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Escritor Cyro de Mattos apresenta novo livro no Programa TV News

Na edição de 17 de maio de 2024 do programa “TV News”, apresentado por Barbosa Filho, o escritor Cyro de Mattos foi o convidado do quadro “Raquel Rocha Entrevista”, conduzido pela presidente da Academia de Letras de Itabuna e apresentadora do canal TVI, Raquel Rocha.

Durante o programa, Cyro de Mattos apresentou seu mais novo livro, “Do Menino se Fez o Homem”, que promete encantar os leitores com suas 400 páginas de narrativa envolvente. O romance, que será lançado em breve na cidade de Itabuna, é uma elaborada recriação da vida do menino Didico, imbuída de simbolismo e riqueza de significados.

A obra foi lançada pela Fundação Casa de Jorge Amado, destacando-se como a 98ª publicação do escritor grapiúna.

O programa também contou com a participação do jornalista Kleber Torres, que se juntou ao diálogo sobre o impacto da literatura de Mattos. Além de discutir seu novo livro, Cyro de Mattos apresentou outras obras suas que foram lançadas internacionalmente, em países como França, Itália, Alemanha e Espanha.

A comunidade literária local e os fãs do autor estão ansiosos pelo lançamento de “Do Menino se Fez o Homem”, prometendo ser mais uma valiosa adição ao legado literário de Cyro de Mattos.

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Na Imprensa: Academia de Letras empossa nova Diretoria para o período 2024-2026

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PORTARIA Nº 01/2024

PORTARIA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA – ALITA
Nº 01/2024

A Presidente da Academia de Letras de Itabuna – ALITA, Raquel Rocha, no uso de suas atribuições, lastreado no disposto nos Artigos 18, parágrafo III, do Regimento Interno.

RESOLVE

Designar a acadêmica Margarida Cordeiro Fahel para representar a Academia de Letras de Itabuna – ALITA no lançamento da obra “O Realismo mágico de Gabriel Garcia Marquez e o Problema Penal”, do advogado criminalista Sergio Habib, também membro desta instituição. O lançamento ocorrerá na Livraria Escariz, Shopping Barra, em Salvador às 18 horas do dia 17 de maio de 2024.

Itabuna,13 de maio de 2024

Raquel Silva Rocha

PRESIDENTE

 

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Livro de Cyro de Mattos Vencedor do Prêmio Literário Casa das Américas Teve Leitura e Análise em Havana

Havana, (Prensa Latina) – A Casa das Américas promoveu no dia 25 de abril passado, no Salão Manuel Galich da instituição cultural da capital, a apresentação com análises e leituras dos livros vencedores em 2023 do Prêmio Literário Casa das Américas e, entre eles, na categoria Literatura Brasileira, Infancia com Animal y Pesailla y otras historias (Infância com Bicho e Pesadelo e Outras histórias), do baiano (de Itabuna) Cyro de Mattos, na tradução para o espanhol da professora doutora em Letras Esther Pérez, fundadora e presidente da Fundação Martin Luther King em Havana. No evento, o escritor grapiúna divulgou um vídeo no qual ressalta a importância do Prêmio Literário Casa de las Américas no Continente Hispânico e sua valorização no Brasil e por isso a sua obra terá mais visibilidade agora no plano nacional e internacional.

A instituição apresentou os outros livros vencedores em 2023: Todos somos islas, de Felipe Núñez (Colômbia, conto); e Después del incendio (Papeles de guerra: Venezuela 2013-2021), de Eduardo Ernesto Viloria (Venezuela, literatura testemunhal); La orilla de Caliban. El rastro de la filosofía afrocaribe en el siglo xx, de Roberto Almanza (Colômbia, Prêmio de estudos sobre a presença negra na América contemporânea e no Caribe) e Diario de las revelaciones, de Gustavo Pereira (Venezuela, vencedor do Prêmio de Poesia José Lezama Lima).

