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Magia da leitura move trajetórias na Academia de Letras de Itabuna

Em tempos de distanciamento físico, a tela preta do aplicativo zoom serviu como tapete vermelho para a entrada de seis novos membros no rol da Alita (Academia de Letras de Itabuna). Unido pela celebração à literatura, o grupo soma ao conjunto de homens e mulheres a comemorar a primeira década da entidade.

Desde a última segunda-feira (19), foram integrados ao quadro alitano os reitores Alessandro Fernandes de Santana, da UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) e Joana Angélica Guimarães da Luz, da UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia); o médico neurologista Sílvio Porto de Oliveira; professores Charles Nascimento Sá; Reheniglei Rehem e Wilson Caitano de Jesus Filho.

O tema pandemia, causador deste afastamento temporário em favor da saúde, foi mencionado no discurso do juiz Marcos Bandeira, um dos fundadores da Alita. Na recepção aos hoje confrades e confreiras, ele trouxe o conceito de Aldeia Global, de Marshall McLuhan – assim contextualizando a extensão das mudanças impostas ao mundo pelo coronavírus. Apesar dos dissabores enfrentados, considera ser esta uma oportunidade de reflexão para todos serem melhores.

Para mostrar ao mundo

Também fundador da Academia, o escritor Cyro de Mattos lembrou passos da trajetória de uma década, com lançamentos de livros e da Revista Guriatã, que chegou a três edições com conteúdo produzido por integrantes da entidade – artigos, crônicas, contos, poesias, entre outros gêneros.

O professor Ruy Póvoas, outro nome desde o início da instituição, homenageou a ex-presidente, juíza Sônia Carvalho de Almeida Maron, recordando ações marcantes. Entre elas, incursões em escolas da rede municipal e uma reunião no terreiro de candomblé Ilê Axé Ijexá Orixá Olufon.

A presidente da Alita, Silmara Oliveira, é uma entusiasta para as atividades seguirem, inclusive tendo na tecnologia uma aliada; frisa também a relevância de a entidade enaltecer nossos escritores e o valoroso papel da literatura para mostrar ao mundo o sul da Bahia.

“Reunidos, estaremos em condições de trabalhar em prol dessa região, tão agastada por tantas faltas. Enquanto alitanos, cada um em seus postos de trabalho e condição social, é pensar no modo a conduzir nosso grão de areia para esse construto por meio da literatura”, conclamou.

“Faróis para sociedade”

As palavras de cada novo membro da Alita trouxeram revelações do que lhes despertou paixão pela magia da literatura. O professor doutor Alessandro Santana, que tem como patrono o escritor João da Silva Campos, recordou o quanto lhe encantavam as cartas que a mãe lia e escrevia a pedido da parteira “Mãe Preta” em Arataca, cidade onde ele foi criado.

Passeou por nomes que abrilhantam a literatura regional, como Cyro de Mattos e Ruy Póvoas, anotando sobre o papel das academias de letras e das universidades neste tempo de tantas trevas. “Têm obrigação de serem faróis para a sociedade, trazendo conhecimento científico num momento de negacionismo tão forte, mas também trazendo a arte. (…) Neste momento de tanto desespero estamos aqui para trazer coisas positivas, mostrando luz, mostrando que existe expectativa de um futuro melhor e a arte serve pra isso”, sublinhou.

A professora doutora Joana Angélica Guimarães da Luz, trazendo como patrono o escritor Machado de Assis, compartilhou a honraria da posse com os irmãos Jorge, Vera, Isabel, Ana e Nice, para agradecer pela cumplicidade e homenagear a memória dos pais, Juraci e Eunice. “Os grandes responsáveis pela nossa trajetória”.

Nascida em Itajuípe, ela morou em Itabuna, Salvador e abraçou a literatura como paixão, por incentivo dos pais. “Na leitura fugia do barulho de uma casa com quatro cômodos e seis crianças. Quando entrava no mundo dos livros, não ouvia nada, mergulhada no mundo mágico que me era trazido pelas palavras”, recordou a educadora, que retornou a Itabuna após 40 anos, trazendo consigo a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Logo após o discurso, informou que será disponibilizada uma sala nas novas instalações da reitoria da UFSB, no antigo Fórum Ruy Barbosa, no centro de Itabuna. “Estamos finalizando nossa reforma, para que a Alita faça dali a sua casa”, anunciou.

