar do Babalorixá que é Póvoas, resgata a história da gente nagô, ao tempo em que ensina, passa uma cultura singular e diverte o leitor.

Afora a sua produção literária, há a científica, desse que também foi Professor Titular de Língua Portuguesa da Universidade Estadual de Santa Cruz–UESC, onde recebeu o título de Doutor Honoris Causa (2018).

A exemplo das publicações não ficcionais, é imprescindível referir a trilogia que denominou O labirinto Preto e Branco. Num mundo preto e branco, essa rica e instigante trilogia culmina com o terceiro volume, publicado neste 2024: Perfis da Resistência – deslindando as várias faces. A trilogia evidencia uma caminhada de reflexões, relatos de lutas e conquistas sobre o status quo do negro no Brasil.

Agora, na sua vertente literária, está o quinto livro de contos, O Risco e o Laço – traçados do destino nagô.  É uma ficção que, valendo-se dos Odu de Ifá, ensina e diverte. Ilustrado pelo autor, os desenhos e figuras remetem ao seu tema de fundo – o jogo de búzios, prática dos terreiros de candomblé para tratar dos arquétipos da criação, representados nos Odu de Ifá.

Em verdade, no livro, não só a apresentação gráfica dos desenhos e figuras comunica; também, a referida comunicabilidade com o leitor é acrescentada pela estrutura, integrada de esclarecedores paratextos. Aliás, esse uso dos paratextos já é uma estratégia do autor, em trabalhos anteriores, dos quais especialmente cito A Viagem de Orixalá (2015).

Em O Risco e o Laço – traçados do destino nagô, os paratextos deixam entrever o conhecimento do babalorixá que é Ruy Póvoas, como o articulador da ficção, que recorre a dois tipos de paratextos, para informar ao leitor a sua estratégia ficcional (não autoral e autoral).

​         Conforme esclarece no paratexto que abre o livro, Odu de Ifá é “oráculo dos babalaôs, sacerdotes de Ifá”. O livro é estruturado em dezesseis Odu. Os vários contos se relacionam com os Odu que “representam os Arquétipos da criação; as narrativas são voltadas para as variadas vivências humanas” (2024, V).

O paratexto autoral, que interroga “Por que narrar os Odu de Ifá?”, é bastante esclarecedor para o leitor que não conhece os preceitos nagôs. Por outro lado, também informa a concepção da criação literária dos dezesseis Itan –  contos que buscam se relacionar exemplarmente com os Odu.

Assim, as 16 partes em que se estrutura O Risco e o Laço, cada uma é um Odu, antecedido pela descrição-síntese de cada arquétipo: Òkànràn,

Òyèkú, Ògundá, Ìròsùn, Òsé, Òbàrà, Òdí, Èjìogbè, Òsá, Òfun, Ówónrín,

Ìwòrí, Òtúrúpòn, Ìká, Òtúrá, Ìretè, Opira. E são dezesseis contos, itans que exemplificam os traços de cada signo – “o caminho, isto é, aquilo que faz parte da destinação da pessoa” (2004, p. 18). São textos que, em contando uma história, ensinam, sinalizam caminhos, divertem e dão lições.

         E o texto finaliza, mas fica com o leitor o sugestivo convite apresentado no paratexto inicial, para que, cada um se identifique com uma das narrativas.

Eu, cá para mim, busquei a minha identificação… E conclamo cada leitor a fazer o mesmo; mas sem que deixe de observar o pensar do citado Paul Sagan (p. 213):

A imaginação

muitas vezes nos leva

a mundos

que nunca sequer existiram.

Mas sem ela

não vamos a lugar nenhum

 

E o leitor não negligencie essa última lição do livro!

 

Em julho de 2024

 

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*Maria de Lourdes Netto Simões (Tica Simoes)

 

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POEMAS de Ruy Póvoas

PIXANINHO

A saudade dormia
um sono profundo
e não foi casual o seu acordar,
meu Pixaninho fez isso por mim.
A saudade emergiu
do antigo lajedo
e veio me dizer
também fazer parte
do complexo de mim.
Depois, Pixaninho
se foi, talvez, para sempre,
mas comigo deixou
uma doce saudade
daquele momento.
Subiu no meu colo
e rolou para lá,
rolou para cá.
Foi o bastante
para minha saudade,
de vez, acordar.
Todos os dias,
volto ao lugar
onde meu Pixaninho
também se sumiu.
Oh, meu Pixaninho,
onde você estiver
que seja um lugar
zelado e quentinho
igual à saudade
renascida em mim.