No próprio Salão Manuel Galich foi realizado depois o painel El sencillo arte de narrar (una provocación), com o jornalista e contador de histórias mexicano Fabrizio Mejía, o escritor e sociólogo argentino Hernán Ronsino e a dramaturga cubana Lourdes de Armas, membros do júri do Novel. A Casa de las Américas celebrou seu 65º aniversário em 28 de abril passado, e o prêmio é um dos principais protagonistas de sua história. Criado em 1959 e realizado pela primeira vez em janeiro de 1960, o Prêmio Literário Casa de las Américas é o concurso cultural mais antigo do país e o mais antigo do gênero no continente.

 

Eduardo Viloria Daboín, vencedor do Premio Casa de las Américas 2023 na categoría Testimonio, e Fernando Luis Rojas, diretor do Fondo Editorial Casa de las Américas, fazendo a apresentação do livro de Cyro.

Fernando Luís Rojas, diretor do Fundo Editorial Casa das Américas, fazendo a leitura e análise do livro de Cyro de Mattos.

 

Infancia con Animal y Pesadilla y otras historias, vencedor do Prêmio Literário Casa de las Américas, 2023, literatura brasileira.

Infancia con Animal y Pesadilla y otras historias, vencedor do Prêmio Literário Casa de las Américas, 2023, literatura brasileira.

 

 

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MENSAGEM PARA RAQUEL- Silvio Porto

Discurso proferido na Posse da nova Diretoria  da Academia de Letras de Itabuna.

 

“Non vi, sed arte! (“Não pela força, sim pela arte!”)

“As virtudes do homem e da mulher superiores são como o vento, as virtudes de um homem e de uma mulher comum são como o capim; quando vento passa o capim se curva.”

Digníssima Senhora Raquel Rocha, Presidente empossada hoje da Academia de Letras de Itabuna.

Senhoras e Senhores Acadêmicos!

Minha família, meus amigos, autoridades aqui presentes, demais convidados para esta noite memorável.

Falar neste cenáculo literário, por onde passaram e ainda frequentam proeminentes figuras do ambiente acadêmico , artístico, intelectual e político da nossa terra , não apenas dignifica, como consagra a alma. Louvo o trabalho de todos que  produzem escritos, livros, artigos, discursos e que levam com certeza  a plenitude da vida.

É uma honra para mim, desfrutar da companhia de nobres e imortais confrades e confreiras e vir até aqui dar as boas vindas a nossa querida Presidente Raquel Rocha.

Austregésilo de Athayde ao se referir a Machado de Assis, pela iniciativa de fundar a Academia Brasileira  de Letras , patrono das letras brasileiras,  disse: “ Machado escolhe uma forma de aperfeiçoamento dos valores intelectuais que são os últimos vestígios que se apagam na história tormentosa da humanidade”.

Nesta Academia , minha Presidente espero que revigore sempre a palavra Liberdade.

Ainda na obra Machadiana, encontramos: “A liberdade não morre onde restar uma folha de papel para decreta-la”.

Que o amor a liberdade seja uma bandeira firme e sempre hasteada na sua jornada nesta Academia.

Que a sua gestão seja democrática.

Democracia como um valor , uma prática diária, um princípio ético para todos independente de suas crenças, ideologias e de seus conceitos.

Aprendi o que não se registra o tempo leva. É por isso e para isso que devemos escrever o que aprendemos de nossos avós e de nossos pais.

A transmissão oral pode ficar para sempre em algumas situações, mas muita coisa pode se perder.

É considerado imortal todo aquele que fez ou faz de sua vida uma obra a ser lida, a ser seguida, a ser admirada, a ser internalizada. É objetivo da Academia de Letras de Itabuna,  manter viva, na memória de todos, a contribuição que ilustres homens e mulheres deram, no sentido de colaborar para o aperfeiçoamento da sociedade e da humanidade.

A imortalidade de uma pessoa pode estar em sua vida, em sua arte, em sua obra, em sua descendência.

Francisca Praguer Fróes, foi uma das primeiras mulheres formadas em Medicina, pioneira em todas as áreas em que atuou, principalmente na defesa dos direitos femininos. Ela dizia: “Eu sou feminista por herança e convicção”; “A inferioridade da mulher não é fisiológica, nem psicológica; ela é social.”

