Produção Literaria

ANÍSIO TEIXEIRA, UM IMPORTANTE EDUCADOR BRASILEIRO DO SÉCULO XX- Raimunda Alves Moreira de Assis

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“Só existirá democracia no Brasil no dia
em que se montar no país a máquina
que prepara as democracias. Essa
máquina é a da escola pública.”
Anísio Spínola Teixeira

12 de julho, um dia especial!  Data em que celebramos os 120 anos de nascimento do grande educador baiano, filho de Caetité, Anísio Spínola Teixeira.  O seu protagonismo na história da educação brasileira é de fundamental importância. Foi um dos ativistas mais entusiasmados do Movimento da Escola Nova, defendia os princípios do ensino público, gratuito, laico e democrático. Ele lutava por uma educação como direitos de todos e não privilégio da elite dominante.

Atuou, durante grande parte de sua vida no desenvolvimento de projetos de gestão democrática na educação publica. Aos 24 anos, foi Secretário de Educação da Bahia, desenvolvendo planos de reformas e democratização da educação no Estado. Sempre com a ideia de uma educação integral, a exemplo da Escola Parque, construída no bairro da Liberdade, um local pobre e populoso da capital baiana. Esta escola permanece em atividade até hoje. Anísio Teixeira exerceu vários cargos executivos, foi Secretário da Educação do Rio de Janeiro, onde realizou uma ampla reforma na rede de ensino, a partir de uma visão de sistema, em que se integra o ensino da escola primária à universidade. Também fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935 e que, pouco tempo depois foi transformada na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. A militância político-educacional de Anísio foi interrompida durante o período ditatorial do Estado Novo. Nesse momento, recolheu-se á sua cidade Natal e passou a se dedicar a atividade de mineração, trabalho desenvolvido pelos familiares.

Anísio Teixeira retoma as atividades educacionais em 1947 e, mais uma vez, assumiu o cargo de Secretário da Educação da Bahia, realizando reformas importantes. É consagrado como excelente gestor criador de políticas públicas de educação. Em 1951, assumiu a função de Secretário Geral da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tornando-se, no ano seguinte, diretor do INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos). Também participou em 1950 dos debates para a implantação da Lei Nacional de Diretrizes e Bases, sempre como árduo defensor da educação pública. Também, ao lado de Darcy Ribeiro foi um dos fundadores da Universidade de Brasília, da qual se tornou reitor em 1963. Mas, com o golpe militar de 1964 afastou-se do cargo e foi para os Estados Unidos, lecionando nas Universidades de Colúmbia e da Califórnia. De volta ao Brasil em 1966, tornou-se consultor da Fundação Getúlio Vargas.  Não obstante, ter uma trajetória atribulada no exercício de tantos cargos e funções públicas  ao longo de sua vida, o educador publicou muitos livros e artigos, podemos destacar alguns: Educação Progressiva,  Educação para a Democracia,  Educação não é Privilégio, Educação é um Direito. Nestas obras estão cravadas suas idéias há mais de 70 anos e algumas delas, ainda hoje, não foram implantadas. Contudo, nos anima a certeza de que idéias não morrem.

Em 1971, o seu amigo Hermes Lima, o anima a candidatar-se para uma vaga na Academia de Letras. Anísio iniciou uma série de visitas protocolares aos Imortais e numa das últimas visitas esteve com o lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, quando desapareceu em circunstâncias misteriosas. A família preocupada passou a procurá-lo, sendo informada pelos militares de que ele se encontrava detido. Após dois dias do desaparecimento, em 14 de março de 1971, o seu corpo foi encontrado, no fosso do elevador da residência do Aurélio, na Avenida Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Apesar do laudo de morte acidental, há suspeitas de que tenha sido vítima das forças de repressão do governo do General Emílio Garrastazu Médici.

Diante do legado histórico deixado para o povo brasileiro por este educador que dedicou a sua vida em defesa de uma escola pública democrática e de qualidade para todos, é que nós da Academia de Letras de Itabuna (ALITA) rendemos as nossas mais sinceras e profundas homenagens ao educador Anísio Teixeira

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EU E ILHÉUS: UMA HISTÓRIA DE AMOR- Marcos Bandeira

Um lugar onde nossos pensamentos fazem eco transcendendo os limites do universo palpável da realidade social; onde o tempo da memória retorna devagar e onde a magia de seus encantos se revela nos versos dos poetas: essa é Ilhéus, nossa Princesa do Sul!

Ilhéus deriva de ilhéu, que traduz habitante da ilha. Sua beleza majestosa é pontificada na Catedral Dom Eduardo, cuja abóboda é vislumbrada de todos os lados, mas o seu feitiço maior nos alcança quando passamos pela ponte que liga Pontal a Ilhéus e voltamos nossas vistas para o outeiro de São Sebastião por onde a vemos esgueirando-se sobre os ombros do morro. Um pouco mais atrás avista-se os espigões da Igreja da Piedade, como se fossem arranhar os céus fazendo lembrar que a cidade de São Jorge está a seus pés.