“Mundo multicolorido”

Ocupando a vaga da saudosa professora Maria Delile de Oliveira, o médico Sílvio Porto tem como patrono o escritor Firmino Rocha, “orgulho desse chão grapiúna”. Citando a experiência profissional e acadêmica no Brasil e exterior, destacou a “possibilidade de contribuir, compartilhar muitas histórias e culturas de um tempo, do povo da nossa terra”.

O professor Wilson Caitano, cujo patrono é o escritor, publicitário, graduado em Direito e capoeirista Augusto Mário Ferreira, notabilizou-se pelas mensagens disseminadas ao escrever obras voltadas para a literatura infantil. Ele contou sobre as influências da infância, tanto pelos livros de Monteiro Lobato como pela poesia de Castro Alves.

Como legítimo herdeiro da oralidade, o docente empossado também reconhece frutos das histórias a ele contadas nas noites de lua cheia no município de Cipó, no nordeste da Bahia. “O escritor traz em sua bagagem uma memória afetiva, que conecta o presente e o passado”, definiu.

Já o professor doutor Charles Nascimento, tendo como patrono o poeta Nathan Coutinho, relatou o quão paralelos são para ele o apreço à história e à literatura. Ainda na adolescência, num distrito de Camacan, descobriu a companhia “do mundo multicolorido das páginas de um livro”.

Um dos nomes históricos no curso de Letras da Uesc, a professora doutora Reheniglei Rehen traz como patrono na Alita o escritor Jorge Medauar. Fez referências filosóficas à obra dele e, a exemplo dos anteriores, encontrou elementos de pertencimento a motivar a escrita desse autor.

A solenidade foi prestigiada pelo secretário estadual de Educação, professor doutor Jerônimo Rodrigues; secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e ex-reitora da Uesc, igualmente doutora Adélia Pinheiro, além dos ex-reitores Aurélio Ruiz de Macedo, Antônio Joaquim Bastos e Renée Albagli Nogueira; o presidente da Academia de Letras da Bahia, Ordep Serra, junto a outras autoridades.

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III Roda de Leitura aconteceu no Instituto Municipal Teosópolis- 2018

Aconteceu nesta sexta-feira dia 06 de julho de 2018 a terceira Roda de Leitura da Academia de Letras de Itabuna – ALITA. A escola escolhida para a realização do projeto nesta terceira edição foi o Instituto Municipal Teosópolis.

As acadêmicas Lurdes Bertol e Raquel Rocha abriram a Roda falando sobre a importância da literatura e contaram sobre uma época em que não existiam computadores, tablets, celulares e videogames sendo acompanhadas atentamente pelos olhares curiosos das crianças. Em seguida foram lidas histórias clássicas da literatura infantil, “A Pomba e a Formiga”, “O Galo e a Raposa” de La Fontaine ( 1621-1695) e “Os três porquinhos”  um dos mais populares contos de fadas celtas, cujas primeiras publicações datam século XVIII.

As crianças ouviram atentas às histórias e ao final puderam verbalizar o que entenderam e o que aprenderam com as fábulas. Para a escritora Lurdes Bertol “As crianças foram muito receptivas, ouviram as histórias com atenção e interagiram na hora da conversa sobre o que ouviram.” E acrescentou: “As rodas de leitura permitem que as crianças, que não têm o hábito do trato com os livros, fiquem curiosas e despertem para o mundo da imaginação para o qual as letras nos transportam.”

Para Raquel Rocha, coordenadora do projeto, a leitura tem importância nas áreas pedagógicas, social e humana. “A criança que lê adquire conhecimentos diversos, amplia seu vocabulário, melhora a ortografia, a capacidade de compreensão e as habilidades de comunicação, o que contribui para um melhor desempenho em todas as disciplinas. As crianças que lê também consegue expressar suas ideias, suas opiniões e torna-se um cidadão mais consciente e mais crítico. Por último a leitura amplia a compreensão do mundo, contribui para a criatividade, a imaginação, desenvolve o afeto, a capacidade de entender e lidar com suas próprias emoções. Tudo isso é possível através desse hábito prazeroso que tem a magia de nos transportar para outros mundos.”