Jorge Calmon um imortal, disse “é o principio que faz de qualquer pessoa, letrada ou não, um imortal.”

Ele diz: “Efetivamente, há homens e mulheres  que se tornam instituições. São Poucos e poucas.  Constituem exceções.

A regra geral é o lugar comum,  que a lei da vida vai tangendo, em marcha entre o nascimento e a morte. Nessa indistinta mediania, as inteligências não brilham, o esforço não avulta, o caráter não logra atingir forma, consistência. “

É a grande planície dos homens e mulheres comuns. Vez por outra, desse solo grapiuna nasce ou surge por adoção  uma mulher guerreira e que luta pelo que acredita.

O talento, a virtude, o mérito rompem a vulgaridade e projetam um futuro promissor para todos que amam a cultura e a arte.

Raquel essa é a casa de todos confrades e confreiras vivos da Alita e mais de Sônia Maron, de Delile Oliveira, de Adonias Filho, de Telmo Padilha, de Firmino Rocha, Valdelice Pinheiro, Jorge Amado, Carlos Eduardo Passos, Gil Nunes Maia, Sosigenes Costa, Hélio Pólvora, entre outros gigantes da nossa Academia. Você sempre estará bem acompanhada, seja com exemplos ou boas lembranças.

Você hoje assume um compromisso. Um compromisso de manter viva  a arte e a cultura no sul da Bahia, na Bahia e no Brasil.

De lutar pela Liberdade!

De lutar pela Democracia!

Meus agradecimentos pela oportunidade de falar para uma plateia tão distinta e culta.

Boa sorte Raquel ao lado dos confrades e confreiras:

Lurdes Bertol, nossa Vice-Presidente

Eliabe Izabel de Moraes, nossa 1°. Secretária

Maria Luisa Nora,  nossa 2°. Secretária

Gustavo Veloso, nosso 1°. Tesoureiro

Marcos Bandeira, nosso 2°. Tesoureiro

Margarida Fahel,  nossa Diretora da Revista

Sérgio Sepúlveda, nosso Diretor de Ações Culturais

Clovis Junior, nosso Diretor da Biblioteca

Heloísa Prazeres, como Diretora do Arquivo

Rafael Gama, nosso Diretor de Comunicação Social e Marketing

Gustavo Cunha, como nosso Diretor de Projetos e Pesquisas.

Raquel seja o farol da Liberdade na nossa Alita!

Deus seja louvado!

Silvio Porto de Oliveira.

Presidente da Academia de Medicina de Itabuna.

Em 20/04/2024.

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ANDRÉ ROSA: NOS TRILHOS DA MEMÓRIA– Raquel Rocha

Hoje nos despedimos de uma figura inestimável não só para Ilhéus, para toda a região sul da Bahia. André Rosa, professor, pesquisador e escritor excepcional, deixa um legado profundamente enraizado na pesquisa histórica, na educação e na preservação cultural. Com uma formação sólida, adquirida através de sua graduação e pós-graduação em História pela Universidade Estadual de Santa Cruz, seguidas de um mestrado e doutorado pela Universidade Federal da Bahia, onde também completou seu pós-doutorado, André se estabeleceu como uma autoridade em sua área. Ele era apaixonado por estudar, ensinar e narrar a história.

Conheci André em 2009, durante as filmagens do meu primeiro documentário, “Nos Trilhos do Tempo”, que conta a história da esquecida ferrovia da cidade de Ilhéus, desativada em 1964. Nesse filme, André não foi apenas um entrevistado; ele foi uma voz guia que, com profundo conhecimento, conduziu a narrativa acadêmica, entrelaçando-a com as experiências de quem viveu às margens da ferrovia. Seu depoimento, feito ao lado do último vagão abandonado, ajudou a resgatar a memória da ferrovia como um símbolo de identidades e história.