Na moldura e no cerne de sua existência convém lembrarmo-nos de um pouco de sua história que serviu de cenário para muitos fatos sociais que se imortalizaram ao longo do tempo: a capitania de São Jorge dos Ilhéus coube ao escrivão da Fazenda Real de Portugal, Jorge de Figueiredo Correia, que não podendo vir, mandou em seu lugar o jovem Francisco Romero, o qual partiu do Rio Tejo em 1535 chegando nestas terras no mesmo ano, aportando inicialmente na ilha de Tinharé, depois no Morro de São Paulo, para finalmente fixar-se no cume do outeiro de São Sebastião, recebendo, a sede, inicialmente, o nome de Vila de São Jorge. A extensão territorial era muito grande, abarcando em seu leito, Itabuna, Itajuípe, até o território onde hoje se encontra edificada a capital Brasília. A primeira igreja matriz foi construída no ano de 1556.

Sua marca histórica é exposta nas letras de famosos escritores grapiúnas quando Jorge Amado exalta sua cor morena de “Gabriela Cravo e Canela” no romance entre o árabe Nacib e a morena Gabriela e no coronelismo de Misael Tavares que exerceu o cargo de intendente e era considerado o “rei do cacau”; quando Hélio Pólvora afirma que nela “aspirarmos os odores do fermento do fruto de ouro oriundos dos cochos das fazendas de cacau”; quando o Estuário do Pontal, ponto de encontro do Rio Cachoeira com o mar, serviu de inspiração para Adonias Filho divisar “Jindiba”, a árvore testemunha da então vila de pescadores do Pontal, onde suas mulheres, a exemplo de Lina do Malhado, começaram a perder seus maridos para o misterioso mar.

Ainda viajando nas asas da ficção e da realidade da região cacaueira não podemos esquecer da figura de Juca Badaró e Horácio da Silveira e sua luta de sangue nessas terras do sem fim onde foram imortalizadas tocaias e lutas sangrentas, passando pela disputa do poder político entre o coronel Pessoa e o coronel,  Domingos Adami de Sá (Intendente que construiu o atual prédio da Prefeitura Municipal de Ilhéus). Não podemos esquecer do então jovem João Mangabeira, bacharel em Direito naquela época (1897) com 17 anos e que aos 20 anos já era intendente e deputado Federal, chegando a ser Ministro de Estado do Governo, cuja visão socialista e humanista o fez deixar para a posteridade, a seguinte lição:

“Não basta a igualdade perante a Lei.

É preciso igual oportunidade.

Igual oportunidade implica igual condição.

Porque, se as condições não são iguais,

Ninguém dirá que sejam iguais as oportunidades”.

Nessas terras do sem fim desfilaram personalidades ilustres que fizeram a história, como o advogado Ruy Penalva, o médico Soares Lopes, o meu inesquecível professor de Direito Romano, Hamilton Ignácio Castro e o seu fino trato, a firmeza de caráter e retidão profissional dos médicos José Dunham de Moura Costa e Nelson Costa, bem como de tantas almas grandiosas e de outros grandes homens que continuam a construir páginas nestas terras , como o professor e jurista Francolino Neto, Soane Nazaré de Andrade e outros idealistas que ajudaram a tornar realidade a Faculdade Católica de Direito de Ilhéus, hoje Universidade Estadual de Santa Cruz, elevando sobremodo a cultura e a formação acadêmica do povo da região sul da Bahia.

E a construção da 1ª  ponte, motivo de tanto clamor dos moradores do Pontal, grande parte formada por pescadores e nativos que utilizavam barcos e balsas para se deslocarem ao centro da cidade que aprenderam a chamar de “Ilhéus”? Não obstante o poderio econômico e político, foi demorada e difícil sua construção, conforme se pode aferir nos versos de Alberto Hoisel, extraídos do discurso de posse na Academia de Letras de Ilhéus do escritor Antônio Lopes em seu livro “Solo de Trombone”:

“De moda sai o colete

em tempo que longe vai

sai Getúlio do Catete

só essa ponte não sai!

Sai Herval da Prefeitura

(seu prestígio, não decai!)

Catalão , da Agricultura…

Só essa ponte não sai!

De Abel um livro de haicai…

E Ilhéus, Terra do Cacau…

Sai livro bom, livro mau.

Só essa ponte não sai!”.