O projeto Roda de Leitura é realizado pela Academia de Letras de Itabuna e acontece em escolas públicas e particulares da cidade de Itabuna, tendo como objetivo reinserir o hábito da leitura na vida das crianças como uma atividade lúdica e instigante.

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Academia de Letras de Itabuna abre projeto Roda de Leitura com beleza e magia

Por Celina Santos
O encanto dos livros, a magia da imaginação, a sabedoria compartilhada. Tudo isso predominou na abertura do projeto Roda de Leitura, da Academia de Letras de Itabuna (ALITA), nesta sexta-feira de primavera. O ponto de partida da iniciativa, coordenada pela acadêmica Raquel Rocha, foi a escola Pio XII, no bairro Conceição.
Os alunos puderam ouvir histórias, conversar sobre elas, dividir ideias condizentes com o conteúdo ali mostrado. Ao final, manifestaram satisfação diante da possibilidade de fazer do livro um companheiro.
O projeto, que deverá chegar mensalmente a escolas públicas e particulares, tem um objetivo definido: desenvolver o gosto pela leitura, formar leitores e divulgar a literatura do sul da Bahia, bem como a nacional.
A iniciativa prevê a ida mensal de acadêmicos da instituição a escolas públicas e privadas da cidade, reunindo alunos em uma roda, uma ciranda, guiada pela magia da leitura. Esta primeira incursão será na Escola Pio XII, no bairro Conceição, nos turnos da manhã e da tarde.
Nos próximos momentos, inclusive, poderão estar em contato com o público a que se destina a Roda de Leitura autores do porte de Ruy do Carmo Póvoas, Cyro de Mattos e Tica Simões, entre outros participantes da Academia.. Eles oferecem, afinal, o que há de melhor, numa literatura robusta, com personalidade, cujo conteúdo compõe o saber regional, propiciando às novas gerações o conhecimento sobre sua história e sua origem.
A presidente da ALITA, Silmara Oliveira, reforçou o quanto a instituição está disponível para a continuidade – e ampliação – deste projeto. “Estamos de braços abertos aos convites para atender no que é nosso objetivo: a divulgação dos nossos escritores e literatura”, afirmou.

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Academia de Letras de Itabuna fecha ano com 2ª “Guriatã”

A revista destaca a produção de integrantes da ALITA, além de outros nomes da literatura regional

A Academia de Letras de Itabuna (ALITA) encerra as atividades do ano de 2016 colocando à disposição da comunidade a 2ª edição da revista Guriatã. Editada pelo escritor Cyro de Mattos, a publicação reúne textos (artigos, poesias, ensaios, crônicas etc) assinados por integrantes da instituição, além de discursos, fotografias e matérias alusivos à trajetória da Academia.

Nas palavras do editor, “uma academia de letras serve para interagir com a comunidade na promoção e defesa da liberdade de expressão. O ideal que lhe dá suficiência deve consistir na valorização da humanidade nas letras”. Ele ressalta o papel da ALITA – e de instituições afins – para cultivar a importância da língua, da literatura e da comunicação como manifestações voltadas para o conhecimento.

A segunda edição da “Guriatã”, que contou com o apoio cultural do Grupo Chaves, traz textos assinados pelos seguintes membros da Academia: Aramis Ribeiro Costa, Cyro de Mattos, Carlos Valder do Nascimento, Renato Prata, Aleilton Fonseca, Sônia Carvalho de Almeida Maron, Ruy Póvoas, Ceres Marylise Rebouças, Rilvan Santana, Jorge Luiz Batista dos Santos, Lurdes Bertol, Delile Oliveira, Raquel Rocha, João Otávio, Celina Santos, Margarida Fahel e Carlos Eduardo Passos. Entre os poemas, versos de Firmino Rocha, Telmo Padilha e Valdelice Pinheiro.