André partiu cedo, aos 57 anos, no dia 07 de abril de 2024, devido a uma parada cardiorrespiratória. Mesmo partindo prematuramente, deixou um vasto legado. Suas obras incluem títulos como “Ilhéus: Tempo, Espaço e Cultura” (1999), “Família, poder e mito” (2001), “Memória e Identidade” (2005), “Morte e Gênero: estudos sobre a obra de Jorge Amado” (2012), “In Memoriam: urbanismo, literatura e morte” (2018) e a cartilha “Samba de Terreiro: memória e identidade afro-brasileira no litoral sul da Bahia” (2015), além de “Quintais do Tempo” (2012) e “Inventário do Caos” (2019), na área da literatura. Como membro da Academia de Letras de Ilhéus e do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus. Membro da Academia de Letras de Ilhéus e do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus.

André Rosa deixa para trás não apenas um arquivo de publicações e um impacto na comunidade acadêmica, mas também um exemplo de dedicação. Através de seu trabalho como historiador e educador, ele inspirou inúmeras pessoas a olharem para o passado com curiosidade e respeito, buscando compreender melhor as narrativas que compõem nossa identidade coletiva.

Que sua memória continue a inspirar futuras gerações a preservar e valorizar nossa rica herança cultural. Descanse em paz, André.

Raquel Rocha

07 de abril de 2024

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A ROSA DO ADEUS- Ruy Póvoas

Quatro caminhos no meu percurso, nesta existência, se cumprem no dia de hoje. O entrelace se desfaz com a morte de André Rosa. Meu amigo, meu colega, meu confrade, meu irmão de fé. A quais caminhos me refiro? Éramos parceiros na Universidade/UESC (André era professor e pesquisador); na Literatura (André era escritor e poeta); na Academia de Letras de Ilhéus (André era membro efetivo da ALI) e no exercício da prática de uma religião de matriz africana (André era Tata Cambone de Matamba, do Terreiro Tombenci Neto).

Tais viveres e fazeres nos enlaçaram por muitos anos a fio. Agora, quando Mercúrio retroage no nosso céu, Matamba mandou buscar André e Nanã Borokô o leva de volta ao seio da Mãe Terra. E como fico eu aqui? Aliás, como ficamos nós?

Cumpre volvermos as vistas para seus escritos e seus relatos de estudos e pesquisas. Cumpre mergulharmos com a atenção devida para seus versos extravasantes de intuição artística. Cumpre continuarmos zelando pela ALI, nos devidos cuidados de sustentação e lides de nossa Academia. Cumpre, especialmente a mim, continuar na luta pela conquista de lugar no mundo por partes do povo de santo.

Da última vez que nos vimos, 14 de abril deste ano, a nossa ALI vivia momentos de alegria por estarmos iniciando mais um ano de atividades acadêmicas. Vários participantes fotografaram o evento a valer. Em muitas fotos, André e eu saímos juntos. E quando a onda de sentimento amainar, voltarei àquelas fotos que ficaram, representações que são do último momento de uma caminhada que só nos deu contentamento e certeza de que estávamos no caminho certo.

Para nós, gente que pratica a fé de matriz africana, ainda veremos você na intimidade de nossos rituais, quando em breves dias, celebraremos o axexê. Você se vai enquanto criatura encarnada, mas ficará conosco, para o resto de nossas vidas. E isso é possível, sim, porque ficam conosco, seus escritos, seus poemas, seus livros, os resultados de suas atividades na ALI. Ficam, sobretudo, partes de seu axé anexado à comunidade do Terreiro Tombenci Neto.

André trouxe Rosa, por sobrenome, a rainha das flores. No percurso de sua existência, muitas vezes não navegou num mar de rosas, tendo em vista os inúmeros desafios que teve de enfrentar. Cremos, porém, que a partir de agora, um mar de bem-aventuranças lhe trará o descanso merecido.

E de onde você estiver, rogue por nós, seus amigos, camaradas, colegas e irmãos até que chegue nosso tempo também.

Itabuna, 7 de abril de 2024.

Ajalá Deré (Ruy Póvoas)

Babalorixá do Ilê Axé Ijexá

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