Nada mais convidativo do que saborear um autêntico kibe árabe acompanhado de um chop estupidamente gelado no Bar Vesúvio, recanto outrora dos coronéis e do famoso romance do árabe Nacib com a fascinante Gabriela, imortalizada na obra de Jorge Amado, e hoje, ponto de encontro de artistas, turistas e pessoas comuns . O bar “Vesúvio” foi inaugurado em 1919 pelos italianos Nicolau Caprichio e Vicenti Queverini, sendo adquirido por Nacib em 1945. Sentar-se à frente do Bar Vesúvio e sentir a brisa que vem do mar é experimentar interiormente um pouco do feitiço e dos mistérios guardados nesse lugar mágico de tantas histórias, encravado entre o Teatro Municipal de Ilhéus e a majestosa Catedral D. Eduardo. As peculiaridades desta terra são vistas na linguagem ou na conduta típica de cada morador. O morador do Pontal, principalmente, quando atravessa a ponte não se dirige para o centro, mas para Ilhéus, onde Salvador é Bahia e ingerir bebida alcoólica é “comer rama”, e por aí vai… tem até praia do Marciano.

Certa feita, espairecendo da faina diária nas bandas de Porto Seguro, saí da comodidade de um bom hotel em companhia de minha família à procura de uma barraca que fornecesse um bom caranguejo e uma ‘lambreta”. A maratona foi árdua, pois só encontrávamos pratos típicos do Rio ou de São Paulo, quando, finalmente, para gáudio de todos os tripulantes, encontramos uma barraca do Rei do Caranguejo. O tão procurado marisco estava lá, mas com um pirão tão pálido e umas pernas por fazer que fiquei com dó do bicho. Não merecia tanto desprezo! Também, era caranguejo preparado por mineiro recém chegado à Bahia. Se eles conhecessem o Chinaê, a Barraca Guarani, o Ribeiro ou o camarão empanado do “Tio Dico’ chegariam à conclusão de que a diferença começa pelo paladar.

A beleza natural realça a majestade de Ilhéus: o morro de Pernambuco a sinalizar para os navegantes de além África, o rumo a seguir; o estuário do Pontal a nos brindar com suas águas mansas; o encontro do velho Cachoeira com o mar, e as belas praias de areias extensas e margeadas por lindos coqueirais a enfeitar a orla do norte ou as praias do sul. A paradisíaca Olivença, estância hidromineral de localização privilegiada e que atrai tantos turistas, fascinados pela beleza e tranquilidade do local, bem como pelo folclore do sincretismo religioso da puxada do mastro de São Sebastião que é erguido em frente à igrejinha construída pelo padres da Companhia de Jesus em 1700. Os caboclos de Olivença, provavelmente remanescentes dos tupiniquins, bem como os antigos pescadores do Pontal são pessoas simples, mas cismadas. Se você sai do meio deles e passa a ocupar algum cargo mais importante e se não cometer com eles qualquer desfeita é Deus no Céu e você na Terra, mas se você cair na desdita de, por mero descuido, não cumprimentá-los, aí, como dizem na gíria popular, “o bicho pega” e dará ensejo ao “ranço do caboclo”, configurado pelo olhar matreiro, retraído, de soslaio do caboclo, como a dizer: “esse aí é metido a besta “. Muitas vezes, a cisma cinge-se apenas ao fato de você não mais fazer parte do grupo sem ter cometido qualquer pecado contra ele, que simplesmente deixa de falar com você.

Ilhéus é desse jeito: se existe o ranço do caboclo, existe também o ranço do coronelismo, legado da época áurea do cacau e que diferencia as pessoas pelo sobrenome (patente) ou pelas arrobas de cacau que ainda sonham que possuem, razão talvez mais funda da sociedade Ilheense ter sido tachada por alguns de “fechada”.

O turista que visita Ilhéus é o de veraneio, normalmente visualizado num casal e sua prole, que vem em busca de tranquilidade, ouvir uma boa música ao som de voz e violão e se perder na magia das ruas e maravilhosas praias de Ilhéus. Não há dúvidas que o clima ameno de Ilhéus, ou seja, quente e úmido, contribui para tudo isso.

Ilhéus é abençoada por DEUS, protegida por três padroeiros (São Jorge, São Sebastião e Nossa Senhora da Vitória), linda por natureza, rica por sua história de lutas e enredos. Imortalizada nos versos do poeta belmontense Sosígenes Costa e do poeta Melo Barreto Filho que a imortalizou como Princesa do Sul, como se pode apreciar no seu soneto “Ilhéus”:

“Ilhéus é uma esperança permanente

Voltada para o azul sem fim dos mares

É a Princesa do Sul, proclama, crente,

Quem lhe sabe a doçura dos seus lares.

Ilhéus é uma certeza que o presente

sacerdote do tempo – em seus altares

oferece ao futuro onipotente

Visão maravilhosa dos palmares!