Ruy Póvoas
25/7/24

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XIRÊ

A roda gira no mundo,
o mundo gira na roda,
a gira vai com a roda,
a roda se move na onda.
A sala está repleta,
cada um no seu lugar.
O agogô marca o ritmo,
a cabaça acompanhará.
O rumpi faz a marcação,
o runlé a segunda voz.
O xirê está começando,
o Dono da Rua esperando
os pedidos que vai levar.

Ruy Póvoas
27/5/24

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ENCHENTE

A sopa grossa
desceu as encostas
e levou de roldão
as casas, as ruas,
o casebre e a mansão.
A correnteza de entulhos,
irada, raivosa,
rodopiando a destruição,
rompeu, agressiva,
os liames da vida,
tão provisórios, tão frágeis,
já sem noção.
Ficaram os abismos
na alma, no chão,
na alma enchacada
de desilução.
Sobrou desalento,
restou desamparo
e grande amargura
no coração.

Ruy Póvoas
27/5/24

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VERBALIDADE

Oh, verbo defectivo,
me valha mesmo
com seus defeitos.
Ensina-me não ter
todas as pessoas.
Algumas bastam
para um viver tranquilo.
Teu parente,
o impessoal,
é por demais arrogante
e atua sem pessoa alguma.
Diferente dele,
sou a própria pessoa
que precisa de pessoas
no meu viver em rumas.

Ruy Póvoas
13/4/24

 

 

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Sucesso na Estreia do “ALITA ENTRE VERSOS”

Por Raquel Rocha

A Academia de Letras de Itabuna (ALITA) realizou com grande êxito a estreia de sua nova série de saraus literários online, “ALITA ENTRE VERSOS”, na noite desta quarta-feira, 17 de julho de 2024. O evento, transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da instituição, reuniu uma audiência engajada, com participantes de diversas regiões deixando comentários e interagindo em tempo real.

A abertura do sarau foi marcada por uma homenagem a Ildásio Tavares, conduzida por Tica Simões. A sessão dedicada à Literatura Alitana trouxe Baísa Nora recitando o poema “Para André Rosa”, Ruy Póvoas lendo “O Javali” e Marcos Bandeira apresentando “Passarinho” de Ceres Marylise, encantando a todos com suas performances.

A seção de Autores de Livre Escolha foi igualmente envolvente, com Lurdes Bertol Rocha lendo “O trem de ferro” de Maria da Paz Jambeiro Costa, Gustavo Cunha recitando os poemas “A Doce Canção” e “Faisão Prateado” de Cecília Meireles, Clovis Junior apresentando “O menino das meias vermelhas” de Carlos Heitor Cony, Baísa Nora lendo “Sépia” de André Rosa e Raquel Rocha com a crônica “Banhos de Mar” de Clarice Lispector. Os vídeos apresentados por Heloísa Prazeres, com o poema “Rimas 2ª Parte, Redondilha n° 106” de Luís de Camões, e Cyro de Mattos, recitando seu poema “Canga”, foram destaque, acrescentando uma dimensão visual ao evento.

O encerramento musical, com Sérgio Sepúlveda e Emerson Mozart cantando “Tanto voei pra encontrar você” à capela, foi o grand finale perfeito para a noite, deixando a audiência emocionada.

A presidente da ALITA, Raquel Rocha, conduziu o sarau com, interagindo com o público e destacando a importância da literatura e das artes na nossa sociedade. A audiência participou ativamente, deixando comentários elogiosos e expressando seu apreço pelas apresentações.

Para Raquel: “Esse tipo de evento é de suma importância, pois não apenas promove a literatura e as artes, mas também fortalece os laços culturais, rompendo barreiras.”

O público do sarau “ALITA ENTRE VERSOS” superou as expectativas, mostrando o poder das transmissões online em romper barreiras e unir amantes da literatura de diferentes lugares. Com essa primeira edição de sucesso, a ALITA reafirma seu compromisso de promover a cultura e engajar a comunidade literária de forma inovadora e acessível.

A ALITA agradece a todos os que participaram e convida o público a continuar acompanhando os próximos eventos da série “ALITA ENTRE VERSOS”.

Canal do Youtube:

https://www.youtube.com/@academiadeletrasdeitabuna7332/videos

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Estreia hoje, 17 de julho o “ALITA ENTRE VERSOS”

A Academia de Letras de Itabuna (ALITA) anuncia com entusiasmo o lançamento de uma nova série de saraus literários online intitulada “ALITA ENTRE VERSOS”. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da instituição (link no final desta notícia), oferecendo uma programação que inclui literatura, música e homenagens aos patronos da Academia.