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Homenagem a Adonias Filho

Nesta quinta-feira, dia 26 de novembro de 2015, a Academia de Itabuna participou de evento realizado pelo Centro de Cultura Adonias Filho em homenagem ao escritor que dá nome a casa e que também é patrono da Academia de Letras de Itabuna.

A noite começou com um pronunciamento da Acadêmica Silmara Oliveira que discorreu sobre a vida e obra de Adonias Filho, seguida pelas falas da diretora da FUNCEB, Fernanda Tourinho e do diretor do Balé do Teatro Castro Alves (BTCA) Antrifo Sanches.

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Noite de Lançamento da Revista Guriatã

Academia de Letras de Itabuna apresenta Revista Guriatã à comunidade

Numa noite que misturou música, poesia, teatro e oratória, a Academia de Letras de Itabuna (ALITA) apresentou à sociedade a primeira edição da Revista Guriatã, em 19 de agosto de 2015, no auditório da FTC (Faculdade de Tecnologia e Ciências). Tal como o pássaro emblemático do sul da Bahia que dá nome à publicação, a instituição tem um novo voo neste ano em que comemora o centenário do seu patrono, o saudoso escritor Adonias Filho.

A Revista “Guriatã”, distribuída durante o lançamento, reúne artigos, ensaios, poesias e discursos, entre outros textos escritos por imortais da ALITA e demais nomes notáveis da literatura regional. Um dos editoriais é assinado pela presidente da Academia, Sônia Carvalho de Almeida Maron, que na solenidade agradeceu o patrocínio do Grupo Conlar à publicação, assim como do empresário Helenilson Chaves, que custeou o coquetel de lançamento.

Na leitura da mensagem por ela assinada, evidenciou a proposta de fraternidade e união como tônica na Academia de Letras de Itabuna. “Esta revista nasce com o propósito de enfrentar o desafio consubstanciado na defesa dos valores que servem de alicerce não somente às academias de letras: são valores necessários à promoção de um mundo mais ético e mais justo, onde a liberdade de expressão cumpra o seu verdadeiro papel”, assinalou.

O diretor da revista, Ruy do Carmo Póvoas, lembrou que “a publicação quer se constituir num espaço de interlocução e construção de conhecimentos e intercâmbios de experiências literárias, mormente a produzida na região sul da Bahia”. Ele aproveitou o momento, também, para reverenciar a poetisa Valdelice Pinheiro, durante a leitura do poema “Testamento”.

Ao fazer uso da palavra no evento, o coordenador e produtor editorial da “Guriatã”, Cyro de Mattos, lamentou os maus-tratos a animais revelando como surgiu a ideia e, em seguida, recitando o poema “Canto a Nossa Senhora das Matas”. Já no discurso intitulado “Em Nome dos Fundadores”, transcrito na revista, Mattos declarou: “A ALITA de fato propicia meios para a valorização da autoestima dos outros no mundo. Isso contribui, em parte, para retirar o homem grapiúna do ócio e da zona de risco”.

Outro momento marcante da noite foi o recital de poemas dirigido pelo acadêmico Jorge Luiz Batista, com participação dos atores… Eles declamaram poemas dos escritores Florisvaldo Mattos, Firmino Rocha, Telmo Padilha e Walker Luna. Para encerrar, o cantor Roque Luy entoou a versão musicada dos poemas “Passarinhando” e …, escritos por Ceres Marylise Rebouças.

A revista Guriatã traz textos assinados pelos seguintes membros da ALITA: Sônia Maron, Ruy Póvoas, Cyro de Mattos, Maria de Lourdes Netto Simões, Raimunda Assis, Jorge Luiz Batista dos Santos, Lurdes Bertol, Consuelo Pondé (in memoriam), Marcos Bandeira, Celina Santos, Sione Porto, Florisvaldo Mattos, Renato Prata, Aleilton Fonseca, Ceres Marylise, Hélio Pólvora (in memoriam), Aramis Ribeiro, Silmara Oliveira, Raquel Rocha e Antonio Lopes. Há, ainda, poemas dos notáveis Firmino Rocha, Telmo Padilha, Walker Luna e Valdelice Pinheiro (todos in memoriam).

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