Ah! Quantas seduções ilhéus encerra!

E o peregrino, seduzido, anseia

Desvendar-lhe os encantos da cidade…

E antes que o peregrino alcance a terra,

Unhão …Pontal… a terra amiga o enleia

Num amplo abraço de hospitalidade.

Ilhéus é muito mais do que os versos possam exprimir, pois a sua beleza é inefável e indefinida, só podendo ser verdadeiramente apreciada por quem teve o privilégio de desfrutar intensamente dos encantos de suas esquinas, dos seus morros que circundam a cidade, de suas praias maravilhosas, de sua gente e da pujança de sua rica história, enfim, de seus mistérios. Por isso, a chamo de “Doce Ilhéus”!

Os encantos da terra de São Jorge dos Ilhéus atraem e convidam a todos diariamente para a construção de outros fatos sociais que amanhã poderão tornar-se históricos. A terra é fértil e a imaginação emanada da inspiração dos ancestrais que pisaram neste chão é infinita…

*Marcos Antonio Santos Bandeira é Juiz de Direito aposentado, advogado, professor do Curso de Direito da UESC, Acadêmico ex-presidente da Academia de Letras de Itabuna e Membro Efetivo do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

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SAUDAÇÃO DR. SILVIO PORTO DE OLIVEIRA.

Discurso de saudação aos acadêmicos e Membros Correspondentes da Academia de Medicina de Itabuna  Bahia.

Distintos Membros da Diretoria!

Ilustres Confrades e Confreiras!

Senhoras e Senhores!

Sinto-me muito honrado no cumprimento da nobre missão de saudar os acadêmicos e membros correspondentes da Academia de Medicina de Itabuna na data de hoje na posse e abertura dos trabalhos para o ano em curso.

Agradeço a todos acadêmicos e membros correspondentes presentes de forma presencial e virtual.

As pessoas atraídas pelo saber perceberam a importância da criação de Academias.

A primeira Academia exclusivamente de ciências no mundo foi criada em Roma, no século XVII (1603) como nome de Academia dos Linces.

 No século XX, 1936, recebeu nova denominação, vindo a chamar-se Academia de Ciências do Vaticano e assim permanecendo na atualidade.

Também, há quatrocentos anos, em Londres, pesquisadores que se reuniam informalmente fundaram, em 1661 uma academia denominada Sociedade Real para o Desenvolvimento das Ciências Naturais.

Em março de 1665 a Sociedade Real iniciou a publicação da revista “Philosophical Transactions” que se tornou a primeira revista com perfil científico e conselho editorial.  É a revista científica mais antiga do mundo com 355 anos de publicação interrupta.

Fazer parte de uma academia é um reconhecimento e uma honrosa distinção de ser membro de uma academia de ciências, em qualquer área do conhecimento e em qualquer lugar do mundo seja ela nacional, estadual ou municipal.

A Academia de Medicina de Itabuna tem história recente, mas nasceu para ser  partícipe da história  das nossas academias médicas.

Até pouco mais da metade do século passado, nossa ciência, cultura e artes tinham fonte de inspiração na França. Assim a influência francesa inspirada na Academia de Ciências da França , serviu de modelo para grande parte das nossas academias.

Em 1958, rezava a tradição que “40” deveria ser o número de cadeiras de uma Academia, e assim nasceu nossa Academia, com 40 cadeiras e 15 membros correspondentes de médicos que militaram não nossa cidade e hoje residem em outras localidades.

A Academia de  Medicina de Itabuna  deve pautar sua atuação no cumprimento da ética médica , defesa da ciência e estímulo à prática da boa medicina com compromisso com o ensino médico de qualidade.

Conto com todos membros da nossa academia , para que tenhamos um comando firme e gentil nas nossas atividades , sempre buscando novos saberes nas ciências médicas, e mantendo  o real perfil de uma academia viva, competente  e admirada.

Vamos fazer um vídeo de todos os membros para montar a memória virtual da nossa Academia, usar podcasts para discutir e informar a sociedade temas médicos relevantes para a nossa comunidade.

Vamos apresentar sempre palestras de grandes vultos da medicina de Itabuna, da Bahia e do Brasil.

Uma Academia se torna importante para os médicos e estudantes de medicina , no aporte de conhecimentos e no compromisso coletivo em colaborar para o crescimento da mesma.

Quero agradecer todos os membros da diretoria atual pelo trabalho que vem sendo realizado e temos a sorte de contarmos com pessoas  de competência e dedicação de primeira grandeza.

A Professora Eliane Azevedo , membro da Academia de Medicina da Bahia e fundadora da Academia de Medicina de Feira de Santana diz:

“As pessoas passam, mas as instituições se eternizam. Ao se eternizarem, carregam consigo os nomes de seus membros, tornando-os imortais, conforme a tradição.