O primeiro sarau da série acontecerá nesta quarta-feira, dia 17 de julho de 2024, às 19:30. Com duração aproximada de uma hora, o evento contará com a participação dos membros da ALITA e terá uma programação especial. A abertura ficará a cargo de Tica Simões, que realizará uma homenagem ao patrono Ildásio Tavares. Em seguida, haverá uma sessão dedicada à Literatura Alitana com Baísa Nora recitando o poema “Para André Rosa”, Ruy Póvoas lendo “O Javali” e Marcos Bandeira apresentando “Passarinho” de Ceres Marylise.

A seção de Autores de Livre Escolha contará com Lurdes Bertol Rocha lendo “O trem de ferro” de Maria da Paz Jambeiro Costa, Gustavo Cunha recitando os poemas “A Doce Canção” e “Faisão Prateado” de Cecília Meireles, Clovis Junior apresentando “O menino das meias vermelhas” de Carlos Heitor Cony e Baísa Nora lendo “Sépia” de André Rosa. A programação também incluirá vídeos, com Heloísa Prazeres apresentando o poema “Rimas 2ª Parte, Redondilha n° 106” de Luís de Camões e Cyro de Mattos recitando seu poema “Canga”. O evento será encerrado com uma apresentação musical de Sérgio Sepúlveda, que cantará “Tanto voei pra encontrar você” em colaboração com Emerson Mozart. O Sarau será apresentado pela presidente, Raquel Rocha.

O Sarau “ALITA ENTRE VERSOS” tem como principais objetivos promover a literatura e as artes, destacando o trabalho dos membros da ALITA e de seus patronos. Além disso, o projeto busca alcançar um público mais amplo por meio das transmissões online, que não apenas permitem interações em tempo real através dos comentários, mas também rompem barreiras geográficas, possibilitando que pessoas de diferentes lugares do mundo assistam e participem.

A ALITA convida todos a se juntarem a esta celebração da literatura e das artes!

Para assistir ao evento ao vivo, acesse o canal do YouTube da ALITA:

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Convocação para publicação na Guriatã nº6

REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – GURIATÃ Nº 6
ANO 2023-2024

REGULAMENTO PARA ENVIO DE TEXTOS

Prezadas confreiras, prezados confrades

De acordo com o Regimento da Academia de Letras de Itabuna que orienta em seu artigo nº 26 a manutenção de uma revista que será seu órgão oficial de divulgação, estamos solicitando a contribuição do envio de textos para composição da Revista Guriatã nº 6 de acordo com o exposto a seguir:

1. Os trabalhos deverão ser enviados até o dia 02 de agosto do corrente ano para o e-mail revistaguriata@gmail.com

2. A Revista será constituída pelas seguintes seções:

a) Ensaios
b) Artigos
c) Contos
d) Crônicas Históricas e do Cotidiano
e) Poesias
f) Discursos
g) Registros de eventos
h) Homenagem ao Patrono
i) Quadro Social da Academia de Letras de Itabuna

3. Pede-se a atenção para os seguintes requisitos antes do envio de textos:

3.1. Os textos em prosa, identificado o gênero literários, devem ser digitados em formato WORD ou ODT, folha de papel tamanho A4, com margens laterais, superior e inferior de 2,5 cm, fonte Times New Roman 12 (com exceção das citações e notas em tamanho 10), espaçamento 1,5 entre linhas e parágrafos, texto justificado, parágrafo com recuo da 1ª linha. O título deverá estar centralizado em negrito. O nome do autor deverá estar alinhado à direita precedido de asterisco;

3.2. Para poesia, o espaçamento entre as linhas é livre. O título, nome do autor e texto devem estar alinhados à esquerda;

3.3. No rodapé da página do primeiro texto de cada autor deverá constar precedido por asterisco, a síntese do seu currículo com ênfase no literário e e-mail para contato. Máximo de 8 a 10 linhas em fonte tamanho 10;

3.4. As referências (pesquisas de outras fontes), devem ser dispostas ao final do texto em prosa, organizadas em ordem alfabética pelo sobrenome do primeiro ou único autor, nome, título da obra digitado em negrito, edição, cidade, editora e ano (Exemplo: SOBRENOME, nome. Título [em negrito]. Edição. Cidade: editora, ano);

3.5. O texto deverá ser enviado devidamente revisado pelo autor. Reserva-se à Comissão Editorial fazer nova revisão com as alterações necessárias;

