DO ILUMINISMO À BADERNA- João Otavio Macedo

Aprendemos, no curso escolar, a colaboração que cientistas e pensadores deram na formulação do comportamento das sociedades; desde o homem das cavernas até o que observamos presentemente, muitas coisas rolaram neste mundo; guerras e mais guerras eclodiram matando um número de pessoas, além das conhecidas e sempre citadas duas guerras mundiais, ambas na primeira metade do século passado, com um raio de destruição jamais observado e quando foi utilizado, pela primeira vez, o recurso nuclear, que assombrou o mundo; até hoje, e o exemplo mais flagrante são as ameaças do dirigente russo que, vez por outra, ameaça soltar os seus indomáveis artefactos nucleares, capazes de destruir boa parte do mundo.

Para que tanta ganância quando os estudos mostram claramente que os recursos existentes seriam suficientes para matar a fome no mundo e promover o desenvolvimento daqueles países e regiões que se mantêm alheios ao desenvolvimento; porque a comunidade científica internacional que, em alguns momentos colocou-se contra a barbárie e bem poderia continuar nessa batalha, ajudando a jogar para longe o espectro da guerra, que só miséria traz aos que nela se envolvem.

O mundo ocidental sofreu uma grande influência do mundo greco-romano e, depois, de outros países que surgiram na constelação das nações líderes do mundo. Estudamos as revoluções que surgiram na Grã-Bretanha e na França, da revolução industrial, da revolução francesa e de outros movimentos que, verdadeiramente, modificaram a face da terra; a máquina a vapor, a eletricidade, o carro, a aviação, várias e várias contribuições do gênio humano ao desenvolvimento dos povos; essas conquistas seriam mais realçadas caso estivessem todas elas voltadas para o bem-estar das pessoas; aqueles milhões de mortos nas duas grandes guerras e um incalculável número de prédios, estradas, navios, veículos, aviões, destruídos nas lutas que se travaram no ar, em terra e nos mares e oceanos, todo esse recurso, caso houvesse sido aplicado na agricultura, na medicina, na pesquisa, teríamos, hoje, um resultado bem diferente; quando vemos os prédios destruídos na Ucrânia, a indignação aumenta, pois sabe-se que, mais dia, menos dia, aqueles prédios destruídos serão reconstruídos, desperdiçando material e mão-de-obra, que poderiam estar sendo usados em atos nobres e pacíficos.

Vendo, na TV, atos de vandalismo nas ruas e avenidas da decantada Paris, com lojas sendo incendiadas, fico pensando o que diriam os enciclopedistas e iluministas que moldaram o pensamento do povo francês; toda essa confusão pelo fato de o governo querer aumentar a idade da aposentadoria, passando dos 62 para os 64 anos de idade; tem razão o governo? Têm razão os franceses que são contra? Não haveria outra maneira de se discutir o problema que não fosse a destruição, o incêndio.

Quando no final da segunda guerra mundial, Hitler vendo-se derrotado, ordenou ao seu Comandante Militar em Paria que incendiasse Paria. Felizmente, o militar, mesmo sabendo do tremendo risco que estava correndo, desobedeceu a ordem de Berlim e aquele incalculável patrimônio da humanidade, existente em Paris, foi salvo.

Convido o prezado (a) leitor uma reflexão sobre esses acontecimentos nefastos que, por força do poder das comunicações, somos avisados no mesmo momento que o fato ocorre.

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