Assim, deveremos nos tornar imortais não apenas no registro oficial da Academia mas, principalmente,  na lembrança das boas ações que fizermos por ela.

No futuro, essa Academia será o que os seus membros a fizerem ser.”

Aos nossos patronos, transmitimos a homenagem feita pela Academia de Medicina da Bahia:

“A memória é um dos pilares que confere sentido à vida. O resgate à memória de nossos antecessores é uma forma de preservarmos a tradição institucional e de, orgulhosamente, demonstrarmos o respeito e a admiração devotados àqueles que ajudaram a construir essa história que se busca preservar.

É municiar-se de referenciais consistentes que permitam alicerçar o presente e planejar o futuro.

É refletir sobre princípios e valores, é definir nossos propósitos e renovar os vínculos.

A Galeria dos Patronos é uma forma honrosa, ainda que singela, com a qual a Academia de Medicina de Itabuna busca preservar a memória de seus antepassados e abraçar o presente com os olhos voltados para o futuro.”

Grande satisfação tenho tido no zap da AMEI, onde despontam nossos acadêmicos com grande versatilidade e boa escrita na literatura , fotografia, versos, poesias, contos, e outros atributos intelectuais importantes aliados a boa formação médica.

Certa feita Theodor Billroth, cirurgião e músico, escreveu para o amigo e compositor Johannes Brahms:

“Jamais conheci um grande nome da pesquisa científica que não seja essencialmente um artista com uma rica fantasia e sensibilidade . Agora percebo que ciência e arte jorram da mesma fonte”

Feliz de quem nasceu para amar a medicina, as Artes e a Vida!

Moacyr Scliar, médico e escritor, certa feita disse que a beleza da medicina está no encantamento como um poema de Drummond ou na peça de Bach.

O médico completo e humanista tem que estudar além de Medicina, antropologia, sociologia, psicologia, ética médica e claro todas as artes.

Silvio Porto de Oliveira

Presidente da Academia de Medicina de

Itabuna

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DEVOLVAM O BRASILEIRO CORDIAL!!!- Celina Santos

 

Um dia venderam ao mundo a imagem do brasileiro pacífico, banhado pela natureza exuberante, cheio de solidariedade;

Mas a vida real mostra as diferenças humanas e algumas situações nos trazem indignação. É fácil entender pessoas que se rendem à natureza e não querem que as imposições econômicas falem mais alto que o bom senso. Bingo!

Nossas lindezas não são infinitas, porque nosso dedinho não deixa. Queremos sair usufruindo, destruindo sem limite, porque seríamos soberanos? Indestrutíveis? Como assim?

A perda macabra do indigenista Bruno e do jornalista Dom (já ficaram íntimos pela humanidade deles) grita o quão cruel pode ser o brasileiro cordial. Entristece saber que supostos “cidadãos de bem” defendem que se saia matando os índios.

Como se eles não estivessem aqui quando os portugueses supostamente “descobriram” o Brasil. Difícil entender.

 

* Celina Santos é graduada em Comunicação Social (Rádio e TV)/ Uesc; em Jornalismo/ FTC-Itabuna e pós-graduada em Jornalismo e Mídia/FacSul (Hoje Unime).
Chefe de Redação no Jornal Diário Bahia e integra a Assessoria de Comunicação na Câmara de Itabuna.

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UM DICIONÁRIO DIFERENTE- Ruy Póvoas

Está dito: dicionário é um repositório idiossincrático do léxico. E existem muitos tipos de publicações que guardam tal característica.

E agora, é dado à luz um dicionário diferente. Trata-se do Pequeno dicionário de personagens da história de Ilhéus e Porto Seguro. Em que reside, porém, a referida diferença? Comecemos pela autoria. É uma publicação que traz os nomes de Henrique Campos Simões e Marcelo Henrique Dias, dois Henriques. Dicionarizemos, portanto. E porque os dicionários pululam na iternete, vamos até lá.

Acessando www.dicionariodenomesproprios.com.br/henrique/,

somos informados que Henrique significa “senhor do lar”, “príncipe do lar” ou “governante da casa”. Tem origem no nome germânico Haimirich, composto pela união dos elementos heim, que significa “lar”, “casa”, e rik, que quer dizer “senhor”, “príncipe”, “poder”. Dessa junção, resulta o significado “senhor do lar”, “príncipe do lar” ou “governante da casa”.

Então? Estamos diante de uma publicação de dois príncipes e senhores, dois Governantes da Casa. O primeiro deles, Henrique Campos Simões, já não está mais no nosso meio. Há mais de ano, ele viajou para outra dimensão. O segundo, Marcelo Henrique Dias, continua seus trabalhos de ensino e pesquisa, na Universidade Estadual de Santa Cruz, cuja editora, a Editus, fez a publicação.