3.6. Os trabalhos que não se enquadrarem aos requisitos do regulamento não serão validados para edição.

Cordialmente

Clóvis Silveira Góis Júnior
Diretor da Revista

Ceres Marylise Rebouças de Souza
Maria Luíza Nora de Andrade
Raquel Silva Rocha
Conselho Editorial

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EDITAL 01/2024 CONVOCAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE COMPÊNDIO BIOGRÁFICO DOS PATRONOS DA ALITA

EDITAL 01/2024
ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – ALITA

CONVOCAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE COMPÊNDIO BIOGRÁFICO DOS PATRONOS DA ALITA

A Presidente da Academia de Letras de Itabuna – ALITA, Raquel Rocha, no uso de suas atribuições, convoca todos os membros da Academia para participarem da elaboração do compêndio biográfico dos patronos da ALITA.

1- OBJETIVO:
Publicação de um compêndio biográfico reunindo as biografias de todos os patronos da Academia de Letras de Itabuna.

2- PROPOSTA:
Produzir a biografia de cada um dos patronos da Academia de Letras de Itabuna, o que deverá ser feito pelo ocupante da cadeira correspondente ao patrono biografado.

3- ORIENTAÇÕES GERAIS:

3.1- Conceito de Biografia: A biografia é um gênero textual que relata a vida de uma pessoa, apresentando seus principais feitos, experiências e fatos importantes. O texto deve ser narrativo, escrito em terceira pessoa.

3.2 Estrutura da Biografia:
Para garantir coesão e fluidez na obra, sugerimos uma estrutura básica, mas encorajamos cada autor a trazer sua voz e estilo únicos à narrativa.

• Título: Nome do biografado acompanhado de uma frase ou expressão que o represente.
• Introdução: Texto inicial contendo data e local de nascimento, referências familiares, infância e formação educacional.
• Corpo do Texto: Relatos em sequência cronológica.
• Conclusão: Últimos momentos da vida do biografado ou últimas informações do recorte temporal escolhido, podendo incluir considerações sobre a importância do biografado.

3.3 Coleta de Dados:
As biografias deverão incluir os seguintes dados:

• Nome dos pais e profissão destes.
• Local e data de nascimento.
• Casamento.
• Filhos.
• Onde estudou e o que estudou.
• Onde viveu.
• Realizações, cargos e funções.
• Fatos importantes da vida e curiosidades.
• Produção literária/acadêmica.
• Data de falecimento.
• Construção da Linha do Tempo:

3.4 Inserção de Fragmentos da Obra:
As biografias podem incluir partes de textos, poesias, citações e afins do biografado.

3.5 Formatação:
• Os textos devem ser enviados em formato word.
• Extensão: de 2 a 4 laudas.
• Fonte: Arial, tamanho 11.
• Espaçamento: 1,5.
• O nome do autor deve constar no texto, abaixo do título.
• Uma breve apresentação do autor deve ser inserida ao final do texto biográfico e, antes das referências. Esta apresentação deve ser formatada em itálico e conter, no máximo, 60 palavras. Deve ser finalizada no mesmo padrão utilizado no site da instituição, informando cadeira e patrono.
• O arquivo deve ser nomeado da seguinte forma: Biografia de (Nome do patrono) por (nome do autor).
• Caso queiram inserir fotos dos patronos estas devem ser enviadas no formato JPG em alta resolução, no mesmo e-mail que que o texto biográfico. No e-mail também deve constar a legenda para a foto. Solicitamos que verifiquem se a foto tem direito autoral liberado antes de enviá-la.

4. PESQUISA:
Além da escrita, este é um trabalho de pesquisa. Dessa forma, cada membro deverá se dedicar a pesquisar sobre seu patrono em fontes literárias e em fontes orais como: familiares, amigos e historiadores, caso seja possível. É importante incluir as fontes pesquisadas nas referências.

5. ESTRUTURA DO LIVRO:
O livro será composto por 40 capítulos, cada um dedicado à biografia de um patrono. O membro responsável pela redação será formalmente reconhecido autor e terá sob a sua responsabilidade as informações biográficas escritas sobre o patrono.

6. IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO:
É muito importante que todos os membros escrevam sobre seus patronos para que sejam todos biografados. Em casos excepcionais, onde não se tenha a produção biográfica dentro do prazo estabelecido neste edital, será designada uma comissão para sanar essa desconformidade. Neste caso, a autoria do capítulo será do membro que escrever sobre o patrono cuja biografia não foi confeccionada pelo ocupante da cadeira.

7. PRAZO PARA SUBMISSÃO:
O material deverá ser enviado por e-mail para alitaitabuna@gmail.com até o dia 20 de setembro de 2024.

