“Não posso fazer todo o bem que o planeta precisa, mas o planeta precisa de todo bem que eu puder fazer”
Porque a Sustentabilidade é pauta prioritária do mundo corporativo do século XXI.
Não poderia deixar de opinar sobre algumas questões levantadas sobre a importância de uma agência cooperativa financeira ser sustentável na obra e no conceito para os seus associados, colaboradores e a comunidade.
Como Presidente do Conselho de Administração da Sicredi Sul da Bahia, tenho que olhar a estratégia e inovação, finanças, governança e jurídico, recursos humanos e riscos. Não pode faltar na minha agenda de gestor do século XXI , informações sobre sustentabilidade, trazer fatos históricos e movimentos atuais de investidores, reguladores, bancos, bolsas e empresas, além de enfatizar a importância da liderança – CEO e conselhos – para o avanço desta agenda.
Sustentabilidade tem que ser um tema transversal e interconectado, ao econômico, desenvolvimento,social e governança. No Fórum Econômico Mundial de Davos, o termo mais ouvido foi “capitalismo de stakeholder (parte interessada)” enquanto os cinco principais riscos em termos de probabilidade, pela primeira vez na história do Relatório de Riscos Globais, publicado pelo fórum, foram ambientais.
É uma pauta ainda delicada, pois a mentalidade de muitos gestores, ainda não foram além das questões econômico-financeiros palpáveis e a sustentabilidade ainda não reconhecida como agregadora de valor.
Não poderíamos deixar fora da pauta a pandemia e seus impactos, o que trouxe uma troca interessante sobre o “velho e o novo normal”. Um valioso output desta dinâmica foi o entendimento de que sustentabilidade é assunto de todas as áreas da empresa e precisa estar na pauta do conselho. O mundo corporativo está diante de um enorme desafio, a solução dos graves problemas globais não pode ser deixada exclusivamente para o poder público. As empresas precisam estar mais atentas às necessidades da sociedade e não apenas aos interesses fiduciários de seus acionistas.
O entendimento da Sustentabilidade também transita pela saúde populacional. A saúde em qualquer parte do planeta está associada ao acesso a serviços básicos como água tratada, coleta e tratamento de esgoto.
O valor da saúde é inquestionável e que enfermidades evitáveis como as epidemias de dengue, zica e atualmente Covid-19 estão associadas à forma como se interage com o meio ambiente. A governança corporativa propõe o correto balanceamento do atendimento às partes envolvidas e não justifica o descaso com que os administradores das empresas de saneamento atendem às cidades. O desafio que esta pandemia nos deixa é a necessidade de uma “consciência sanitária”.
Nos médicos temos muito que aprender com os veterinários que sabem fazer uma política preventiva e de isolamento na pecuária de controle das enfermidades como febre aftosa e com os agrônomos que sabem muito bem a importância da proteção das florestas e como o desmatamento prejudica a lavoura com pragas, e a utilização correta de defensivos agrícolas evitando os agrotóxicos.
No campo financeiro não podemos financiar no crédito rural ou empresarial, quem compactua com o trabalho escravo, trabalho infantil, exploração ilegal das florestas e a falta de compromisso ambiental. Além de mobilizar, cada vez mais, a sociedade para pressionar as empresas a ganhar luz com a sustentabilidade.
Os princípios do chamado capitalismo consciente, em que os negócios podem contribuir para solucionar os principais desafios sociais, econômicos e ambientais da sociedade, começam a produzir um modelo econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo , com ações e mudanças sistêmicas que beneficiarão as pessoas e o planeta.
A visão macro da sustentabilidade se estruturam em três pilares inter-dependentes:
As pessoas , empresa e planeta.
Geração de empregos, satisfação dos clientes, equidade de gêneros, redução de impactos ambientais, estímulo à energia renovável e redução da emissão de carbono e resíduos.
No Brasil, que tem a maior riqueza e variedade de vida em todos os ecosistemas existentes , precisam ser preservadas.
Temos a maior biodiversidade do mundo e nossos seis biomas: Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Amazônia, Pantanal e Pampas, são importantes para o equilíbrio do planeta.
Em tempos de Governança Ambiental,Social e Corporativa nossas empresas precisam colaborar para que a nossa biodiversidade seja valorizada e preservada.
Todas as empresas têm o papel de integrar os biomas nos meios de produção em todos os mercados.
Nosso grande desafio!
Esta nascendo junto com a nova sede da Sicredi Sul da Bahia um espaço cultural.
Uma ideia para ajudar a fazer a diferença na nossa cidade e levar conhecimento e oportunidades através da arte, cultura, sustentabilidade e cooperativismo.
Vou juntar a outros projetos do Sicredi como os programas a União faz a vida, Pertencer, Crescer, Informação e Memória, cuidando do público externo nas comunidades, escolas, e também do nosso público interno, associados e colaboradores, participando de atividades nas oficinas de arte, música, fotografia, cinema, teatro, livros, poesias e pintura.
O nosso objetivo é fazer a diferença.
Somos um time nascido para superar dificuldades, movimentar a vida das pessoas, compartilhando oportunidades, dignidade, conhecimento e surpreendendo sempre buscando melhorar a vida das pessoas no lazer, cultura e vida saudável e no lado financeiro.
O nosso DNA e cuidar das pessoas e fazer sua vida muito melhor e muito, mais muito mais cooperativa.
A cooperação e a nossa essência!
E lembrar Giles Deleuze:
“A arte é o que resiste: ela resiste à morte, a servidão, a infâmia, a vergonha”
Silvio Porto de Oliveira.
A arte é o que resiste e resume a vida. Giles Deleuze, resumiu muito bem e com propriedade, como citou Silvio Porto no texto, parabéns.