Depois que Henrique Simões se foi, a professora Maria de Lourdes Netto Simões (Tica Simões) aliou-se ao outro Henrique. Ambos mergulharam nos originais do dicionário em apreço. De tal trabalho profícuo, juntamente com o empenho da Editus, na pessoa de sua diretora, professora Rita Argolo, resultou uma obra que veio para ficar.

Mais uma diferença entre as que fazem do livro um dicionário diferente. Trata-se do trajeto percorrido por Henrique Campos Simões, levantando dados necessários. Bebeu nas fontes mais destacadas a esse respeito, em Portugal. Disso, no entanto, o texto de apresentação da professora Maria de Lourdes e o de Marcelo Dias dão conta de maneira brilhante.

E a diferença vai se expandindo. O inventário dos personativos é simplesmente singular. Não se trata apenas do repositório de nomes de pessoas que viveram no Brasil, nos tempos coloniais. O arrolamento vai para muito além disso. A leitura dos verbetes, diga-se de imediato, lavrados com objetividade, há de revelar o retrato e o perfil de nossas origens genéticas e socioculturais. É justamente no exame dos dados fornecidos, revisitados lá, no passado, que podemos entender melhor nosso povo, no presente. Vejamos um exemplo notório na página 177:

NUNES, Antônio (1591). Cristão-novo, morador em Porto Seguro, acusado, durante a Visitação do Santo Ofício na Bahia, de estar juntamente com outros cristãos-novos examinando uma “Toura” (Torá).

Qualquer leitora ou leitor familiarizado com a história do Brasil há de se dar conta da riqueza dos conteúdos informados em tal verbete. À primeira vista, há de alcançar apenas fatos curiosos do passado. A reflexão, no entanto, trará analogias com o que nos acontece no momento. O exame de um volume da Torá não mais se constitui crime. O Santo Ofício, que de santo nada tinha, foi dissolvido com o passar do tempo. Não há como negar, mutatis mutandis, coisas semelhantes ainda continuam acontecendo. Afinal, se as leis e o poder da Igreja de Roma foram diluídos, o imaginário que os providenciou ainda continua agindo, engendrando novas formas de expressar preconceito.

Diferença marcante também pode ser constatada na Nota ao leitor, da redação dos apresentadores, nos termos seguintes: “[A pesquisa] recebeu colaboração da Profa. Janete Ruiz de Macedo que contribuiu, aproximadamente, com cem verbetes (aqui identificados com suas iniciais JRM).” Conforme se vê, trata-se de alentada contribuição, a ponto da Profa. Janete receber merecido reconhecimento.

E as diferenças que caracterizam o Dicionário… vão se acumulando. Após o inventário dos antropônimos, cobrindo as letras de A a Z, uma série de seções também faz parte do livro. Inventários do plantel de pessoas escravizadas, de acordo documentos examinados. Um exemplo fiel de como as pessoas escravizadas eram vistas e consideradas: “Maria, mãe dos ditos crioulos, já velha, que não serve”. Qualquer semelhança com o que acontece atualmente não é mera coincidência. Se pessoas não mais recebem epíteto de escrava, sua condição social guarda ainda a mesma consideração por elas aos olhos de certos segmentos sociais da atualidade.

O Dicionário… ainda nos brinda com um quadro em que constam todos os governadores e vice-reis do Brasil, de 1.549 a 1.754. A maioria deles nunca foi vista nos livros de História adotados. E as peculiaridades continuam a fazer parte do Dicionário… Quatro quadros relacionando os nomes, por dinastias e data, da monarquia portuguesa, desde D. Afonso Henrique que nasceu em 1.604, a D. Manuel II, falecido em 1910. Trezentos anos de cobertura, portanto. Tais dados testemunham empenho, zelo e cuidados por parte de seus dois autores e primor da revisão.

Por último, duas outras seções fecham o Dicionário… Uma relação dos verbetes e referências bibliográficas. Quanto a esses dois itens, trata-se de mais uma peculiaridade, pois não se costuma constar tais itens num repositório idiossincrático do léxico, mormente se as palavras aludem exclusivamente a nomes de pessoas.

Se hoje a caravela da capa do Dicionário…, idealizada por Deise Francis Krause, já foi arquivada, ela ainda é uma lembrança do passado no nosso imaginário, mas não descartada enquanto símbolo de representatividade. Ela transportou para o Brasil dores, lágrimas, sangue derramado e pessoas que foram tratadas pior do que animais. Também foi ela que levou para a Europa nossa madeira de lei, nossos metais e pedras preciosas. Por isso mesmo, ela ainda resiste no fundo de nosso imaginário. E é justamente disso que o Pequeno dicionário se empenha em dar conta. Por isso mesmo, trata-se de um dicionário diferente, cujas qualidades trazem consigo o denodo de seus autores.