8. COORDENAÇÃO
O projeto será coordenado por Gustavo Cunha, Diretor de Projetos e Pesquisas e por Raquel Rocha, presidente da Instituição.
Contamos com a colaboração de todos os membros para a realização deste importante projeto literário.

Itabuna, 04 de julho de 2024.

Gustavo Cunha
Diretor de Projetos e Pesquisas

Raquel Rocha
Presidente

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PORTARIA Nº 02/2024

PORTARIA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA

Nº 02/2024

A Presidente da Academia de Letras de Itabuna – ALITA, Raquel Rocha, no uso de suas atribuições, lastreado no disposto nos Artigos 18, parágrafo III, do Regimento Interno.

RESOLVE

Designar a acadêmica Maria Luíza Nora de Andrade para representar a Academia de Letras de Itabuna – ALITA no lançamento da Comissão Henrique Simões para os festejos dos 500 anos de Ilhéus, da Academia de Letras de Ilhéus dia 26 de junho, às 18h30, em sua sede.

Itabuna, 26 de junho de 2024.

Raquel Rocha

PRESIDENTE

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POEMAS de Cyro de Mattos

EM MEU CANTO

Cyro de Mattos

 

Embora alguns não queiram,
Sou do bem, logo penso:
Existo blindado por Deus.

Nessa estrada comprida
O corpo reclamando,
Quero ficar no meu canto.

Desconheço o desencanto,
Na paz desse encontro melhor
Ouvir uma música primaveril.

Entre gorjeios e volteios,
Enquanto as nuvens passam
Conversar com os passarinhos.

II
Escritor

Dentro das letras viveu.
Nunca quis leitor aos montes.
Desejou o belo.

*********************

 

FLOR
Cyro de Mattos

Bela! bela!
Mal desponta,
Desaparece.
Mas a da alma
Sempre perdura
Porque na alma
Tece e acontece.

*********************

MALANDRINHO PEPEU
Cyro de Mattos

Sou pesado mesmo,
Quieto, isso não,
Meu dentinho no doce
Eta satisfação.

Ô papai, ô mamãe,
No domingo me levem
Pra brincar de nadar
Na onda azul do mar.

Só não me deixem afundar!

 

*********************

IMAGINANDO NAVIOS
Cyro de Mattos

Navio no mar
Com sereia e luar,

Navio no azul
Sopra nele o vento sul,

Navio encalhado
Chegará ao outro lado?

Navio no porto
Sob o sol de agosto,

Navio de pirata
Carregado de ouro e prata.

Navio na guerra
E o canhão que não erra,

Navio no fundo
E o silêncio profundo.

*********************

ALFAIATE

Cyro de Mattos

Pijaminha.
Calção.
Calça curta.
Farda.
Calça comprida.
Paletó.
Terno preto.

Nas mãos
caprichosas
o tempo
paciente
sempre
costurava
suas medidas
exatas.

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SINO DE BELÉM
Cyro de Mattos

Blem blem blem,
Toca o sino de Belém.

Faça o bem, faça o bem,
Não importa a quem.

Tudo bem, muito bem,
Toca o sino de Belém

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ALITA Aprova a Criação da Medalha Jorge Amado

 ALITA Aprova a Criação da Medalha Jorge Amado   

Na última quinta-feira, dia 06/06/2024, a Academia de Letras de Itabuna– ALITA aprovou em Assembleia, por unanimidade, a criação da Medalha Jorge Amado, com a finalidade de homenagear as pessoas que tenham contribuído para o desenvolvimento das Artes, Ciências e Cultura, em Itabuna, na Bahia e no Brasil.

A mais alta honraria da Academia de Letras de Itabuna será outorgada uma vez por ano, em agosto, mês de nascimento do renomado romancista. Será entregue pela Presidente da Academia de Letras de Itabuna, em sessão solene, a duas personalidades, uma na categoria individual e a outra para instituições, pessoas jurídicas e órgãos públicos.

A ideia da criação da Medalha é do escritor e poeta Cyro de Mattos, um dos membros fundadores da Academia e da qual é o Presidente de Honra. Para Presidente da instituição, Raquel Rocha, “a criação dessa Medalha pela Academia de Letras de Itabuna é uma prova da admiração e o reconhecimento que temos por esse filho de Itabuna tão famoso, nascido em Ferradas quando era distrito de Itabuna e que se tornou cidadão do mundo ao levar nossas histórias, nossas gentes, nossos costumes, enfim, nossa paisagem grapiúna com seus caracteres próprios aos quatro cantos de nosso planeta.”

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