Recebo do Conselho de Cultura de Itabuna a notícia desagradável.
A nota de pesar diz que lamenta profundamente o falecimento, nesta data de 1º de dezembro de 2021, de Raimundo Maia, agente de cultura que atuou no cenário grapiúna como ator, humorista, cantor, compositor, músico, instrumentista, artesão.
Despontou, sobretudo, como o famoso “Palhaço Cocada”, fosse realizando os seus shows, apresentando programa de TV, de rádio ou como garoto propaganda de vários empreendimentos empresariais, levando alegria, risadas, promovendo o que de melhor um artista nato pode fazer pela humanidade: a felicidade, o sorriso farto, solto e verdadeiro.
Palhaço Cocada entra para o rol dos grandes nomes que contribuíram, com o seu trabalho, para o enriquecimento da cultura itabunense.
Que Deus misericordioso receba o seu espírito em luz, ao tempo que dê força, resignação e compreensão aos amigos e familiares para que esse momento de profunda tristeza esteja transformado, com o tempo, na saudade mais macia que pede seja sentida por um ser humano que dedicou a sua vida a tornar melhor o dia a dia do povo.
Comento a notícia dada pelo presidente do Conselho de Cultura, Egnaldo França, ativista cultural no universo do negro afrodescendente, pelas terras de Itabuna. O Palhaço Cocada, além de ser um poeta do riso no trânsito da vida, um artista múltiplo da cultura, era um homem simples, de bom coração. Sem ele, a vida fica privada de quem fazia do mundo uma criança com palhaço e lambança. Certamente vai fazer nos céus dos céus que os anjos se esbanjem na risada.
Também rogo a Deus, nosso pai eterno, que o receba para a morada alegre da paz. Sempre soube que o mundo encanta quando é feito em momentos ricos quando nos oferta a beleza do braço ao abraço, do sentido com o riso, da flor quando se entreabre na planta. E assim, no curso da beleza inexplicável da vida, tudo de bom nos oferece de graça, não quer nada em troca, a não ser o amor, nosso sentimento mais forte.