Ruy Póvoas

Junho 2022

ajalah@uol.com.br

 

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DISCURSO NA INAUGURAÇÃO DA AGÊNCIA SICREDI NO SHOPPING JEQUITIBÁ- Silvio Porto

 

Shopping Jequitibá, um sonho que se tornou realidade!

” Não estacione sua alma em espaços onde não cabem seus sonhos!…”
Jamais!!!
Jamais estacione sua alma, ela precisa de movimento.
Jamais estacione seus sonhos, eles precisam de liberdade.
Jamais estacione sua esperança, ela precisa de espaço.
Somos alma em evolução, somos o caminho que ensina, somos a luz que sempre vence a escuridão…”

Nada é para sempre, mas exemplos de homens empreendedores e com amor a sua terra , ficam eternizados na nossa memória.
Helenilson herdou de seu pai a vocação para o agronegócio e foi além expandindo os negócios da família Chaves e sendo o responsável pelo desenvolvimento e expansão imobiliária da cidade de Itabuna, modernizando a arquitetura e a urbanização da cidade.
Um visionário, sendo um dos primeiros empresários a acreditar no oeste da Bahia, como a região de grande futuro, e apostou no crescimento da soja e na sua industrialização com a Olvebasa.
Contra alguns estudos preliminares técnicos e financeiros , encarou o desafio de construir o primeiro Shopping Center do Sul da Bahia e mostrou que estava certo, sendo hoje um dos mais rentáveis de cidades de médio porte.
Cito alguns exemplos da visão empresarial de Helenilson, que deixará saudades , principalmente quem teve a sorte de conviver com seus ensinamentos valiosos.
Sempre teve um olhar especial para ações sociais e contribuiu muito na área educacional .
Tenho certeza que seus filhos e esposa seguirá sua pegada e manterá viva a história e tradição da família Chaves na região sul da Bahia.
Esta certeza foi certeira!


O jovem Manoel Chaves Neto, segue a pegada do pai, e transforma mais ainda em realidade o sonho de seu pai, e com maestria e liderança vem fazendo um trabalho auspicioso, com gestão profissionalizada e pessoas competentes ao seu lado e consolidando Itabuna como um polo de desenvolvimento comercial, oferecendo a nossa região sul da Bahia está maravilhosa obra que é o nosso Shopping, orgulho do solo grapiuna e que ainda vai mais longe o sonho inicial, com expansão em breve para a cidade de Ilhéus.
Isto se chama trabalho eficiente.
Isto é Itabuna!
E o Sicredi que tem na sua visão principal desenvolver a economia local e regional, estará ao lado dos grandes empreendedores .
E a nossa vocação!
Sonhar juntos, leva a progresso, desenvolvimento, felicidade e melhor qualidade de vida para nossa comunidade.
Sicredi sempre junto !

Por motivos superiores, Neto não pode estar presente neste momento, mas temos aqui o representando o meu querido amigo e cunhado Ivan Maia.
Ivan que sempre esteve ao lado de Helenilson e da família, recebeu está delegação de Neto, reconhecendo o valor que Ivan teve para o Grupo Chaves , seu compromisso, sua lealdade e seu eficiente trabalho na consolidação do Grupo Chaves.
Obrigado Ivan pela presença.

Agora vamos falar de outro sonho!
O Sicredi Integração Bahia!
Quando pensei em fundar uma cooperativa de crédito voltada inicialmente para a saúde, a primeira pessoa que fui me aconselhar foi Helenilson.
Muito valiosa sua orientação e ensinamentos.

Faço esta analogia:
Falar do sonho de Helenilson Chaves ao conceber a ideia do Shopping Jequitiba.
O nosso sonho de termos uma cooperativa de crédito e financeira em Itabuna.
Eu preciso de todos aqui hoje para sonharmos juntos.
Cooperativismo é isto: sonho coletivo, inteligência coletiva.
Cooperativismo é cooperação!
Qual o conceito?
Uma cooperativa nasce do desejo nobre de pessoas que pensam em construir e desenvolver a comunidade onde ele está inserido.
O segredo está aí:
O interesse pela comunidade, o foco de desenvolver a economia local, de fazer uma economia voltada para os interesses nossos de nossas cidades onde moramos , onde vivemos .
O nosso marketing maior é dizer : nós estamos aqui para trabalharmos juntos com a comunidade.
A nossa marca tem 122 anos.
Somos Sicredi Integração , que significa parceria, juntar ideias e projetos.
O nosso modelo sempre teve atitudes de progresso.
Fizemos isto na saúde de Itabuna.
Financiamos todos os investimentos de medicina de alta complexidade na Santa Casa de Itabuna, de Ilheus, de Jequie.
Do Hospital Beira Rio, das Clínicas de Imagem, das Hemodinamicas, Medicina Hiperbarica, Clínicas Populares, Cooperativas de saúde.
Temos 300 produtos financeiros para oferecer a Itabuna , Ilheus, Jequie, Itajuipe e Itapetinga.
E agora aos lojistas do Shopping, estamos oferecendo uma alternativa segura e voltada para as necessidades local e regional.
Aqui agora tem Sicredi!
O Sicredi somos nós , o Sicredi é você.

Segunda maior instituição financeira em desembolsos de crédito rural no país,
20bi 2019/2020
29bi 2020/2021
38bi 2021/2022
31% acima do orçamento anterior
Metade do PIB do agro estão nas cooperativas brasileiras.

Hoje, vemos que cada vez mais governos nacionais e organizações internacionais
valorizam a capacidade de nosso modelo de negócios para construir relações econômicas, sociais e culturais que promovam justiça social, equidade, inclusão e solidariedade.

Temos um grande negócio em andamento com a prefeitura de Itabuna para investimento no fornecimento de água para a periferia de Itabuna com eficiência e despoluição do rio Cachoeira.
Isto é sustentabilidade! E Cidadania!

Esta parceria enche-nos de orgulho e responsabilidade. Certamente nos dá a oportunidade de mostrar que estamos inseridos os interesses da nossa comunidade e que nossa principal missão é contribuir para a construção de um mundo melhor.
No cenário atual, isso se traduz em ações efetivas gerando economias mais inclusivas, solidárias e equitativas.
Economias que respeitem o meio ambiente e que resultem em paz positiva, como resultado de estruturas sociais integradas baseadas em valores e princípios comuns que só o modelo cooperativista pode oferecer.
A nossa presença é complementada pela imensa capacidade de inovação que demonstramos em áreas como a transformação digital, as energias renováveis e o setor da saúde.

É por isso que podemos dizer com orgulho que carregamos uma Identidade única, uma identidade que se chama Itabuna, Ilheus, Itajuipe, Jequie e Itapetinga, com profundas raízes históricas neste chão grapiuna e que hoje devemos ir mais fundo para oferecer ao nosso universo geográfico um futuro melhor.

Desenvolver a economia local!
E o nosso compromisso!

Muito Obrigado!

Silvio Porto de Oliveira
Presidente do Conselho de Administração.

DISCURSO NA INAUGURAÇÃO DA AGÊNCIA SICREDI NO SHOPPING JEQUITIBÁ- Silvio Porto Read More »

SONETO DA FLAUTA PLENA- Cyro de Mattos

 

Canções aconteceram quando a vida
em carícia de flauta era sentida.
Agora, zangada, pisa na relva,
emerge nos gritos hostis da selva.

Canções aconteceram quando a vida
em carícia de lenço era tocada.
Tinha aquela música que não ceva
tremores fortes numas folhas de erva.

Ira erra e-l-e-t-r-ô-n-i-c-a de pantera,
telex informa calendas de guerra,
rosas enfermas: água, céu e terra.

Apesar dessas vozes que na cena
Ululam, febris na corrente insana,
Deixo que se vá minha flauta plena.

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POEMA: ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA (ALITA) – Cyro de Mattos

Para Raquel Rocha

A árvore dá os frutos
que atravessam as estações

os poemas dão as palavras
que surpreendem os seres e as coisas

os poemas dão as palavras
que perduram a infância como asa

os poemas dão as palavras
que transportam os verdes e os maduros

os poemas dão as palavras
que a agonia do agudo mundo gera

os poemas dão as palavras
nas vestes da vida e da morte

bom então nunca esquecer
que as raízes te sustentam

nesses ares sopram cantares
com alma força e vida

 

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GRITO, GRITO, GRITO- Cyro de Mattos

Cyro de Mattos

Não, não é um homem,
ou o que parece ser
com o nome de homem,
um que mata o inocente
durante colossal pesadelo.

Chama-se Putin o horror,
o semeador de explosivos,
discípulo de outras chacinas
quando o ódio se instalou
com manadas sanguinárias
entre sombras e abismos.

Em duro clamor meu grito,
embora frágil, sem proveito
para impedir as ambições,
não se esconde nos medos.
Não hesita em confirmar
que a vida é boa e bela,
a insana fera que golpeia
é que não dá valor a ela.

Só os lobos entre as febres
proclamam com os uivos loucos
o triste funeral de horas tristes.
Não temem o estúpido vício,
inconsequente na conquista,
o estupro insaciável, diabólico,
que os transmuda numa gesta
de bombas e memórias doloridas.

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